profeta Oseias

 

 
O Livro de Oséias
Esboço do Livro
Título (1.1)
Capítulo 1
I. O Casamento de Oséias Ilustra a Infidelidade de Israel, e a Rejeição e
Restauração da Nação (1.2—3.5)
A. O Casamento com Gomer (1.2)
B. O Nascimento dos Três Filhos (1.3-9)
C. Profecia da Restauração (1.10—2.1)
D. Gômer Como Símbolo de Israel (2.2-23)
1. O Adultério de Israel (2.2-5)
2. O Juízo Divino (2.6-13)
3. Deus Promete a Restauração de Israel (2.14-23)
E. A Redenção de Gomer (3.1-5)
II. A Mensagem de Oséias Descreve a Infidelidade, Rejeição e Restauração de
Israel (4.1—14.9)
A. O Adultério Espiritual de Israel (4.1-19)
B. O Juízo Divino Sobre Israel (5.1-14)
C. O Arrependimento Insincero de Israel (5.15—6.3)
D. O Registro dos Pecados de Israel (6.4—8.6)
1. Violação do Concerto (6.4-10)
2. Recusa em Confiar em Deus, e Obedecê-lo (6.11—7.16)
3. Servir a Falsos Deuses (8.1-6)
E. A Predição do Juízo de Israel (8.7—10.15)
1. Será Devorada pelas Nações (8.7-14)
2. A Prosperidade Evaporará (9.1-9)
3. A Madre se Tornará Estéril (9.10-17)
4. A Nação Será Destruída (10.1-15)
F. O Amor Persistente de Deus por Israel (11.1-11)
G. Repetição dos Pecados de Israel (11.12—12.14)
H. O Cuidado Passado de Deus e Sua Ira Presente (13.1-16)
1. A Idolatria de Israel (13.1-3)
2. O Cuidado Divino no Êxodo (13.4-6)
3. O Plano Divino em Destruir Israel (13.7-13)
4. O Plano Divino para a Restauração Final de Israel (13.14)
5. Insistência na Destruição Iminente de Israel (13.15,16)
I. Deus Promete Restaurar Israel (14.1-9)
1. A Chamada ao Arrependimento (14.1-3)
2. A Promessa de Bênçãos Abundantes (14.4-9)
1.1. Autor
Oséias, cujo livro se encontra no início do rolo dos doze profetas, marca um
novo estágio na profecia hebraica, pois ele é o primeiro ou um dos primeiros
profetas a pôr em forma escrita as suas profecias. E a profecia escrita não
poderia desejar para seu início um livro mais nobre.
Parece que o profeta era nativo do reino do norte. De qualquer modo, parece
que ele era bem versado com sua geografia e os detalhes de sua vida política,
religiosa e social. A parte principal e mais volumosa do livro é notável por seu
interesse no reino de Israel; as referências à nação irmã do sul são escassas.
Seu ministério como profeta foi prolongado; e sobre isso, a lista de reis que
aparece no começo do livro é evidência suficiente. Por qual razão o profeta deu
início à sua lista dando primeiramente os nomes dos reis de Judá, é algo difícil
de dizer. Talvez ele assim tenha feito a fim de demonstrar seu respeito à linha
legítima e davídica de reis, que governavam em Jerusalém (cf. 8.4). Com toda
a probabilidade seu ministério principal se estendeu desde os últimos dias do
reinado de Jeroboão II (782-741 a.C.) até à queda de Samaria (722 a.C.).
1.2. Conteúdo
O conteúdo do livro serve de espelho para as condições políticas, sociais e
religiosas que prevaleciam em Israel nos dias do profeta. As últimas décadas
da vida do reino do norte foram marcadas por uma frenética e insensata
alteração na orientação -agora cortejando o favor da Assíria, em seguida
tentando subornar o Egito. Em lugar de depositarem sua confiança em seu
Deus, os líderes da nação tentaram salvar o país por meio de esquemas
políticos que, pela própria natureza das coisas, estavam destinados a conduzir
ao desastre.
Os líderes religiosos do povo mostraram ser igualmente indignos. A forma de
religião que prevalecia nos dias de Oséias era um amálgama de adoração a
Jeová com a religião idólatra de Canaã. Nessa mistura, de Jeová era retido
apenas o nome; o ritual era tirado inteiramente das práticas corruptas da
adoração a Baal. Essa adoração exercia um efeito corruptor sobre o povo, visto
que estava intimamente ligado a atos de grosseira imoralidade. A situação se
agravava ainda mais pelos sacerdotes, cuja única preocupação era promover
seus próprios interesses materiais, o que não hesitavam em fazer encorajando
o povo a permitir-se cair em seus pecados, assim aumentando as rendas dos
sacerdotes mediante as ofertas pelo pecado.
Sob tais condições, não é de estranhar que os padrões morais, e religiosos do
povo estivessem tão baixos. Um quadro vívido, embora patético, sobre esse
estado de coisas, é dado na parábola transmitida pela tragédia da vida em
família de Oséias. O profeta se casara com uma Jovem que, com a passagem
do tempo, mostrou-se infiel. Os nomes que o profeta deu aos filhos de sua
esposa são sinais da agonia crescentemente aguda pela qual ele passava. A
despeito de toda a sua perversidade, entretanto, e embora seu pecado a
tivesse levado a ser a concubina-escrava de outro homem, o profeta
a reclamou como sua legítima esposa, e sua atitude para com ela, depois
disso, é um belo equilíbrio de amorosa ternura e severo julgamento. Tal é o
conteúdo de seu livro. Passagens de ternura sem paralelo e de duro
julgamento estão mescladas mutuamente a fim de demonstrar os sentimentos
de Deus para com Seu povo em desobediência. O tema em redor do qual gira
a mensagem inteira da profecia é a queixa de Deus de que Seu povo é falto de
conhecimento; e por esse termo devemos entender não simplesmente algum
conhecimento teórico, mas um contato íntimo e caloroso do coração do povo
com o amoroso coração de Deus.
1.3. A teologia de Oséias
Oséias concentra sua atenção na relação de Deus com Israel. Enquanto Amós está
preocupado com a soberania divina com o interesse de Jeová por outras nações, a
abordagem de Oséias é uma preocupação exclusiva com a relação de Israel com
Deus pertinente ao concerto. "A nação abandonou seu marido Yahweh, e
desempenhou o papel de meretriz quando colocou sua confiança nos baalins. [...] O
pecado não é definido de forma legalista; [...] para ele, a essência do pecado de
Israel é confiar em qualquer ser ou coisa que exclua Deus na busca de direção e
sustento de vida". (DENTON, 1956,
p. 1.119). Por isso, o profeta censura severamente toda forma de idolatria.
A interpretação que Oséias faz da história de Israel prende-se em torno da
idéia do amor divino e do conhecimento de Deus. Por trás da figura da
paternidade e do casamento estão duas palavras hebraicas usadas por Oséias:
'ahab e chesed. A primeira é o equivalente hebraico do termo amor, usado para
referir-se ao amor humano, quer puro ou impuro. A segunda (chesed) é a
palavra traduzida em 2.19 por "benignidade" (RC; ECA; ARA), "amor" (BV;
NTLH; NVI) e "amor firme" (RSV). Também significa "amor de concerto",
"amor-concerto", ou seja, o amor ligado ao concerto. Quando usada em relação
a Deus é o equivalente hebraico de "fidelidade" e quando usada em relação ao
homem desdobra-se no sentido de "devoção, religiosidade, lealdade". A
palavra 'ahab é considerada a mais restrita das duas, ao passo que chesed é a
mais nobre. Entretanto, há ocasiões em que 'ahab tem seus termos de elevada
nobreza e dignidade. A palavra 'ahab é empregada para denotar o "amoreleição"
de Deus e forma a base do concerto. Indica a ação redentora do
Senhor na história e na escolha de Israel como seu povo.
Havia duas questões que a lei não podia responder acerca de si mesma. A
primeira dizia respeito à razão para seu próprio estabelecimento. A única
resposta achava-se no amor ('ahab) de Deus. O "amor-eleição" de Jeová por
Israel era a base e a causa única da existência do concerto entre Deus e
Israel. De fato, se não fosse pelo "amor-eleição" de Jeová nunca teria havido
concerto e, por conseguinte, Israel. Também de acordo com o concerto, era a
contínua obediência de Israel a Deus que tornava possível sua existência.
Mas, e se Israel fosse desobediente? A lei não tinha resposta! Só o amor
fiel de Deus poderia oferecer uma solução. Isto nos proporciona a segunda
síntese entre a lei e o amor no livro de Oséias. Esta vinculação está
ilustrada graficamente pela relação dele com sua esposa adúltera. O amor
de Deus atinge o ápice da expressão quando Jeová brada: "Como te
deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel?" (11.8). Oséias usa
constantemente a palavra chesed (amor) para denotar a atitude de Jeová
pertinente ao concerto. Portanto, 'ahab é a causa do concerto e chesed é o
meio de sua continuação. Assim, chesed seria a atitude expressa para com
o concerto da parte de Deus e de Israel. (ADAMSON, 1956, p. 764).
Na progressão da idéia de amor em Oséias há três pontos importantes a
destacar. Primeiro, o amor é a base do concerto. Segundo, ele é a resposta ao
concerto quebrado e à existência continuada de Israel. Terceiro, a "firmeza" ou
a "fidelidade" é o elemento central no amor. Portanto, a base do concerto é o
amor e não a lei. Mas a santidade de Deus ainda exige que a lei -a essência do
seu amor e concerto -seja guardada e que o transgressor seja excluído da
comunhão divina.
Mesmo que haja o amor (chesed) de Deus por Israel, tem de haver um chesed
ao Senhor proveniente de Israel. É uma relação recíproca. Deus inicia esse
amor e Israel, agradecidamente, retribui. Este é o sentido no qual o amor
(‘ahab) é usado de uma forma inferior para uma superior, o sentido de amor
humilde e obediente. O amor do homem por Deus no Antigo Testamento está
baseado no amor do Senhor pelo homem.
A relação não está elaborada de forma sistematizada, mas ela existe. Se Israel
precisava ser grato a Deus por sua eleição, muito mais agradecido precisava
ser pelo amor firme e pela fidelidade do Senhor depois de ter quebrado o
concerto com Ele.
Assim, vemos que o pano de fundo do concerto entre Jeová e Israel é a graça,
não a lei. Poderíamos dizer que a lei, como expressão da santidade de Deus,
forneceu a essência do seu amor (chesed) e, portanto, do concerto com seu
povo.
O problema do chesed de Deus e do concerto quebrado concentra-se na
tensão entre a santidade e o amor divinos. Qual é o equilíbrio entre a
misericórdia e a justiça? O livro de Oséias é excelente exemplo desta tensão
entre a mensagem de destruição proclamada por Deus e sua misericórdia.
Jeová foi constantemente fiel na sua parte do concerto, e é este elemento do
amor de Deus que, no final das contas, ocasiona a solução da tensão entre seu
amor e sua santidade. Deus mesmo ocasionaria esse arrependimento
requerido por ele (12.6) e forneceria a expiação que sua santidade e justiça
exigiam (Is 53). É a idéia de amor (chesed) na relação de concerto, ainda que
quebrado, que se desdobra no propósito da graça no Novo Testamento. É
também este elemento que proporciona o pano de fundo para a profecia do
novo concerto em Jeremias e o fundamento da esperança messiânica.
O segundo elemento no livro de Oséias é o conhecimento de Deus. Esta
característica surge da "comunhão" que é o resultado do "amor de concerto".
Esta comunhão no pensamento hebraico torna-se o método de conhecer Deus.
Wriezen comenta: "Este conhecimento de Deus é essencialmente uma
comunhão com Deus, e é também fé religiosa. É algo completamente diferente
de conhecimento intelectual: trata-se de conhecimento do coração e demanda
o amor do homem (Dt 6); sua demanda vital é andar humildemente nos
caminhos do Senhor (Mq 6.8); é o reconhecimento de Deus como Deus, a
rendição total a Deus como Senhor". (WRIEZEN, 1961, p. 105).
Com isto em mente, podemos entender por que era tão sério o clamor de
Oséias de que não havia "conhecimento" de Deus em Israel. Indica que não
havia fidelidade a Deus, amor a Ele e comunhão com Ele. O profeta não se
refere a um conhecimento intelectual, mas a uma relação espiritual. Wriezen
demonstra esta dedução quando escreve que, no Antigo Testamento, "o
conhecimento de Deus não implica numa teoria sobre a natureza de Deus; não
é ontológica, mas existencial: é uma vida na verdadeira relação com Deus".
(WRIEZEN, 1961, p. 105).
A análise descrita acima destaca dois fatores sobre o "conhecimento" no Antigo
Testamento. Primeiramente, é espiritual e relacional e não intelectual. Em
segundo lugar, tem implicações éticas. Snaith ilustra este segundo ponto
quando, ao comentar sobre 4.2, diz que "o verdadeiro chesed (amor) de Israel
por Jeová implica [...] fundamentalmente em conhecimento de Deus e,
resultante disso, lealdade na adoração verdadeira e apropriada, junto com o
procedimento adequado a respeito das virtudes humanitárias". (SNAITH, 1946,
p. 156). O fato que conhecimento é essencialmente comunhão, e que isto está
baseado necessariamente na relação de concerto com Jeová, acarreta
implicações éticas. Pois se o amor é o elemento básico no concerto, não pode
estar separado da lei que fornece sua essência. Portanto, o conhecimento de
Deus proporciona a transição entre a religião e a ética; assim se justifica o
clamor profético pela justiça social e a insistência que a verdadeira religião é
muito mais que a observância ritual.
É evidente que a "ética" de Israel era profundamente pessoal e estava baseada
na idéia-concerto de chesed (amor), o qual está muito bem
apresentado nos escritos de Oséias. Visto que seu tema principal é as relações
entre pessoas e seu alvo é a união ou conhecimento no mais pleno sentido da
palavra hebraica, chesed é o meio de vencer o afastamento e a desavença.
Isto ocorre porque a mente hebraica via o homem, em si, como algo
incompleto, alguma coisa menos que ser humano, quando fica separado da
relação de concerto. Torna-se verdadeiramente autêntico apenas quando
descobre sua relação com Deus e com o homem.
A reconciliação ocorre pelo amor de Jeová ao homem e pela resposta humilde
do ser humano em amor. É pelo amor que o homem percebe a verdadeira
essência do seu ser.
Oséias com sua teologia de amor prepara o pano de fundo para a idéia do
Novo Testamento de que a existência só é percebida num relacionamento com
Deus, e a vida mais completa é percebida na koinonia (comunhão de amor). O
ápice é atingido nos escritos de João e, sobretudo, em 1Jo 4.16,17: "Deus é
amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.
Nisto é em nós aperfeiçoado o amor" (ARA).
Nos dias de Oséias, Israel parecia incapaz de arrepender-se e a santidade do
Senhor não podia tolerar o pecado. De alguma forma, o amor firme de Deus
acharia um meio de trazer as pessoas de volta para Ele. Embora o Senhor
tivesse pronunciado certa destruição sobre o pecador, prometeu que nunca
abandonaria Israel. O povo israelita tem de ser julgado, mas Deus, em seu
amor (chesed), não pode destruí-Io. Esta tensão criativa alcança sua maior
expressão em 11.8,9 (ARC), onde, depois de predizer o exílio na Assíria, Jeová
brada:
Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como
Admá? Por-te-ia como Zeboim? Está mudado em mim o meu coração, todos os
meus pesares juntamente estão acesos. Não executarei o furor da minha ira;
não voltarei para destruir Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo
no meio de ti; eu não entrarei na cidade.
1.4. Contribuições singulares
1.4.1. O livro enfatiza o amor matrimonial de Deus
Oséias revela uma das imagens mais profundas do amor divino encontrado no
Antigo Testamento. Embora forçado a divorciar-se de Israel e julgá-Io devido à
sua prostituição (2.2-5), o Senhor ainda confirmou o seu amor pela nação e sua
intenção de cortejá-Ia e trazê-Ia de volta em justiça (2.14-16,20). Ele comparou
o relacionamento da sua aliança com Israel a uma união conjugal profunda e
íntima.
1.4.2. O poder secreto do amor Divino (14.9)
Este versículo final é um desafio aos mais sábios e perspicazes para que
esquadrinhem o singular poder do amor de Deus. Embora o amor divino por
Israel parecesse fútil e infrutífero no tempo de Oséias, assim não aconteceria
em longo prazo, pois "os caminhos do Senhor são retos" (14.9). Seu amor por
Israel continuaria apesar da obstinação do povo e, no final, se justificaria numa
colheita de justiça. Deus não faz maus investimentos (2.19).
1.4.3. O Profeta e seu casamento falido (1.2; 3.1-3)
A ordem que Oséias, o profeta, recebeu do Senhor para casar-se com uma
prostituta é chocante e cria um dilema (1.2). De conformidade com a Lei de
Moisés, Gômer deveria ser apedrejada como prostituta (Lv 20.10; Dt 22.2124).
Não se sabe se ela já era prostituta ao casar-se ou tornou-se depois. Qualquer
que seja o caso, os tempos de Oséias não eram normais, pois a terra estava
cheia de prostituição e os sacerdotes tinham-se tornado um bando de
assassinos (4.12-14; 6.9). O adultério de Gômer, entretanto, alcançara
tamanho grau de baixeza que ela se tornara uma prostituta escrava (3.1-2).
Todavia, a atitude de Oséias ao reivindicá-Ia e comprá-Ia tirando-a do mercado
da prostituição não violou a Lei, pois foi ordenada por Deus e realizada sob a
dispensação especial da graça divina (semelhante à graça demonstrada a Davi
quando este caiu em adultério). O Senhor suspendeu o julgamento sobre Israel
a fim de revelar aos judeus sua magnânima graça. Eles mereciam ser
totalmente destruídos por prostituírem-se, deixando o Senhor pelos deuses
pagãos (3.1-4).
A analogia divina com o casamento humano aqui apresentada foi planejada e
expressa divinamente, e não deve ser posta de lado. A grande lição que se tira
desse fato é que aquela infidelidade sexual é devastadora para um casamento,
provoca o julgamento de Deus e exige arrependimento verdadeiro, bem como
renovação genuína dos votos matrimoniais para que haja restauração. Apesar
de a Lei proibir que a mulher fosse aceita pelo seu primeiro marido, após haver
sido repudiada por este, casado outra vez e seu segundo marido haver falecido
(Dt 24.1-4; Mt 19.8-9), faz parte da graça oferecer misericórdia para a
reconciliação numa genuína união renovada. A mensagem prática de Oséias
são os dividendos que tal graça retribui (14.47), conforme demonstrado
profeticamente no livro.
1.4.4. Oséias em relação a Jeremias (11.7-9; Jr 9.1-2)
O que Jeremias foi para Judá, Oséias foi para Israel 140 anos antes. Ambos
instaram com o seu povo, implorando o amor de Deus, enquanto o povo
lançava-se à destruição. Ambos ministraram depois de uma época de
prosperidade em toda a nação, seguida de indiferença espiritual e corrupção
moral. Ambos expressaram a tristeza de Deus por ser forçado a divorciar-se do
seu povo por adultério e a permitir sua destruição por um império do oriente (Jr
3.8; Os 2.2-7). Ambos também falaram de uma renovada aliança entre o
Senhor e o seu povo na futura era messiânica (Jr 31.31 e ss.; Os 1.11; 14.1 e
ss.).
1.4.5. Religião depravada de Israel (6.6-10; 9.15-10.2)
Oséias descreve um dos períodos mais indignos da história religiosa de Israel.
Apesar de guardarem religiosamente os rituais, os judeus praticavam a idolatria.
Banditismo era comum entre o povo e até mesmo os sacerdotes reuniam-se para
atacar e assassinar peregrinos no caminho para Siquém (4.11-13,18; 6.9). Toda a
terra mergulhara na prostituição (4.11-14,18; 6.10). Sua hipocrisia era clamorosa.
Por esse motivo, o Senhor prometeu vir como um leão, leopardo, urso e fera
selvagem para despedaçá-Ios e devorá-Ios (5.14; 13.7-8). O reino do norte desfezse
e estava com Judá cento e cinqüenta anos mais tarde, na época de Daniel,
quando o Senhor descreveu
o seu plano de disciplinar a nação por meio dos quatro "animais" (Daniel 7).
Amós, o profeta do sul,já estivera em Samaria para repreender os líderes do
norte pelo seu arrogante orgulho e ausência de misericórdia e justiça. Do
mesmo modo que Amós denunciou o sistema depravado dos seus
compatriotas, Oséias insistiu com eles mostrando o amor divino da aliança.
Tendo rejeitado a correção, estavam sendo destruídos pela "falta de conhecimento"
(4.6) e fadados a ser extintos como nação quase vinte anos mais
tarde.
1.4.6. Cristologia em Oséias
Em Oséias, as referências ao Messias são raras e um tanto indiretas.
(a) O amor divino por Israel, enfatizado pelo profeta, subentende o amor de
Cristo tanto por Israel quanto pela Igreja (Jo 13.1). O Senhor do Antigo
Testamento (YHWH) é a própria Trindade, e o relacionamento "maridomulher"
representa o relacionamento entre o Senhor da aliança e o povo da
aliança. O amor do Novo Testamento entre Cristo e sua Igreja é outra
expressão daquele amor divino, mesmo para os que estão fora daquela
união da aliança (Ef 2.11-14).
(b) A referência de 3.5 que "tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao
Senhor seu Deus, e a Davi, seu rei" é provavelmente messiânica. Pode
referir-se ao Próprio Messias como "Filho de Davi" (Mc 12.35). "Nos últimos
dias" os filhos de Israel "tremendo se aproximarão do Senhor " (3.5).
(c) "Do Egito chamei o meu filho" (11.1) é citado em Mateus (2.15) como
uma profecia do Antigo Testamento de que Jesus seria levado ao Egito e
chamado pelo anjo do Senhor. Evidentemente Mateus usa esse texto como
uma "profecia" de Cristo, mostrando o relacionamento íntimo entre o
Messias e Israel, até mesmo tendo experiências semelhantes à aflição
vinda dos gentios e ao livramento de monarcas assassinos.
(d) A vitória de Cristo sobre a morte (13.14; 1Co 15.55).
(e) Deus deseja a misericórdia, e não o sacrifício (6.6; Mt 9.13; 12.7).
(f) e os gentios que não eram o povo de Deus, passam a ser seu povo
(1.6, 9-10; 2.23; Rm 9.25,26; 1Pe 1.10).
Além dos trechos específicos, o Novo Testamento expande o tema do livro
— Deus como o marido do seu povo — e diz que Cristo é o marido de sua
noiva redimida, a igreja (1Co 11.2; Ef 5.22-32; Ap 19.6-9; 21.1-2, 9-10). Oséias
enfatiza a mensagem do Novo Testamento a respeito de se conhecer a Deus
para se entrar na vida (Os 2.20; 4.6; 5.15; 6.3-6; Jo 17.1-3). Juntamente com
esta mensagem, Oséias demonstra claramente o relacionamento entre o
pecado persistente e o juízo inexorável de Deus. Ambas as ênfases são
resumidas por Paulo em Rm 6.23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas
o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”.

 

 
Doc Marquis, um ex-feiticeiro Iluminista, responde a vinte e cinco perguntas selecionadas em seus seminários sobre os Iluministas, Feitiçaria e Maçonaria. Reproduzimos e comentamos as respostas.
 
A maior parte deste artigo baseia-se em livros que foram publicados por editoras maçônicas e que eram muito secretos antigamente. Seguimos a recomendação bíblica atentamente, comparando os ensinos maçônicos com a Bíblia Sagrada. Em 1ª João 4.1, encontramos este mandamento a todos os cristãos:
 
“Amados, não creais a todo o espírito, mas provai [testai] se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. Assim, vemos que qualquer ensino religioso que não se conforme com as Escrituras é proveniente de um “falso profeta”.
 
Este exercício não é vão, pois é sua alma preciosa que está em jogo. Finalmente, lembre-se de duas coisas sobre a Maçonaria:
 
1) Os maçons de graus superiores mentem para seus colegas maçons, pois eles “merecem ser enganados”.
 
2) As explicações dadas a 95% de todos os maçons estão erradas. Veja esta citação do autor maçom Carl Claudy: “Remova a casca exterior e encontre um significado; remova aquele significado e encontre outro; abaixo dele, se você cavar ainda mais, encontrará um terceiro, um quarto - quem poderá dizer quantos ensinos?” Você aprendeu muitas mentiras, conforme demonstramos nos nossos muitos artigos. Ex-Feiticeiro Iluminista Revela a Forte Ligação da Maçonaria com a Feitiçaria.
 
Finalmente, lembre-se, da audaz afirmação de Albert Pike em seu livro Morals and Dogma [leia a resenha] que, “A Maçonaria é idêntica aos mistérios antigos”, o que significa que todos seus ensinos em todos os livros são exatamente iguais aos mistérios antigos, pagãos e satânicos! [pg 624, Ensinos para o Vigésimo Oitavo Grau].
 
Pedimos que você separe um tempo para ler nossos artigos para que finalmente saiba a verdade de Jesus Cristo, o Deus do Universo, a quem os maçons chamam de "deus inferior" e nunca mencionam em seus ensinos e rituais. Oramos fervorosamente para que o Espírito Santo ilumine sua mente, coração e alma com o conhecimento do verdadeiro Deus, e somente do verdadeiro Deus, da Bíblia Sagrada.
 
Sem qualquer introdução, reimprimimos as Vinte e Cinco Perguntas Selecionadas Sobre a Maçonaria, de Doc Marquis. Como Marquis é um ex-feiticeiro iluminista, tem um conhecimento inigualável sobre o assunto. Você verá que o material é altamente instrutivo e terá mais razões para compreender que a Maçonaria é uma forma de feitiçaria em seu núcleo. Como todo este artigo é a citação de Marquis, não colocaremos suas palavras entre aspas, e as imprimiremos em preto. Nossos comentários estarão em azul; além disso, como o material de Marquis não continha figuras ou símbolos, todos os que aparecem neste artigo foram incluídos pela Cutting Edge. Se alguém estiver interessado em contactar Marquis diretamente, incluímos o endereço dele no início do artigo.
 
Observe que quase todas as respostas de Marquis foram tiradas dos próprios escritos de autores maçons.
Usaremos aspas ao citar algum autor maçom.
VINTE E CINCO PERGUNTAS SELECIONADAS SOBRE A MAÇONARIA
 
1) A Maçonaria é uma organização cristã?
“Se a Maçonaria fosse simplesmente uma instituição cristã, os judeus e os islamitas, os hindus e os budistas não poderiam conscientemente fazer parte de sua iluminação" [Albert Mackey, Encyclopedia of Freemasonry, pg 182, maçom de Grau 33.] Achamos altamente instrutivo que Mackey admitaenfaticamente aos Adeptos que a Maçonaria não é cristã! Logicamente, quando Mackey escreveu seu livro, ele era secreto, e estava disponível somente aos maçons Adeptos. Se Mackey soubesse que esse livro se tornaria disponível para o público, não teria sido tão enfático.
 
2) A Maçonaria é cristã?
"A Maçonaria não é cristã, nem é uma substituta para o cristianismo" [C. F. McQuaig, My Masonic Friend, pg 1].
 
Novamente, vemos que, por sua própria admissão, a Maçonaria não é cristã! A única ocorrência em que ouvimos que ela é cristã é da Divisão de Propaganda Maçônica, e pelos pobres e iludidos maçons que foram deliberadamente enganados pelos seus superiores.
 
3) Há uma Bíblia sobre o altar nas lojas maçônicas. Isso não prova que a Maçonaria baseia-se na Bíblia?
 
“A Maçonaria não tem nada que ver com a Bíblia; não está baseada na Bíblia, pois, se estivesse, não seria Maçonaria, seria alguma outra coisa" [The Digest of Masonic Law, pg 207-209].
 
Agora vemos um autor maçônico admitindo que a Maçonaria não está baseada na Bíblia! Portanto, não somente a Maçonaria não é cristã, como não é nem mesmo judaico-cristã! Essas revelações simplesmente continuam aparecendo, não?
 
4) Mas e Deus?
“A humanidade, 'em todo', então, é o único Deus pessoal” [J. D. Buck, Mystic Masonry, pg 136, Grau 32]. Como qualquer bom ocultista, a Maçonaria acredita na mentira que Satanás disse a Eva no jardim do Éden: “Sereis como Deus”. Discutimos essa crença no artigo Provamos Conclusivamente que a Maçonaria é Adoração a Lúcifer - Parte 3 de 5; se você ainda não leu esse artigo, sugerimos que faça isso antes de prosseguir com a leitura deste artigo.
 
5) Se a Maçonaria não está baseada na Bíblia, nem em seus princípios cristãos; então, as lojas maçônicas não estão ensinando religião, certo?
“Toda loja maçônica é um templo de religião, e seus ensinos são instruções em religião" [Albert Pike, Morals and Dogma, pg 213. Pike foi um maçom de Grau 33, líder da Jurisdição Sulista do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria]. A revelação dele aqui, nos ensinos para o Décimo Terceiro Grau, que a Maçonaria ensina religião, é um exemplo perfeito da política deliberada de mentir da Maçonaria. No Décimo Grau, Pike diz que a "Maçonaria não é uma religião". Depois, no Décimo Terceiro Grau, o maçom aprende que aquela afirmação é falsa e que a Maçonaria realmente é uma religião. Assim, quando um não-maçom fizer a acusação que a Maçonaria é uma religião, pode-se responder com a afirmação de Pike no Décimo Grau, em que ele nega a Maçonaria seja uma religião, e omitir que no Décimo Terceiro Grau ele inverte o que disse anteriormente e admite que a Maçonaria realmente é uma religião.
 
Verdadeiramente, a Maçonaria é uma série de salas com fumaça e espelhos, destinadas a enganar a maioria dos maçons, e a enganar a 100% dos não-maçons. Nenhuma organização que deliberadamente usa de enganos não pode chamar a si mesma de cristã.
 
6) Como as lojas maçônicas são templos de religião, o que estão buscando se não adoram a Jesus Cristo?
“A Maçonaria está em busca da Luz. Essa busca leva-nos direto, como você pode ver, à Cabala” [Albert Pike, Morals and Dogma, pg 741].
 
7) Mas a Cabala não é uma religião?
“Todas as religiões verdadeiramente dogmáticas surgiram da Cabala e retornam a ela; tudo científico e grandioso nos sonhos religiosos dos Iluministas... todas as associações maçônicas devem a ela seus segredos e seus símbolos” [Pike, Morals and Dogma] Gostaríamos de advertir a todos nossos amigos judeus que estão se deixando envolver no reavivamento do estudo da Cabala, que estão acreditando na falsificação satânica da Torá e dos outros livros do Antigo Testamento da Bíblia, que os fariseus e saduceus dos tempos de Jesus estavam praticando. Você sabia que a principal razão pela qual os fariseus e saduceus planejaram matar Jesus, a despeito de seus óbvios poderes sobrenaturais, era por que eles estavam praticando a feitiçaria da Cabala? Você pode ler os detalhes nos dois artigos CE1077,”Sociedades Secretas Mataram o Senhor Jesus Cristo” (leia a Parte 1 e a Parte 2). Após ler esses dois artigos, você compreenderá por que Jesus foi tão implacável em suas palavras de reprovação aos fariseus, o que está totalmente em desacordo com seu caráter de amor e de compaixão pelos pecadores ordinários, mesmo os grandes pecadores. Jesus sabia que os fariseus e saduceus estavam praticando a feitiçaria que mais tarde veio a ser conhecida como Cabala.
 
8) Se a Cabala é uma prática antiga encontrada no mundo ocultista, os símbolos, palavras e outras expressões maçônicas podem ser encontrados no ocultismo?
“Nos ritos modernos da feitiçaria, encontramos termos e expressões que também são empregados na Maçonaria, na Alvorada Dourada, e outras sociedades ocultistas." [Arnold e Patricia Crowther, The Secrets of Ancient Witchcraft, pg 22].
 
Novamente, vemos uma ocorrência em que a Maçonaria é amada pelas pessoas erradas: feiticeiros, satanistas, iluministas, autores de livros de Nova Era possessos por demônios, e líderes de outras sociedades secretas, igualmente possessos por demônios. Como diz o ditado, “Os pássaros da mesma plumagem pousam no mesmo galho”, esse fato é uma evidência muito importante e concreta de que a Maçonaria é tão satânica quanto essas organizações admitem abertamente que são! Tenha esse fato em mente ao ler os fatos apresentados em seguida.
 
9) Se a Maçonaria promove as religiões ocultistas, certamente muitos de seus membros devem ter formação ocultista.
Eles certamente têm! Relaciono em seguida alguns exemplos de satanistas e/ou ocultistas que também eram maçons de boa posição. Não se deixe enganar pela Propaganda Maçônica que diz que essas pessoas eram "maçons rebeldes"; pelo contrário, foram maçons de boa posição durante grande parte de suas vidas. Na verdade, o que esses ocultistas, que também eram maçons, representam, são os poucos maçons iluministas, que percorreram todo o caminho para a “Luz”, para descobrir qual realmente é o grande segredo final da Maçonaria, isto é, satanistas dedicados trabalhando para implantar a Nova Ordem Mundial do Anticristo.
 
a) Arthur Edward Waite, historiador e autor ocultista.
Nos artigos Free12 e Free13, citamos muito esse autor, observando que seus livros são sempre publicados por uma editora maçônica bem conhecida e estabelecida.
 
b) Dr. Wynn Westcott - membro da Sociedade Rosacruz e membro fundador da Ordem Hermética da Alvorada Dourada, uma das sociedades secretas mais satânicas que existem e altamente ativa no estabelecimento da vindoura Nova Ordem Mundial do Anticristo. Você não acha extremamente esclarecedor saber que o fundador dessa sociedade secreta também era maçom?
 
c) S. L. MacGregor Mathers – co-fundador da Ordem Hermética da Alvorada Dourada - Assim, vemos que ambos os fundadores dessa sociedade secreta satânica eram maçons.
 
d) Dr. Gerard Encausse - membro dos Illuminati e líderdo grupo conhecido como 'Martinismo'. De acordo com Albert Mackey, um maçom de Grau 33, “Os graus do Martinismo envolvem os deleites (prazeres) dos místicos” [Albert Mackey, Encyclopedia of Masonry, pg 552]. Os “deleites dos místicos" aqui é um eufemismo para sexo. Em outros artigos, já observamos que a Maçonaria utiliza o simbolismo do círculo com um ponto no meio para representar o sexo. Em outros artigos, também observamos o simbolismo sexual inerente nos escritos maçônicos. Os maçons “adoram a criatura em lugar do Criador”, exatamente como quaisquer outros pagãos na história mundial. Novamente, esse fato é umas das razões por que insistem em absoluto segredo, temendo a investigação pública.
 
e) Aleister Crowley - O infame satanista que fundou a religião ocultista de Thelema. Esse homem (mostrado na foto) era tão vil e depravado que seus próprios contemporâneos os chamavam de “Mister 666” e sua própria mãe o chamava de “A Besta” do livro do Apocalipse. Crowley não fundou a Ordem dos Templários do Oriente, mas controlou a organização por muitos anos. A OTO é uma sociedade secreta praticante de Magia Negra, muito satânica.
 
 f) Dr. Theodore Reuss - Líder da ordem ocultista conhecida como O.T.O. (Ordo Templi Orientis, ou Ordem dos Templários do Oriente). Reuss foi um prolixo autor ocultista que deu a Aleister Crowley a liderança da OTO em Londres. Mostramos em seguida o logotipo oficial da OTO, obtido na Internet. A ilustração representa o abismo negro do Inferno. Aparentemente, é a entrada do Inferno, com as colunas no estilo maçônico em cada lado e o símboloocultista/maçônico alado no alto. Os Olhos Que Tudo Veem observam todos os que entram pelas portas. A Maçonaria é idêntica aos Mistérios", disse Albert Pike; portanto, essa cena das Portas do Inferno é Maçonaria.
 
 g) George Pickingill - renomado bruxo-mestre da Inglaterra do século XIX e líder do 'conciliábulo Pinkingill'.
 
h) Manly P. Hall - Rosa-cruz, autor maçom e fundador da Sociedade de Pesquisa Filosófica - Hall é reconhecido mundialmente como um dos mais prolixos autores maçons. Foi ele que disse que os companheiros maçons podem ter “as energias ardentes de Lúcifer nas mãos” quando compreenderem os profundos segredos da Arte. Como Hall era ao mesmo tempo rosa-cruz e maçom, queremos mostrar-lhe a Cruz Rosa-Cruz, para que você possa ver as terríveis blasfêmias da Maçonaria. Observe atentamente como eles cobriram a preciosa cruz do Calvário com os mais profundos e malignos símbolos de satanismo! Você pode ver quatro pentáculos em pé, representando Lúcifer e cobrindo cada uma das pontas da cruz; em seguida, pode ver um hexagrama logo abaixo do centro, provavelmente destinado a lançar uma “maldição” na cruz do nosso Salvador! Pessoal, essa é a verdadeira natureza da Maçonaria. A Maçonaria reverencia muito a Sociedade Rosa-Cruz, e tem até mesmo um grau dedicado a ela, chamado “Cavaleiro Rosa-Cruz”, o Décimo Oitavo Grau! Mais uma vez, a verdadeira natureza satânica da Maçonaria fica bem clara.
 
 i) Gerald B. Gardner - Fundador do moderno reavivamento de Wicca, que tem um estilo de feitiçaria nomeado em sua homenagem, o “Estilo Gardneriano de Feitiçaria”.
 
j) Alex Sanders - Conhecido como “Rei de todos os Feiticeiros”, em Londres, foi um dos feiticeiros mais influentes após Gardner. Também tem um estilo de feitiçaria nomeado em sua homenagem, a “Feitiçaria Alexandrina”.
 
k) Eliphas Levi - um dos maiores autores ocultistas do século XIX. Doc deixa de dar a devida ênfase aqui. Levi é conhecido como “a maior autoridade ocultista do século XIX”. Ele criou uma imagem extremamente obscena de Baphomet para representar Satanás. “O desenho do Baphomet de Levi mostra sua ênfase no sexo, pois criou Baphomet como um ser andrógino [masculino e feminino]. Satanás, como o Baphomet, frequentemente é retratado como uma deidade hemafrodita, que tem falo de homem e seios de mulher. Em um livro sobre feitiçaria, The Complete Book of Witchcraft and Demonology, encontramos uma figura do Baphomet. A legenda diz que ele era o 'deus cornífero dos feiticeiros, o sexo encarnado'. Essa figura mostra o Baphomet fazendo o sinal da tríade do Diabo com sua mão direita [Dra. Burns, Masonic and Occult Symbols Illustrated].
 
O espírito-guia de Eliphas Levi levou-o a níveis de compreensão da feitiçaria que poucos homens na história já atingiram. Suas ilustrações são consideradas inigualáveis no mundo ocultista, e ele não somente foi contemporâneo de Albert Pike, mas também exerceu influência sobre ele. [Arthur Edward Waite, Some Deeper Aspects of Masonic Symbolism, Kila, Montana, reimpresso por hKessinger Freemasonry Publishing Co]. Arthur Wait disse a respeito de Levi: “.... certamente um dos mais destacados expoentes continentais da ciência ocultista que o século XIX produziu, e seus escritos têm uma elevada estima nas escolas modernas da alta magia” [Waite, citado no livro de Levi, The History of Magic, no catálogo da Kessinger, para influenciar o leitor a comprar o livro de Levi].
 
Albert Pike [maçom de Grau 33, Grande Comandante daJurisdição Sulista] foi, portanto, muito influenciado por Levi em suas opiniões a respeito de Lúcifer. Já citamos Pike em Morals and Dogma [pg 567, ensinos para o Vigésimo Oitavo Grau] em que identifica Lúcifer como o portador de luz da Maçonaria, a “Luz” à qual os maçons fazem o juramento de trabalhar para alcançar. Ouça Levi falar sobre Lúcifer: “XXXVIII: O que é mais absurdo e ímpio do que atribuir o nome de Lúcifer ao Diabo, isto é, ao mal personificado? O Lúcifer intelectual é o espírito da inteligência e do amor; é o paráclito [o defensor]; é o Espírito Santo, onde o Lúcifer físico é o grande anjo do magnetismo pessoal” [Eliphas Levi, The Mysteries of Magic, A Digest of the Writings of Eliphas Levi].
 
Contrariamente à crença popular, as mulheres também podem ingressar na Maçonaria. No livro de Albert Mackey, Encyclopedia of Masonry, (pg 307), há uma lei da Maçonaria que é conhecida como Lei de Salique. Ela diz que as mulheres não podem se tornar maçons; no entanto, no passado, algumas mulheres foram aceitas. Alguns exemplos são.
 
a) A nobre Sra. Aldsworth - [mostrada na figura anterior] - por volta de 1735, recebeu o primeiro e o segundo graus na Loja 44, em Doneraile, Irlanda.
 
b) Sra. Beaton - morava e recebeu sua iniciação em Norfolk, Inglaterra.
 
c) Madame de Xaintrailles - iniciada na Loja Francesa no fim do século XIX.
 
d) Elizabeth St. Leger - iniciada em 1710, aos dezessete anos.
 
e) Condessa Barkoczy, da Hungria - foi iniciada na Loja Húngara da Maçonaria.
 
11. Existem exemplos de mulheres ocultistas que pertenceram à Maçonaria? Sim!
 
a) Madame Helena Petrovna Blavatsky - fundadora da ocultista Sociedade Teosófica, foi iniciada na Maçonaria durante a primeira parte do século XIX. Aqui, Marquis deixa de dar a devida a importância dos fatos. Blavatsky foi a fundadora de uma das sociedades secretas mais satânicas que existem! Entre as pessoas que aprenderam satanismo com ela estão Adolf Hitler e alguns de seus homens, Lênin e alguns outros líderes comunistas. Hitler, particularmente, considerava os ensinos de Blavatsky cruciais para suas doutrinas satânicas, especialmente o tratado que ela escreveu, A Doutrina Secreta. O holocausto nazista ocorreu em grande parte em decorrência dos ensinos de Blavatsky! Aqui, vemos que ela também pertenceu à Maçonaria.
 
b) Annie Besant - líder da profundamente satânica Sociedade Teosófica.
 
c) Alice A. Bailey - Sucedeu Annie Besant como líder da Casa da Teosofia. Alice e seu marido [Foster Bailey, um maçom de Grau 32] foram membros da Co-Maçonaria. Alice Bailey fundou a editora Lucifer Trust, com o propósito expresso de publicar os livros de Nova Era que seriam escritos em grande quantidade dali para a frente. Após perceber que a maioria das pessoas tinha aversão ao nome de Lúcifer, ela mudou o nome da editora para Lucis Trust.
 
12) Assumindo, então, que muitos membros maçons estão interessados, ou envolvidos no ocultismo, quais são as verdadeiras doutrinas religiosas dos maçons?
 
O que precisamos dizer para a multidão é: “Adoramos a um deus, mas é um deus adorado sem supertição. A vós, Soberanos Grande Inspetores Gerais [maçons de Grau 33], dizemos isto... para que repitais aos irmãos dos Graus 32, 31 e 30... A religião maçônica deve ser, por todos os iniciados nos graus mais elevados, mantida na pureza da doutrina luciferiana... Sim, Lúficer é Deus, e infelizmente, Adonai [Deus da Bíblia Sagrada] também é Deus... a doutrina do satanismo é uma heresia; e a religião pura e verdadeira é a crença em Lúcifer, que é igual a Adonai; mas Lúcifer, Deus da Luz, Deus do Bem, está lutando em favor da humanidade contra Adonai, o Deus das Trevas e do Mal” [Lady Queenborough, Occult Theocracy, pg 220-221, citando uma carta de Albert Pike, aos Supremos Conselhos Mundiais, em 14/7/1889].
 
A Maçonaria contra-atacou essa carta, afirmando que era uma falsificação. No entanto, precisa responder ao fato que essa adoração a Lúcifer também é explicada nos dois livros monumentais de Pike, Morals and Dogma, e Magnum Opus. Tudo o que está contido nessa carta também está contido nesses dois livros, e temos ambos aqui no escritório. Finalmente, a história não registra que a Maçonaria alguma vez tenha processado Lady Queenborough por calúnia e difamação.
 
Certamente, como a carta é tão condenatória, a Maçonaria teria feito todo o possível para limpar seu nome, até ao ponto de processar. A absoluta falta de ação deles comprova a verdade da afirmação de Lady Queenborough que essa carta de Albert Pike é genuína.
 
13) Espere um minuto! Você está dizendo que a 'luz' que a Maçonaria procura, vem de Lúcifer?
“LÚCIFER, o portador da luz... É ele quem porta a luz? Não duvides!” [Albert Pike, Morals and Dogma, pg 321; ênfase no original].
 
14) Espere ai! Lúcifer, ou Satanás não é o deus dastrevas? O maligno?
“O verdadeiro nome de Deus, dizem os cabalistas, é Yahweh (DEUS) invertido; pois Satanás não é um deus negro, mas a negação de Deus. Para os iniciados, não é uma Pessoa, mas uma Força...” [Albert Pike, Morals and Dogma, pg 102]. A afirmação de Pike, em uma carta, mencionada anteriormente, define o puro satanismo. Eles acreditam que Deus e Lúficer são Deuses iguais, eram concorrentes no Jardim no Éden, com Adonai, o Deus da Bíblia Sagrada obtendo uma “vitória temporária” No entanto, os ocultistas acreditam que, na batalha do Armagedom, Lúcifer destronará Adonai e se apoderará do seu trono de direito nos céus. Todos os luciferianos, incluindo os Iluministas, acreditam nisso de todo o coração. Adonai é o Deus cruel, conforme demonstrado pelo fato de ordenar que os israelitas nos tempos do Antigo Testamento matassem populações inteiras de pessoas pelo único pecado de adorarem a Lúcifer, seu adversário; Lúcifer, por outro lado, não tem esse histórico de matanças e é considerado o Deus do Bem. Além disso, chamando Lúcifer, ou Satanás, de Força, em vez de Pessoa, Pike cumpre a profecia bíblica referente ao Anticristo. Em Daniel 11.38, lemos: “Mas em seu lugar honrará a um deus das forças”. Nem Albert Pike nem qualquer outro luciferiano sabe que está cumprindo as profecias bíblicas sobre o Anticristo. No entanto, como indicamos no artigo “Teachings About Jesus Christ” [disponível no site da Cutting Edge], a doutrina deles sobre Jesus Cristo também cumpre precisamente a definição bíblica do Anticristo.
 
15) Satanás, pode, então, ser entendido como Deus, a fonte da Luz?
Para formar uma ideia de Deus .... a Cabala o imaginou como a 'luz mais oculta'. [Albert Pike, Morals and Dogma, pg 740].
 
16) Como a religião maçônica é a "frente" para a religião dos iluministas, a “luz” maçônica é a “luz” dos iluministas?
“O resultado é luz ou iluminação. Tais são os Iluministas” [J. D. Buck, maçom de Grau 33, em Mystic Masonry, introdução, pg XI] Novamente, vemos a Maçonaria culpada de ser luciferiana pelas palavras de seus próprios autores. É realmente muito ruim que 95% de todos os maçons não separem tempo para ler os mesmos livros que nós, e outros autores cristãos, já lemos.
Esses maçons não fizeram nem uma fração da pesquisa que já fizemos; no entanto, preferem acreditar na mentiras dos seus superiores.
 
17) O candidato a maçom não aprende a verdade sobre a religião e o deus da Maçonaria quando ingressa na Loja Azul, onde recebe os três primeiros graus?
“Os graus da Loja Azul são apenas o pátio exterior, ou o pórtico do Templo. Alguns símbolos são mostrados ali para o iniciado, mas ele é intencionalmente enganado com falsas interpretações. Não se deseja que ele compreenda o significado dos símbolos, mas que apenas pense que compreende” [Albert Pike, Morals and Dogma, pg 819; ênfase acrescentada].
 
Todos os maçons precisam ler e reler o parágrafo acima, pois é muito esclarecedor. Pike acaba de dizer para seus Adeptos do Trigésimo Grau que podem livre e intencionalmente enganar os maçons de graus mais baixos. Esses pobres homens devem imaginar que compreendem os símbolos da Maçonaria! Essa mentira audaz vem do Maligno, de Satanás, não do Deus Santo da Bíblia!
 
18) Quem, então, tem a permissão de conhecer a verdade, e o que realmente acontece na Maçonaria?
“Precisamos criar um super-rito, que permanecerá desconhecido, ao qual chamaremos aqueles maçons de graus elevados (do trigésimo para cima), a quem selecionaremos. Com relação aos nossos irmãos na Maçonaria, esses homens precisam jurar manter o mais rígido segredo. Por meio desse rito supremo, governaremos toda a Maçonaria, que se tornará o centro internacional, o mais poderoso, porque sua direção será desconhecida” [carta datada de 22/1/1870 de Albert Pike para o líder da Ordem dos Illuminati, Giuseppe Mazzini].
 
19) Você está dizendo que a Maçonaria é somente uma encenação e que há algo mais por trás dela?
“Isso serviu de base à nossa organização da Maçonaria secreta, que ninguém conhece e cujos desígnios não são sequer suspeitados pelos tolos gentios, atraídos por nós ao exército visível das lojas, a fim de desviar os olhares de seus próprios irmãos.... Quem poderá derrubar uma força invisível? Nossa força é assim. A Maçonaria externa serve unicamente para cobrir nossos desígnios; o plano de ação dessa força, o lugar que assiste, são inteiramente ignorados do público” [Protocolo dos Sábios de Sião, Protocolo 11, Protocolo 4].
Os Protocolos dos Sábios de Sião são o documento mais declaradamente satânico na história mundial! Eles relacionam sistematicamente todas as etapas necessárias para estabelecer a Nova Ordem Mundial e o Anticristo.
 
É algo muito sério os Protocolos afirmarem que a Maçonaria existe somente para desviar os olhares dos Iluministas. Novamente, vemos a crença deles, afirmada por Pike anteriormente, que um super-rito, que é totalmente desconhecido, promoverá os interesses dos Iluministas poderosamente. A Maçonaria está sendo usada pelos Iluministas para desviar os olhares das pessoas, e para trazer a Nova Ordem Mundial.
 
20) Então, se a Maçonaria é apenas uma encenação exterior, o que está realmente tentando esconder por dentro?
“SOCIEDADES SECRETAS - Mas, esperando nosso advento, criaremos e multiplicaremos, pelo contrário, as lojas maçônicas em todos os países do mundo, atraindo para elas todos os que são ou possam ser agentes proeminentes. Essas lojas formarão nosso principal aparelho de informações e o meio mais influente de nossa atividade. Centralizaremos todas essas lojas em uma administração que somente nós conheceremos, composta pelos nossos Sábios. As lojas terão seu representante, atrás do qual estará escondida a administração de que falamos, e será esse representante quem dará a palavra de ordem e o programa.
 
Formaremos nessas lojas o núcleo de todos os elementos revolucionários e liberais. Elas serão compostas por homens de todas as camadas sociais. Os mais secretos projetos políticos ser-nos-ão concedidos e cairão sob a nossa direção no próprio momento em que apareçam. No número dos membros dessas lojas se incluirão quase todos os agentes da polícia nacional e internacional, .... porque seu serviço é insubstituível, para nós, visto como a polícia, pode não só tomar medidas contra os recalcitrantes, como cobrir nossos atos, criar pretextos de descontentamentos, etc... Aqueles que entram para as sociedades secretas são ordinariamente ambiciosos, aventureiros, e em geral, homens na maioria levianos, com os quais não teremos grande dificuldade em nos entendermos para realizar nossos projetos." [Protocolos dos Sábios de Sião, Protocolo 15].
 
21) Ninguém nunca tentou advertir o público sobre aconexão Maçonaria/Iluministas e suas atividades antes?
Sim! Muitas pessoas tentaram, mas poucas foram ouvidas. Todas as advertências seguintes são de indivíduos que eram proeminentes na política, na vida acadêmica e líderes religiosos. Não eram “sensacionalistas” nem eram “profetas do Apocalipse”; todos eram indivíduos altamente qualificados e respeitados em seus campos de atuação.
 
a) Presidente George Washington, 1785, em uma carta ao reverendo G. W. Snyder: “Reverendo, não era minha intenção duvidar que a doutrina dos Iluministas - os princípios do Jacobinismo - não tinham se espalhado pelos Estados Unidos. Pelo contrário, ninguém está mais satisfeito com esse fato do que eu”. Pouco antes de morrer, o Presidente Washington estava bem ciente que o ramo radical da Maçonaria, os Iluministas de Adam Weishaupt, tinha alastrado seu veneno para os EUA.
 
b) Em 1798, o Professor John Robinson advertiu os líderes maçons que os Iluministas estavam se infiltrando nas lojas.
 
c) Reverendo Jedidiah Morse (pai de Samuel Morse) pregou em 1798: A Ordem dos Illuminati tem suas filiais estabelecidas e seus emissários trabalhando nos EUA”.
 
d) David Pappen, Presidente da Universidade de Harvard, em 19/7/1798, fez uma advertência à classe dos formandos em uma aula sobre a influência que os Iluministas estavam exercendo na política e na religião nos EUA.
 
e) John Quincy Adams, que em 1800 opôs-se a Thomas Jefferson na disputa pela Presidência, escreveu três cartas ao coronel William L. Stone, expondo como Jefferson estava usando as lojas maçônicas para os propósitos subversivos dos Iluministas. Acredita-se que as informações contidas naquelas cartas ajudaram Adams a vencer a eleição. Elas ficaram expostas na Biblioteca da Praça Rittenburg, em Philadelphia.
 
f) Dr. Joseph Willard, Presidente da Universidade de Harvard, disse em 4 de julho de 1812, à classe dos formandos: “Existem evidências suficientes que diversas sociedades dos Iluministas estabeleceram-se neste pais. Elas estão trabalhando para solapar secretamente todas as nossas antigas instituições, civis e religiosas. Essas sociedades estão claramente coligadas com suas congêneres na Europa... Vivemos em um período alarmante. Os inimigos de toda a ordem estão procurando nossa ruína. É claro que se a infidelidade prevalecer, nossa independência cairá e nosso governo republicano será aniquilado”.
 
Vivemos no tempo final que o Presidente Willard, da Universidade de Harvard, temia; os inimigos das nossas liberdades estão próximos de alcançar seus objetivos. Quando pessoas qualificadas como essas puderam ver a conspiração para destruir nosso país e nossas liberdades, por que muitas pessoas ainda duvidam?
 
g) O primeiro-ministro britânico Sir Winston Churchill, disse em 1920, três anos após os bolcheviques tomarem o poder na Rússia: "Desde os dias de Weishaupt (codinome Spartacus) aos de Karl Marx, aos de Trotsky ... essa conspiração mundial .. tem crescido continuamente. Essa conspiração teve um papel definitivamente reconhecível na tragédia da Revolução Francesa. Foi a mola principal de todo movimento subversivo durante o século XIX; e agora,finalmente, esse grupo de personalidades extraordinárias do submundo das grandes cidades da Europa e da América tomou o povo russo pelos cabelos de suas cabeças e tornou-se praticamente o dono incontestável daquele enorme império”. No Seminário 2, “America Determines the Flow of History” [que pode ser adquirido em fitas cassetes visistando-se o site da The Cutting Edge], delineamos a teoria que o Plano para a Nova Ordem Mundial que está em operação requereu a criação deliberada do comunismo. No entanto, ficamos chocados quando encontramos essa citação de Winston Churcill dizendo ao mundo em 1920, que os Iluministras tinham criado o comunismo!
 
h) A famosa historiadora e autora inglesa Nesta Webster, em seu livro World Revolution, publicado nos anos 20, na página 78, diz: “Embora esses eventos (os estágios iniciais da Revolução Francesa de 1789) estivessem ocorrendo na Europa, o Novo Mundo (os EUA) estavam sendo influenciados pelos Iluministas. Em 1786, uma Loja da Ordem dos Iluministas foi inaugurada na Virgínia, e foi seguida por quatorze outras, em diferentes cidades”.
 
i) O Relatório do Comitê de Investigação Sobre a Educação, do Senado da Califórnia, dizia em 1953: “O assim chamado comunismo é aparentemente a mesma hipócrita e mortal conspiração mundial para destruir a civilização que foi fundada pela Ordem Secreta dos Iluministas, na Bavária, em primeiro de maio de 1776 e que ergueu sua cabeça em nossas colônias aqui no período crítico antes da adoção da nossa Constituição Federal”.
 
Essa afirmação é inacreditável, não pelo conteúdo, mas pela fonte - o Senado da Califórna Sobre a Educação! Sempre fico admirado em ver como o conhecimento de uma geração pode ser enterrado pelas gerações posteriores. Verdadeiramente, cada geração precisa conquistar suas próprias liberdades.
 
22) Quando os maçons tornaram-se parte dos Iluministas? “Em 16 de julho de 1782, no famoso Congresso de Wilhelmsbad, próximo da cidade de Hanau, em HesseCassel. Esse Congresso foi iniciado por Ferdinando, Duque de Brunswick, Grande Mestre da Ordem da Observância Rígida” [Albert Mackey, Encyclopedia of Freemasonry, pg 1006].
 
23) O que aconteceu nesse encontro? Adam Weishaupt, e seu braço direito, o Barão Adolf Von Knigge (ambos eram maçons naquele tempo) comparecerem ao Congresso de Wilhelmsbad; eles tinham se reunido com os representantes dos 23 Supremos Conselhos do mundo maçônico e os convenceram, após trinta sessões, a seguir o Plano de Sete Partes dos Iluministas para a criação de uma Nova Ordem Mundial.
 
24) Como fizeram isso? Após trinta reuniões com os Conselhos, os representantes do mundo maçônico assinaram um documento, cada qual com seu próprio sangue, que seguiriam o Plano de Sete Partes dos Iluministas para o estabelecimento da Nova Ordem Mundial.
 
25) Os maçons não têm conhecimento sobre esses fatos?
A maioria não tem. Praticamente 95% dos maçons não têm a menor ideia do que realmente acontece em suas próprias lojas. Somente os maçons do Trigésimo Grau para cima é que podem conhecer esses segredos. Desses, somente 5% conhecem toda a verdade, por terem sido iniciados na Ordem dos Iluministas. Na maioria das vezes, um Iluminista entrará nas fileiras da Maçonaria somente para continuar o processo de infiltração. Eventualmente, esse Iluminista se tornará um dos maçons de alto nível e poderá, portanto, controlar melhor o mundo maçônico por causa de seu elevado grau e poder.
Se você faz parte dos 95% dos maçons que estão condenados a permanecer na ignorância e não conhecer a verdadeira natureza da loja, agora aprendeu a verdade.

INTRODUÇÃO À TEOLOGIA

 INTRODUÇÃO A TEOLOGIA

 

 

Estamos vivendo tempos de fome espiritual, onde heresias têm procurado se instalar no seio da Igreja; Deus levantou o projeto para um grande avivamento espiritual. Não basta apenas termos talentos naturais ou compreensão das conseqüências das crises que o mundo atravessa. Precisamos,exercer influências com nosso testemunho perante os que dispomos a ensinar a Palavra de Deus. é muito importante porque nos dará ampla visão da teologia Divina, atrairá futuros líderes ao aprendizado e criará um ambiente mais espiritual na nossa Igreja (Koinonia). Aprendizados errados geram desastres e resistência à Obra de Deus. Somente o correto de forma correta leva ao sucesso, na consciência e submissão ao Espírito Santo que rege a igreja. Temos que combinar estratégias de ensino com o nosso caráter revelado em nossas vidas; devemos incentivar a confiança dos alunos na Escritura, com coerência e potencial. Temos capacidade, em Deus, de mudarmos o mundo, começando do mundo interior das consciências humanas dos alunos, que se tornarão futuros evangelizadores capacitados na Bíblia. Tome esta certa decisão: Estude, antes, o material, reúna seus alunos, apresente os planos de aula, dê um tempo para refletirem, divulgue a doutrina, em conjunto, como facilitador do processo educacional, tranqüilize e encoraje os outros a fazerem parte de novas turmas. Não preguemos a verdade para ferirmos os outros ou para destruir, mas para ajudar e corrigir as almas,com amor, esperando que Deus lhes conceda o entendimento do Reino dos Céus.

 

 

Como facilitador da visão de ensino, conheça os quatro pilares da Educação:

 

 

1) Aprender a Conhecer: -Tenha a humildade de saber que não sabes tudo; Seja competente, compreensivo, útil, atento, memorizador e informe o assunto de forma contextualizada com a realidade atual.

2)   Aprender a fazer: -Seja Preparado para ministrar as aulas, conhecendo a matéria previamente, estimulando a criatividade dos alunos, preparando-os para a tarefa determinada de Jesus de serem discípulos.

 

3)   Aprender a Viver juntos: -Estimule a descoberta mútua entre os alunos da Palavra de Deus, em forma de solidariedade, cooperativismo, promovendo auto-conhecimento e auto-estima entre os alunos, na solidariedade da

compreensão mútua; o objetivo do curso não é apenas ter conhecimento, mas “ser cristão”.

 

4) Aprender a Ser: -Resgate a visão holística (completa) e integral dos alunos, preparando-os para integrarem corpo, alma e espírito com sensibilidade, ética, responsabilidade social e espiritualidade, formando juízo de valores, levando-os a aprenderem a decidir por si mesmos, com a ajuda do Espírito Santo. Lembrem -se de que a primeira impressão é a que fica marcada na consciência. Temos que ser perceptivos, hábeis para lidar com as dúvidas, sem agressões, procurando soluções com base bíblicas sem fundamentalismo de usar textos sem contextos por pretextos de posicionamentos individuais. Estimule os alunos, com liberdade de pensamento para terem respostas. Tome comum a mensagem, filtrando os resultados no bom-senso. Seja amável, compreensivo, sincero, sem ter uma visão exclusivista do seu ponto de vista, em detrimento da Palavra de Deus, que sempre é o referencial.

 

 

 

1º INTRODUÇÃO A TEOLOGIA

 (Doutrina de Deus) INTRODUÇÃO

 

As obras de dogmática ou de Teologia Sistemática geralmente começam com a Doutrina de Deus. Há boas razões para começar com a Doutrina de Deus, se partirmos da admissão de que a Teologia é o conhecimento sistematizado de Deus de quem, por meio de quem, e para quem são todas as coisas. Em vez de surpreender-nos de que a dogmática começa a Doutrina de Deus, bem poderíamos esperar que fosse completamente um estudo de Deus, em todas as suas ramificações do começo ao fim.

Iniciamos o estudo de Teologia com duas pressuposições, a saber:

 

 

(1) Que Deus existe ;

(2) Que Ele se revelou em Sua Palavra Divina.· Prova BÍBLICA da existência de Deus.Para nós a existência de Deus é a

 

grande pressuposição da teologia, não há sentido em falar-se do conhecimento de Deus, senão se admite que Deus existe. Embora a verdade da existência de Deus seja aceita pela fé, esta fé se baseia numa informação confiável. O Cristão aceita a verdade da existência de Deus pela fé. Mas esta fé não é uma fé cega, mas fé baseada em provas,e as provas se acham, primariamente, na Escritura como a Palavra de Deus inspirada,e, secundariamente, na revelação de Deus na natureza. Nesse sentido a BÍBLIA não prova a existência de Deus. O que mais se aproxima de uma declaração talvez seja o que lemos em Hebreus 11:6: A BÍBLIA pressupõe a existência de Deus em sua declaração inicial, No principio criou Deus os céus e a Terra. Vê-se Deus em quase todas as páginas da Escritura Sagrada em que Ele se revela em palavras e atos. Esta revelação de Deus constitui a base da nossa fé na existência de Deus,e a torna uma fé inteiramente razoável. Deve-se, notar, que é somente pela fé que aceitamos a revelação de Deus e que obtemos uma real compreensão do seu conteúdo. Disse Jesus, Se alguém quiser fazer a vontade dele conhecer· a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo (Jô 7:17). É estes conhecimentos intensivos, resultantes da intima comunhão com Deus, que Oséias tem em mente quando diz, Conheçamos,e prossigamos em conhecer ao Senhor, (Oséias 6:3). O incrédulo não tem nenhuma real compreensão da Palavra de Deus. As Palavras de Paulo são muito pertinentes nesta conexão: Onde está o sábio ?Onde o escriba ? Onde o inquiridor deste século ? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo ? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem, pela loucura da pregação (1 Co 1:20,21).

 

I. Relação do Ser e dos Atributos de Deus. O Ser de Deus. É evidente que o Ser de Deus não admite nenhuma definição cientifica. Uma definição Genético-sintética assim, não se pode dar de Deus, visto que Deus não é um dentre várias espécies de deuses, que pudesse ser classificado sob um gênero único. No máximo, só é possível uma definição analítico-descritiva. Esta simplesmente menciona as características de uma pessoa ou coisa, mas deixa sem explicação o ser essencial. E mesmo uma definição dessas não pode ser completa, mas apenas parcial, porque é impossível dar uma descrição de Deus positiva exaustiva. (Como oposta a uma negativa). A BÍBLIA nunca opera com um conceito abstrato de Deus, mas sempre O descreve como o Deus vivente, que entra em várias relações com as suas criaturas, relações que indicam vários atributos diferentes. Sua essência em (Pv 8:14), a natureza de Deus em (2 Pe 1:4). Outra passagem repetidamente citada como contendo uma indicação da essência de Deus, e como a que mais se aproxima de uma definição na BÍBLIA È (Jo 4:2) Deus È espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. O ser de Deus é caracterizado por profundidade, plenitude, variedade, e uma glória que excede nossa compreensão e a BÍBLIA apresentam isto como um todo glorioso e harmonioso, sem nenhuma contradição inerente. E esta plenitude de Deus acha expressão nas perfeições de Deus, e não doutra maneira. Da simplicidade de Deus segue-se que Deus e Seus atributos são um. Comumente se dizem Teologias que os atributos de Deus são o próprio Deus, como Ele se revelou a nós. Os escolásticos acentuavam o fato de que Deus È tudo quanto Ele tem. Ele tem vida, luz, sabedoria, amor, justiça, e se pode dizer com base na Escritura que Ele È vida,luz, sabedoria, amor, justiça. Os escolásticos afirmavam ademais,que toda a essência de Deus È idêntica a cada um dos atributos, de modo que o conhecimento de Deus, È Deus, a vontade de Deus, È Deus, e assim por diante alguns deles chegaram mesmo a dizer que cada atributo È idêntico a cada um dos demais atributos, e que não existem distinções lógicas em Deus.

 

II. Atributos de Deus

 

 

1. Atributos Incomunicáveis.

 

Salientam o Ser absoluto de Deus. Considerando absoluto como aquilo que é livre de todas as condições (ou Incondicionado ou Auto-existente), de todas as relações (o Irrelacionado), de todas as imperfeições (o Perfeito), ou livre de todas as diferenças ou distinções fenomenológicas, como matéria e espírito,ser e atributos, sujeito e objeto, aparência e realidade (O real, a realidade última). A. A existência Autônoma de Deus como o Ser auto-existente e independente que Deus pode dar a certeza de que permanecer· eternamente o mesmo, com relação ao seu povo.

 

 

 

 

Encontram- se indicações adicionais disso na afirmação presente em (Jo 5:26). Na declaração de que ele é independente de todas as coisas e que todas as coisas só existem por meio dele (Sl 94:8s.; Is 40:18 s.; At 7:25) e nas afirmações que implicam que Ele é independente em seu pensamento (Rm 11:33,34) em sua vontade (Dn 4:35 ; Rm 9:19; Ef 1:5 ; Ap 4:11) em seu poder (Sl 115:3, e em seu conselho (Sl 33:11).

 

B. A Imutabilidade de Deus.

 

 

Em virtude deste atributo, Ele È exaltado acima de tudo quanto há, e é imune de todo acréscimo ou diminuição e de todo desenvolvimento ou diminuição e de todo desenvolvimento ou decadência em seu ser e em suas perfeições.A imutabilidade de Deus é claramente ensinada em passagens da Escritura com (Ex 3:14 ; Sl 102:26-28 ; Is 41:4)); (48:12; Ml 3:6 ; Rm 1:23, Hb 1:11,12 ; Tg 1:17).

 

C.A infinidade de Deus.

 

1) Sua perfeição absoluta - O poder infinito não é um quantum absoluto, mas, sim, um potencial inexaurível de energia, e a santidade infinita não é um quantum ilimitado de santidade, mas, sim, uma santidade qualitativamente livre de toda limitação ou defeito. A prova bíblica disto acha-se em (Jó 11:7 - 10 ; Sl 145 : 3 ; Mt 5:48). 2) Sua eternidade- A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade- Sua eternidade. A forma em que a BÍBLIA apresenta a eternidade de Deus está nas passagens bíblicas de (Sl 90:2 ;102,12 ; Ef 3:21).3) Sua imensidade - A infinidade de Deus também pode ser vista com referência ao espaço, sendo, então, denominada imensidade. Em certo sentido, os termos imensidade e onipresença, como são aplicados a Deus, denotam a mesma coisa e, portanto, podem ser considerados sinônimos. A onipresença de Deus é revelada claramente na Escritura (1 Rs 8:27 ; Is 66:1 ; At 7:48,49 ; Sl 139:7-10 ; Jr 3:23,24 ; At 17:27,28).

 

 

D. A unidade De Deus.

 

 

1) Unitas Singularitatis - este atributo salienta a unidade e a unicidade de Deus, o fato de que Ele é numericamente um e que, como tal, Ele é único. Provas BÍBLICAS comprovam com passagens de texto em (1 Rs 8:60 ; 1 Co 8:6 ;1 Tm 2:5). Outras passagens salientam, não a unidade, mas a sua unicidade (Dt 6:4, Zc 14:9, x 15:11). 2) Unitas Simplicitatis - quando falamos da simplicidade de Deus, empregamos o termo para descrever o estado ou qualidade que consiste em ser simples, a condição de estar livre de divisão em partes e, portanto, de composição. A perfeição agora em foco expressa a unidade interior e qualitativa do ser divino. A escritura não a afirma explicitamente, mas ela está implícita onde a BÍBLIA fala de Deus como justiça, verdade, sabedoria, luz, vida, amor, etc. E, assim, indica que cada uma destas propriedades, devido a sua perfeição absoluta, é idêntica ao seu ser.

 

 

2. Atributos Comunicáveis.

 

 

nos atributos comunicáveis que Deus se posiciona como Ser morais, conscientes, inteligentes e livres, como Ser pessoal normal elevado sentido da palavra.

 

A.    A Espiritualidade De Deus –

 

 

A BÍBLIA não nos dá uma definição de Deus. O que mais se aproxima disso é a palavra dita por Jesus á mulher samaritana: Deus È espírito, (Jo 4:24). Trata-se, ao menos, de uma declaração que visa dizer-nos numa única palavra o que Deus é. A idéia de espiritualidade exclui necessariamente a atribuição de qualquer coisa semelhante a corporalidade a Deus e, assim condena as fantasias de alguns dos antigos gnósticos e dos místicos medievais, e de todos os sectários dos nossos dias que atribuem o corpo a Deus. Atribuindo espiritualidade a Deus, podemos afirmar que Ele não tem nenhuma das propriedades pertencentes á matéria, e que os sentidos corporais não O podem discernir. Paulo fala dele como o Rei eterno, imortal, invisível (1 Tm 1:17), e como o Rei dos reis e Senhor dos senhores ; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A Ele honra e poder eterno. Amém. (1 Tm 6:15,16).

 

 

3. Atributos Intelectuais.

 

 

1)      O conhecimento de Deus.

 

 

Podem-se definir o conhecimento de Deus como a perfeição de Deus pela qual Ele, de maneira inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples. A BÍBLIA atesta abundantemente o conhecimento, como por exemplo, em (1 Sm 2:3 ; Jó 12:13 ; Sl 94:9 ; 147:4 ; Is 29:15 ; 40:27,28).

 

 

A)    Sua Natureza.

 

 

conhecimento caracterizado por perfeição absoluta. … inato e imediato, e não resulta de observação ou de um processo de raciocínio. O conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de Sua onipotência. … chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade divina. Também é conhecido como conhecimento de simples inteligência, em vista do fato de que é pura e simplesmente um ato do intelecto divino, sem nenhuma ação concomitante da vontade divina. O livre conhecimento de Deus, È aquele que ele

 

 

 

 

tem de todas as coisas reais, isto È, das coisas que existiram no passado, que existem no presente ou que existirão no futuro. Fundamenta-se no conhecimento infinito que Deus tem do seu propósito eterno, totalmente abrangente e imutável e é chamado livre conhecimento porque é determinado por um ato concomitante da vontade.

 

B)    Sua Extensão.

 

 

O conhecimento de Deus não é perfeito somente em sua natureza, mas também em sua abrangência. É chamada onisciência, porque é absolutamente compreensivo. Diversas passagens da Escritura ensinam claramente a onisciência de Deus. Ele é perfeito em conhecimento, (Jó 37:16), não olha para a aparência exterior, mas para o coração,(1 Sm 16:7 ; 1 Cr 28:9,17 ; Sl 139:1-4; Jr 17:10),observa os caminhos dos homens, (Dt 2:7 ; Jô 23:10; 24:23; 31:4 ; Sl 1:6; 119 :168), conhece o lugar da sua habitação (Sl 33:13), e os dias da sua vida (Sl 37:18). A escritura ensina a presciência divina de eventos contingentes (1 Sm 23:10-13 ; 2Rs 13:19 ; Sl 81:14,15; Is 42:9; 48:18; Jr 2:2,3;38:17-20: Ez 3:6 ; Mt 11:21).

 

(3)   A Sabedoria de Deus.

 

 

Pode-se considerar a sabedoria de Deus como um aspecto do Seu conhecimento. O conhecimento é adquirido pelo estudo, mas a sabedoria resulta de uma compreensão intuitiva das coisas. A Escritura refere-se à sabedoria de Deus em muitas passagens, e até a apresenta como personificada em Provérbios 8. Vê-se esta sabedoria particularmente na criação (Sl 19: 1-7 ; 104 : 1-34), na providência (Sl 33:10,11; Rm 8:28) e na redenção (Rm 11:33; 1 Co 2:7 ; Ef 3:10). 3) A veracidade de Deus - Quando se diz que Deus é a verdade, esta deve ser entendida, em seu sentido amis abrangente. Primeiramente ele é a verdade num sentido metafísico, isto È, nele a idéia da Divindade se concretiza perfeitamente; Ele é tudo que como Deus deveria ser e, como tal, distingui -se de todos os deuses, assim chamados, os quais são chamados Ídolos, nulidades e mentiras (Sl 96:5 ;97:7; 115: 4-8 ; Is 44: 9,10). Ele È também a verdade num sentido Ético e, com tal, revela-se como realmente é, de modo que a sua revelação é absolutamente confiável (Nm 23:19 ; Rm 3:4 ; Hb6:18). Finalmente, Ele é também a verdade num sentido lógico e,em virtude disto, conhece as coisas como realmente são, e constitui de tal modo a mente do homem que este pode conhecer, não apenas a aparência, mas também a realidade das coisas. A escritura È muito enfática em suas referências a Deus como a verdade (Ex 34:6 ; Nm 23:19 ; Dt 32:4 ; Sl 25:10; 31:6 ; Is 65:16 ; Jr 10:8,10,11 ;Jo 14:6 ; 17:3 ; Tt 1:2 ; Hb 6:18 ; 1 Jo 5:20,21).

 

 

4. Atributos Morais.

 

1- a) A Bondade de Deus.

 

(Mc10:18 ; Lc 18:18,19; Sl 36:9 ; Sl 145:9,15,16; Sl). (36:6 ; 104:21 ; Mt 5:45; 6:26; Lc 6:35; At 14:17). b) O Amor de Deus

(Jo 3:16 ; Mt 5:44; 45 ; Jó 16:27 ; Rm 5:8 ; 1 Jo 3:1). c) A graça de Deus.

Segundo a Escritura, é manifestada não só por Deus,mas também pelos homens, caso em que denota o favor de um homem a outro (Gn 33:8,10,18 ; 39:4;47:25 ; Rt 2:2; 1 Sm 1:18; 16:22). (Lemos em Ef1:6,7; 2:7-9 ; Tt 2:11 ; 3:4-7 ; Is 26:10 ; Jr 16:13 ;Rm 3:24; 2 Co 8:9 ; At 14:3; At 18:27; Ef 2:8 ; Rm3:24 ; 4:16; Tt 3:7 ; Jo 1:16 ; 2 Co 8:9 ; 2 Ts 2:16 ;Ef 2:8 ; e Tt 2:11).

d) A misericórdia de Deus.

 

pode se definir a misericórdia divina como a bondade ou amor de Deus e mostrado para com os que se acham na miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos. (DT 5:10 ; Sl 57:10; 86:5; 1 Cr 16:34; 2 Cr 7:6 ; Sl 136 ; Ed 3:11; 1 Tm 1:2 ;2 Tm 1;1 ; Tt 1;4 ; x 20:2 ; Dt 7:9 ; Sl 86:5 ; Lc1:50 ; Sl 145;9 ; Ez 18:23,32; 33:11; Lc 6:35,36).

 

2- A Santidade de Deus.

 

Sua idéia fundamental é a de uma posição ou relação existente entre Deus e uma pessoa ou coisa.(EX 15:11 ; 1 Sm 2:2 ; Is 57:15 ; Os 11:9 ; JÛ 34:10 ; At 3:14 ; Jo 17:11 ; 1Pe 1:16 ; Ap 4:8 ; 6:10).

3 - A Justiça de Deus.

 

A idéia fundamental de Justiça é a de estrito apego à lei. Geralmente se faz distinção entre a justiça absoluta de Deus e a relativa. Aquela È a retidão da natureza divina, em virtude da qual Deus È infinitamente reto em Si mesmo, enquanto que esta é a perfeição de Deus pela qual Ele se mantém contra toda violação da Sua Santidade e mostra, em tudo e por tudo, que Ele é o Santo. (Ed 9:15; Sl 119:137 ; 145:137; 145:17; Jr 12:1 ; Dn 9:14; Jô 17:25 ; 2 Tm 4:8 ; 1 Jo 2:29 ; 3:7 ; Ap 16:5 ; Dt4:8 ; Is 3:10,11; Rm 2:6; 1 Pe 1:17 ; Dt 7:9,12,13 ;2 Cr 6:15 ; Sl 58:11 ; Mq 7:20 ; Mt 25;21,34 ; Rm 2:7 ; Hb 11:26 ; Lc 17:10 ; 1 Co 4:7; Rm 1:32 ; 2:9; 12:19 ; 2 Ts 1:8 ; Lc 17:10,1 ; 1 Co 4:7 ; Jó 41:11).

 

5. Atributos de Soberania.

 

A soberania de Deus recebe forte ênfase na Escritura. Ele é apresentado como o Criador, e Sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contêm lhe pertencem.Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. (As provas bíblicas da soberania de De

 

 

são abundantes mas aqui nos limitaremos a referirmos a algumas das passagens mais significativas Cr 20:6 ; Ne 9:6 ; Sl 22:28 ; 47: 2,3,7,8 ; Sl 50:10-12 ; 95:3-5 ; 115 :3 ; 135 : 5,6 ; 145:11 -13 ; Jr 27:5 ; Lc 1:53 ; At 17:24-26; Ap 19:6).

 

 

III. A Trindade Santa.

 

A palavra Trindade não é tão expressiva como a palavra holandesa Drieenheid, pois pode simplesmente denotar o estado tríplice (ser três), sem qualquer implicação quanto à unidade dos três. Geralmente se entende, porém, que, como, termo técnico na teologia, inclua essa idéia. Mesmo porque, quando falamos da Trindade de Deus, nos referimos a uma trindade em unidade,e a uma unidade que È trina.

 

1) As três pessoas consideradas separadamente a) O Pai, ou a Primeira Pessoa da Trindade.

 

o Nome Pai em sua aplicação a Deus. ( 1 Co 8:6 ; Ef 3:15; Hb 12:9 ; Tg 1:17 ; Dt32:6 ; Is 63:16 ; 64:8 ; Jr 3:4 ; Ml 1:6 ; 2:10; Mt 5:45 ; 6:6-15;Rm 8:16 ; 1 Jo 3:1 ; Jo 1:14,18; 5:17-26; 8:54 ; 14:12,13).

A primeira pessoa é o Pai da Segunda num sentido metafísico. Esta é a paternidade originária de Deus, da qual toda paternidade terrena é apenas um pálido reflexo.

 

b) O Filho, ou a Segunda Pessoa da Trindade.

 

o Nome Filho em sua aplicação à Segunda pessoa. Á Segunda pessoa da trindade é chamado Filho ou Filho de Deus em mais de um sentido do termo. (Jó 1:14,18 ; 3; 16,18 ; Gl 4:4 ; 2 Sm 7:14 ; ; Sm 2:7 ; Lc 3:38; Jo 1:12 ; Jo 5:18 - 25 ; Hb 1. ; Mt 6:9 ;7:21; Jo 20:17 ; Mt 11:27 ; MT 26:63 ; Jo 10:36 ; Mt 8:29 ;26:63 ; 27:40 ; Jo 1:49 ; 11:27 ; 2 Co 11:31 ; Ef 1:3 ; Jo 17:3 ;1 Co 8:6 ; Ef 4: 5,6 ; Lc 1:32,35 ; Jo 1:13; Cl 1:15 ; Hb 1:6 ; Jô 1:1-14 ; 1 Jo 1;1-3 ; 2 Co 4:4 ; Hb 1:3 ; Jo 1:14,18 ; 3:16,18;1 Jo 4:9 ; Mq 5:2 ; Jo 1: 14,18 ; 3:16 ; 5:17,18,30,36; At 13:33; Jo 17:5 ; Cl 1:16 ; Hb 1:3 ; At 13:33 ; Hb 1:5 ; 2 Sm 7:14 ; Jô 5:26 ; Jo 1: 3,10 ; Hb 1: 2,3 ; Jo 1:9 ; Sl 40 :7,8 ; Ef 1:3 - 14.

 

c) O Espírito Santo, ou a Terceira Pessoa da Trindade.

 

O nome aplicado à terceira pessoa da trindade. (Jo : 4:24 ; Gn 2:7 ;6:17 ; Ez 37:5,6 ; Gn 8:1 ; 1 Rs 19:11 ; Jo 3:8 ; Sl 51:11 ; Is 63:10,11 ; Sl 71:22 ; 89:18 ; Is 10:20 ; 41:14 ; 43:3 ; 48:17 ;Jo 14:26 ; 16: 7 - 11; Rm 8:26 ; Jo 16:14 ; Ef 1:14 ; Jo 15:26 ;16:7 ; 1 Jo 1:1 ; Jo 14; 16-18 ; Rm 8:16 ; At 16:7 ; 1 Co 12:11; Is 63:10 ; Ef 4:30 ; Gn 1: 2 ; 6:3 ; Lc 12:12 ; Jo 15:26 ; 16:8; At 8:29 ; 13:2 ; Rm 8;11 ; 1 Co 2 : 10,11 ; Lc 1:35 ; 4:14 ; At 10:38 ; Rm 15:13 ; 1 Co 2:4.

 

A relação do Espírito Santo com as outras pessoas da trindade, são controvérsias trinitárias que levaram a conclusão de que o Espírito Santo, como o Filho, é da mesma essência do Pai e, portanto, é consubstancial com Ele. E a longa discussão acerca da questão, se o Espírito Santo procedeu somente do Pai ou também do Filho, foi firmada finalmente pelo SÍNODO de Toledo em 589, pelo acréscimo da palavra Filioque (e do Filho) à versão latina do Credo de Constantinopla : Credimus in Spiritum Sanctum que a PatreFilio que procedidit. (Cremos no Espírito Santo)), que procede do Pai e do Filho.

 

 

2º INTRODUÇÃO A HISTÓRIA ECLESIÁSTICA

 (História da Igreja)

NOMES BÍBLICOS DA IGREJA

 

1. No velho testamento.

 

O velho testamento emprega duas palavras para designar a igreja, a saber, qahal (ou kahal), derivada de uma raiz, qal (oukal) obsoleta, significando “chamar”, edhah, de ya’dah, indicar ou encontrar-se ou reunir-se num lugar indicado. Conseqüentemente, vemos ocasionalmente a expressão qehal edhah, isto é, à assembléia da congregação, (E x.: 12:6; Nm 14:5; Jr 26:17). Vê-se que, às vezes, a reunião realizada era uma reunião de representantes do povo (Dt 4:10;18:6 comp. 5:22,23; 1 Rs 8:1,2,3,5 ; 2 Cr 5, 2-6). Synagoge é a versão usual, quase universal, de edhah na Setuaginta, e é também a versão usual de, qahal no Pentateuco.Nos últimos livros da BÍBLIA (Velho testamento), porém, qahal È geralmente traduzida por ekklesia. Schuerer afirma que o judaísmo mais recente já indicava a distinção entre synagoge como designativo da congregação de Israel como uma realidade empírica, e ekklesia como o nome da mesma congregação considerada idealmente.

 

 

2. No novo testamento.

 

O novo testamento também tem duas palavras, derivadas da Setuaginta,quais sejam, ekklesia, de ek e Kaleo, chamar para fora, convocar, e synagoge, de syn e ago, significando reunir-se ou reunir. Synagoge é pregada exclusivamente para denotar, quer as reuniões religiosas dos judeus, quer os edifícios em que eles se reuniam par o culto público, (Mt 4:23 ; At 13:43;Ap 2:9 ; 3:9). O termo Ekklesia, porém, geralmente designa a igreja neotestamentária, embora nuns poucos lugares denote assembléias civis comuns,(At 19:32,39,4l).No novo testamento, Jesus foi o primeiro a fazer uso da palavra, e Ele a aplicou ao grupo dos que se reuniram em torno dele, (Mt 16:18),reconheceram-no publicamente como seu Senhor e aceitaram os princípios do reino de Deus. Mais tarde,como resultado da expansão da igreja, a palavra adquiriu várias significações. Igrejas foram estabelecidas em toda parte; e eram também chamadas Ekklesiai, desde que

 

 

eram manifestações da Igreja Universal de Cristo. A) Com muita freqüência a palavra ekklesia designa um circulo de crentes de alguma localidade definida, uma igreja local, independentemente da questão se esses crentes estão reunidos para o culto ou não. Algumas passagens apresentam a idéia de que se acham reunidos, (At 5:11 ;11:26 ; 1 Co 11:18 ; 14:19,28,35); enquanto que outras não (Rm 16:4 ; 1Co 16:1 ; Gl 1:2 ; 1 Ts 2:14, etc.B) Nalguns casos, a palavra denota o que se pode denominar ekklesia doméstica, igreja na casa de alguma pessoa. Ao que parece nos tempos apostólicos, pessoas importantes por sua riqueza ou por outras razões separavam em seus lares um amplo cômodo para o serviço divino. Acham-se exemplos deste uso da palavra em (Rm 6:23; 1Co 16:19; Cl 4:15 ; Fm 2).Finalmente, em seu sentido mais compreensivo, a palavra se refere a todo o corpo de fiéis, quer no céu, quer na terra, que se uniram ou se unirão a Cristo como seu Salvador.Este uso da palavra acha-se principalmente nas cartas de Paulo aos Ef e aos Cl, mais freqüentemente na primeira destas (Ef 1:22;3:10,21 ; 5:23-25,27,32 ; Cl 1:18,24).

 

 

A DOUTRINA DA IGREJA NA HISTÓRIA. 1

 

A Doutrina da Igreja Antes da Reforma.

 

(a) No período patrístico - Pelos chamados pais apostólicos e pelos apologetas a igreja é geralmente apresentada como a Communio Sanctorum, o povo de Deus que Ele escolheu por possessão. Não se viu logo a necessidade de fazer distinções. Mas já na Segunda parte do século segundo houve uma mudança perceptível. O surgimento de heresias tornou imperativa a enumeração de algumas características pelas quais se conhecesse a verdadeira igreja católica. Isso teve a tendência de fixar a atenção na manifestação externa da igreja. Começou- se a conceber a igreja como uma instituição externa governada por um bispo como sucessor direto dos apóstolos e possuidor da tradição verdadeira. A catolicidade da igreja recebeu forte Ênfase. As Igrejas locais não eram consideradas como unidades separadas, mas simplesmente como partes componentes da igreja universal una e única. O mundanismo e a corrupção crescentes nas Igrejas foram levando aos poucos a uma reação e deram surgimento à tendência em várias seitas, como o Montanismo em meados do segundo século, o novacianismo nos meados do terceiro e o donatismo no início do quarto, de fazer da santidade dos seus membros a marca da igreja verdadeira. Os pais primitivos da igreja, assim chamados, ao combaterem esses sectários, davam ênfase cada vez maior à instituição episcopal da igreja. Cabe a Cipriano a distinção de ser o primeiro a desenvolver plenamente a doutrina da igreja em sua estrutura episcopal.Ele considerava os bispos como reais sucessores dos apóstolos e lhes atribuía caráter sacerdotal em virtude da sua obra sacrificial. Juntos os bispos formavam um colégio, chamado episcopado, que, como tal, constituía a unidade da igreja. Assim, a unidade da Igreja estava baseada na unidade dos bispos.Os que não se sujeitavam ao bispo perdiam o direito à comunhão da igreja e também à salvação, desde que não há salvação fora da igreja. Agostinho não foi totalmente coerente em sua concepção da igreja. Foi sua luta com os donatistas que o compeliu a refletir mais profundamente sobre a natureza da igreja. De um lado, ele se mostra o predestinacionista que concebe a igreja como a companhia dos eleitos, a communio sanctorum, que têm o Espírito de Deus e, portanto, são caracterizados pelo amor verdadeiro. O importante é ser membro vivo da igreja assim concebida, e não apenas pertencer a ela num sentido meramente externo. Mas, de outro lado, ele é o homem de igreja, que adere à idéia da igreja defendida por Cipriano ao menos em seus aspectos gerais. A igreja verdadeira é a igreja católica, na qual a autoridade apostólica tem continuidade mediante a sucessão episcopal. É depositária da graça divina, que ela distribui por meio dos sacramentos. Esta igreja é, de fato, um corpo misto, no qual têm lugar membros bons e maus. Em seu debate com os donatistas, porem,Agostinho admitia que aqueles e estes não estavam na igreja no mesmo sentido. Ele preparou também o caminho para a identificação católica romana da igreja com o reino de Deus.

 

(b)Na Idade Média - Os Escolásticos não tinham muito que dizer acerca da igreja. O sistema de doutrina desenvolvido por Cipriano e Agostinho estava completo, e precisava apenas de uns pequenos re-toques de acabamento para chegar ao seu desenvolvimento final. Hugo de S. Victor fala da igreja e do estado como os dois poderes instituídos por Deus para governarem o povo. Ambos são de constituição monárquica, mas a igreja é o poder superior, porque ministra a salvação dos homens, ao passo que o Estado só providencia o seu bem-estar temporal.O rei ou imperador é o chefe do estado, mas o papa é o chefe da igreja. Há duas classes de pessoas na igreja, com direitos e deveres bem definidos:os clérigos dedicados ao serviço de Deus, que constituem uma unidade; e os leigos, que consistem de pessoas de todas as esferas da vida e que constituem uma classe totalmente separada. Passo a passo a doutrina do papado foi-se desenvolvendo,até que, por fim, o papa se tornou virtualmente um monarca absoluto. O crescimento desta doutrina foi auxiliado, em não pequena medida, pelo desenvolvimento da idéia de que a igreja católica era o reino de Deus na terra, e, portanto, o bispado romano era um reino terreno. Esta identificação da igreja visível e organizada com o reino de Deus teve conseqüência de longo alcance: 1- Exigia que tudo fosse colocado debaixo do poder da igreja: o lar e a escola, as ciências e as artes, o comércio e a indústria, e tudo mais. 2 - Envolvia a idéia de que todas as bênçãos da salvação chegam ao homem unicamente por meio das ordenanças da igreja, em particular,mediante os sacramentos. 3 - Levou á

 

 

 

 

gradual secularização da Igreja, visto que esta começou a dar mais atenção à política do que à salvação dos pecados e, finalmente, os papas reivindicaram domínio sobre os governantes seculares também.

 

3) A Doutrina da Igreja durante e após a Reforma.

 

(a) Durante o período da Reforma.

 

Os reformadores romperam com a concepção católica romana da igreja, mas tiveram diferenças entre si nalgumas particularidades.A idéia de uma igreja infalível e hierárquica,e de um sacerdócio especial que dispensa a salvação por intermédio dos sacramentos, não teve o apoio de Lutero. Ele considerava a igreja como a comunhão espiritual daqueles que crêem em Cristo,e restabeleceram a idéia escriturística do sacerdócio de todos os crentes. Ele defendia a unidade da igreja, mas distinguia dois aspectos dela, um visível e outro invisível. Ele teve o cuidado de assinalar que não existem duas igrejas, mas simplesmente dois aspectos da mesma igreja. A igreja invisível torna-se visível não pelo governo de bispos e cardeais,nem na chefia do papa, mas pela pura administração da Palavra e dos sacramentos. Lutero admitia que a Igreja visível sempre conterá uma mistura de membros fiéis e Ímpios. Contudo, em sua reação contra a idéia católica romana do domínio da Igreja sobre o estado, ele foi ao outro extremo e virtualmente sujeitou a igreja ao estado em tudo, menos na pregação da Palavra. Os anabatistas não ficaram satisfeitos com a posição de Lutero e insistiam numa igreja só de crentes. Em muitos casos, eles zombavam da igreja visível e dos meios de graça.Além disso, exigiam completa separação de igreja e estado. Calvino e os Teólogos reformados estavam de acordo com Lutero quanto á confissão de que a Igreja é essencialmente uma Communio Sanctorum, uma comunhão de santos. Todavia, eles não procuravam,como os luteranos, a unidade e a santidade da Igreja primariamente nas ordenanças objetivas da igreja, tais como os ofícios, a Palavra e os sacramentos,mas sobretudo na comunhão subjetiva dos crentes. Ademais, encontravam as verdadeiras marcas da igreja, não somente na correta administração da Palavra e dos Sacramentos, mas também na fiel administração da disciplina na igreja. Mas, até mesmo Calvino e os Teólogos reformados do século dezessete fomentaram, em certa medida, a idéia da sujeição da igreja do estado. Contudo estabeleceram uma forma de governo da igreja que propiciava maior grau de independência e poder eclesiásticos que o que se conhecia na Igreja Luterana. Mas, enquanto que tanto os teólogos luteranos como os reformados(calvinistas) procuravam manter a relação apropriada entre a igreja visível e a invisível, outros perderam isto de vista. Os socinianos e os arminianos do século dezessete, embora na verdade falassem de uma igreja invisível, esqueceram tudo que diz respeito à vida real. Os primeiros concebiam a religião Cristã simplesmente como uma doutrina aceitável e os últimos faziam da igreja primariamente uma sociedade visível e seguiam a igreja luterana no sentido de entregarem ao estado o direito de ministrar a disciplina, e de reterem para a igreja somente o direito de pregar o Evangelho e admoestar os membros da igreja. Por outro lado, os abadistas e os pietistas manifestaram a tendência de desconsiderar a igreja visível, procurando uma igreja só de crentes, mostrando-se indiferentes para com a igreja institucional com sua mescla de bons e maus e buscando santificação nos conventículos.

 

 

(b) Durante e Após o SÉCULO Dezoito.

 

Durante o século dezoito o racionalismo também fez sentir sua influência sobre a doutrina da igreja. Era indiferente em matéria de fé e não tinha entusiasmo pela igreja,que ele colocou a par com outras sociedades humanas. até negava que Cristo tivesse a intenção de fundar uma igreja no sentido geralmente aceito da palavra. Houve uma reação pietista ao racionalismo no metodismo, mas o metodismo em nada contribuiu para o desenvolvimento da doutrinada igreja. Nalguns casos, ele procurou força na repreensão lançada às igrejas existentes, e noutros,adaptou-se à vida destas igrejas. Para Schleiermacher, a igreja era essencialmente a comunidade cristã, o corpo dos crentes animados pelo mesmo espírito. Ele via pouco utilidade na distinção entre a igreja visível e a invisível,e via a essência da igreja no espírito de companheirismo cristão.Quanto mais o Espírito de Deus penetrar a totalidade dos crentes cristãos, menos divisões haverá, e mais perderão elas a sua importância. Ritschl substituiu a distinção entre a igreja invisível e a visível pela distinção entre o reino e a igreja. Ele considerava o reino como a comunidade do povo de Deus que age motivado pelo amor, e a igreja como aquela mesma comunidade reunida para o culto. O nome igreja restringe-se, pois, a uma organização externa com a função única de cultuar e esta função apenas capacita os crentes a familiarizarem-se melhor uns com os outros. Isto certamente está longe do ensino do Novo testamento. Leva diretamente à concepção liberal moderna da igreja como um mero centro social, uma instituição humana, e não uma lavoura de Deus.

 

 

O GOVERNO DA IGREJA.

 

Os Oficiais da Igreja

Podem distinguir diferentes classes de oficiais na igreja. Uma distinção muito geral é a de oficiais ordinários e extraordinários.

1. Oficiais Extraordinários (a ) Apóstolos :

 

Estritamente falando, este nome só é aplicável aos doze escolhidos por Jesus e a Paulo ; mas também se aplica a certos homens apostólicos que assessoraram a Paulo em seu trabalho e que foram dotados de dons e graças apostólicas, (At 14:4,14 ; e Co 9:5 ; 6; 2 Co 8:23 ; Gl 1:19). Os apóstolos tinham a incumbência especial de lançar os alicerces da igreja de todos os séculos. Somente através da sua palavra È que os crentes de todas as eras subseqüentes tem comunhão com Jesus Cristo. Daí, eles são os apóstolos da Igreja dos dias atuais, como também o foram da Igreja Primitiva.

 

 

Eles tinham certas qualificações especiais.

 

(a) Foram comissionados diretamente por Deus ou por Jesus Cristo (Mc 3:14 ; Lc 6:13 ; Gl 1:1 ;

(b)eram testemunhas da vida de Cristo e, principalmente, de Sua ressurreição, (Jo 15:27 ; At 1:21,22 ; 1 Co 9:1);

 

(c) estavam cônscios de serem inspirados pelo Espírito de Deus em todo o seu ensino, oral e escrito,(At 15:28 ; 1Co 2:13 ; 1 Ts 4:8 ; 1 Jo 5: 9-12 ;

(d)tinham o poder de realizar milagres e o usaram em diversas ocasiões para ratificar a sua mensagem, (2 Co 12:12 ; Hb 2:4),e

(e)foram ricamente abençoados em sua obra, como sinal de que Deus provavam os seus labores (1 Co 9; 1,2 ; 2 Co 3:2,3 ; Gl2:8).

b) Profetas :

 

ONovo Testamento fala também de profetas (At 11:28 ; 13:1,2 ; 15:32; 1Co 12:10;13:2 ; 14:3 ; Ef 2:20 ; 3:5 ; 4:11; 1

 

Tm 1:18 ; 4:14; Ap 11:6).

 

C) Evangelistas :

 

Em acréscimo a apóstolos e profetas, são mencionados evangelistas da BÍBLIA (At 21:8 ; Ef 4:11 ; 2 Tm 4:5). Felipe, Marcos,Timóteo e Tito pertenciam a esta classe. Seu trabalho era pregar e batizar, mas incluía também a ordenação de presbíteros (Tt 1:5 ; 1 Tm 5:22),e o exercício da disciplina ( Tt 3:10).

 

 

2. Oficiais Ordinários.

 

a) Presbíteros

Dentre os oficiais comuns da igreja, os presbyteroi (presbíteros) ou episkopoi (bispos) são os primeiros na ordem de importância. Os primeiros nomes significam simplesmente anciãos, ou mais velhos e o último, supervisores ou superintendentes. O termo presbyteroi é empregado na Escritura para denotar homens idosos, e para designar uma classe de oficiais um tanto parecido com a que exercia certas funções na sinagoga. Como designativo de oficio, aos poucos o nome foi eclipsado e até sobrepujado pelo nome episkopoi. Os dois termos são freqüentemente empregados um pelo outro (At 20:17,28 ; 1 Tm 3:1 ; 4:14 ; 5:17,19 ; Tt 1:5,7 ; 1Pe 5:1,2. Os presbyteroi são mencionados pela 1 vez em At 11:30. Freqüente menção é feita a eles no livro de (Atos 14:23 ; 15:6,22; 16:4 ; 20:17,28;21:18 ; Tg 5:14 ; Hb 13:7,17, Rm 12:8 ; 1 Ts 5:12 ;1 Co 12:28; Hb 13:7,17,24 ; Ef 4:11).

 

 

b) Mestres.

 

O ensino, a docência ligou-se mais e mais estreitamente ao oficio episcopal; mas, mesmo então, os mestres não constituíram uma classe separada de oficiais. A declaração de Paulo em Ef 4:11, de que o Cristo assunto também dera à igreja pastores e mestres; mencionados como uma única classe, (1 Tm 5:17 ; Hb 13:7 ; 2 Tm 2:2 ; Tt 1:9 ; Ap2:1,8,12,18 ; 3: 1,7,14).c - Diáconos - alem dos presbyteroi, são mencionados os diakonoi no novo testamento,(Fp 1:1 ; 1 Tm 3:8,10,12 ; At 6:1-6 ;At 11:30 ; At 11:29 ; Rm 12:7 ; 2 Co 8:4 ;9:1,12,13; Ap 2:19 ; 1 Tm 3:8 - 10,12).

 

 

O PODER DA IGREJA.

 

 

1. A Fonte do Poder da Igreja.

 

Jesus Cristo não somente fundou a Igreja, mas também a revestiu do necessário poder ou autoridade. Ele mesmo falou da igreja como fundada tão solidamente sobre uma rocha que as portas do inferno não prevaleceria contra ela, (Mt 16:18), e na mesma ocasião exatamente a primeira em que ele fez menção da igreja... também prometeu dotá-la de poder,quando disse a Pedro : Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus (Mt 16:19).A igreja de todos os séculos é ligada pela palavra deles, (Jo 17:20 ;1 Jo 1:3). Que Cristo deu poder á Igreja em geral,È muito bem evidenciado por várias passagens do Novo Testamento, quais sejam : (At 15:23-29;16:4 ; 1 Co 5:7,13; 6:2-4 ; 12:28 ; Ef 4:11-16).2. A Natureza deste Poder - 1 - Poder Espiritual - … um poder espiritual porque é dado pelo Espírito de Deus (At 20:28), só pode ser exercido em nome de Cristo e pelo poder do Espírito Santo (Jo 20:22,23 ;1 Co 5:4) pertence exclusivamente aos crentes (1Co 5;12), È e só pode ser exercido de maneira moral e espiritual ( 2 Co 10:4).

 

 

2 - Poder Ministerial.

 

È copiosamente evidente na Escritura que o poder da Igreja não é um poder independente e soberano (Mt 20:25,26 ; 23:8,10; 2 Co 10: 4,5; 1 Pe 5;3),mas, sim, uma diakonia leitourgia, um poder ministerial (de serviço), (At 4:29,30;

 

 

20:24 ; Rm 1:1),derivado de Cristo e subordinado à sua autoridade soberana sobre a igreja (Mt 28:18). Deve ser exercido em harmonia com a Palavra de Deus e sob a direção do Espírito Santo, por meio de ambos Santos os quais Cristo governa a sua Igreja, e em nome do próprio Cristo como o Rei da Igreja (Rm 10:14,15 ; Ef 5:23 ; 1 Co 5:4). Todavia, È um poder muito real e brangente, que consiste na administração da Palavra e dos sacramentos, (Mt 28:19), na determinação do que é e do que não é permitido no reino de Deus, (Mt 16:19), no perdão e na retenção do pecado ( Jo 20:23), e no exercício da disciplina na igreja ( Mt 16:18; 18:17 ; 1 Co 5:4 ; Tt 3;10 ; Hb 12:15-17).

 

 

3. Diferentes espécies do Poder Eclesiático.

 

Em conexão com os três ofícios de Cristo, há também um poder tríplice na igreja, a saber, o poder dogmático ou docente ( potestas dogmática ou docendi), o poder de governo ou de ordem ( Potestas gubernans ou ordinans), do qual o poder de julgamento ou de disciplina ( potestas iudicans ou disciplinae), È uma subdivisão, e o poder ou ministério da misericórdia( potestas ou ministerium misericordiae).

 

a) Potestas Ordinans.: Deus não é de confusão; e,sim, de paz.(1 Co 14:33).

 

b) Potestas iudicans.:

A Potestas Iudicans È o poder exercido para proteger a santidade da igreja, admitindo os aprovados após exame, e excluindo os que se desviam da verdade ou levam vidas desonradas. Este poder é exercido especialmente em questões de disciplina.

 

OS SACRAMENTOS EM GERAL.

1. Origem e Sentido da Palavra Sacramento.

 

A Palavra Sacramento não se encontra na Escritura.… derivada do termo latino sacramentum, que originariamente denotava uma soma de dinheiro depositada por duas partes em litígio. Após a decisão da corte, o dinheiro da parte vencedora era devolvido,enquanto que a perdedora era confiscada. Ao que parece, isto era chamado sacramentum porque objetivava ser uma espécie de oferenda propiciatória aos deuses.

 

A transição para o uso cristão do termo deve ser procurada :

 

a) no uso militar do termo, em que e notava o juramento pelo qual um soldado prometia solenemente obediência ao seu comandante, visto que no batismo o cristão promete obediência ao seu Senhor, e

b)no sentido especificamente religioso o termo adquiriu quando a Vulgata o empregou para traduzir o grego mysterion. É possível que este vocábulo, grego fosse aplicado aos sacramentos por terem eles uma tênue semelhança com alguns dos mistérios das religiões gregas. Na Igreja Primitiva a palavra sacramento era empregada primeiramente para denotar todas as espécies de doutrinas e ordenanças. Por esta mesma razão, alguns se opuseram ao nome e preferiam falar em sinais, selos ou mistério.Mesmo durante e imediatamente apos a Reforma muitos não gostavam do nome sacramento.Melanchton empregava signi, e tanto Lutero como Calvino achavam necessário chamar a atenção para o fato de que a palavra sacramento não é empregada em seu sentido original na teologia. Mas o fato de que a palavra não se encontra na Escritura e de que não é utilizada em seu sentido original quando aplicada às ordenanças instituídas por Jesus,não tem por que dissuadir-nos, pois muitas vezes o uso determina o sentido de uma palavra.Pode-se dar a seguinte

 

definição de sacramento,Sacramento é uma santa ordenança instituída por Cristo, na qual, mediante sinais perceptíveis, a graça de Deus em Cristo e os benefícios da aliança da graça são representados, selados e aplicados aos crentes, e estes por sua vez, expressam sua fé e sua fidelidade a Deus.

 

 

2. Partes Componentes do Sacramento.

 

(a) O Sinal Externo ou Visível.

 

O objeto externo do sacramento inclui, não somente os elementos que se usam, a saber, água, pão e vinho, mas também o rito sagrado,aquilo que se faz com estes elementos. Segundo este ponto de vista externo, a BÍBLIA denomina os sacramentos sinais e selos (Gn 9:12,13;17:11; Rm 4:11).

(b) A Graça Espiritual Interna,Significada e Selada.

 

Esta é variadamente indicada na Escritura como aliança da graça (Gn:9:12,13; 17:11), justiça da fé (Rm 4:11), perdão dos pecados (Mc 1:4),Mt 26:28), fé e conversão (Mc 1:4;16:16), comunhão com Cristo em Sua morte e ressurreição (Rm 6:3), e assim por diante.

 

Os católicos romanos a vêem na graça santificante acrescentada à natureza humana. Capacitando o homem a praticar boas obras e a subir às alturas da Visio Dei (Visão de Deus). Os sacramentos não significam meramente uma verdade geral, mas uma promessa dada a nós e por nós aceita, e servem para fortalecer a nossa fé com respeito, á realização dessa promessa, (Gn 17:1-14 ; x 12:13 ; Rm 4:11-13). Eles representam visivelmente e aprofundam a nossa consciência das bênçãos espirituais da aliança, da purificação dos nossos pecados e da nossa participação na vida que há em Cristo (Mt 3:11; Mc 1:4,5; 1Co 10:2,3,16,17; Rm 2:28,29;6:3,4; Gl 3:27. Como sinais e selos, eles são meios de graça, isto é, meios

 

 

 

 

 

pelos quais se fortalece a graça interna produzido no coração pelo Espírito Santo.c) União Sacramental Entre o Sinal e Aquilo que é Significado - Geralmente se lhe chama formas sacramenti, forma dos sacramentos (forma significando aqui essência). Conforme este conceito, o sinal externo torna-se um meio empregado pelo Espírito Santo na comunicação da graça divina. A estreita relação existente entre o sinal e a coisa significada explica o emprego daquilo que geralmente se chama linguagem sacramental, na qual o sinal é mencionado em lugar da coisa significada, ou vice-versa, (Gn 17:10; At 22:16 ; 1 Co 5:7).3. Necessidades dos Sacramentos - Os Católicos Romanos afirmam que o batismo é absolutamente necessário para todos, para a salvação, e que o sacramento da penitência é igualmente necessário para aqueles que cometeram pecado mortal depois do batismo; mas que a confirmação, a eucaristia e a extrema unção são necessárias somente no sentido de que foram ordenadas e são eminentemente úteis. Por outro lado, os protestantes ensinam que os sacramentos não são absolutamente necessários para a salvação, mas são obrigatórios em vista do preceito divino. A negligencia voluntária do seu uso redunda no empobrecimento espiritual e tem tendência destrutiva, precisamente como acontece em toda desobediência persistente a Deus.

 

 

Que não são absolutamente necessários para a salvação, segue-se :

 

(a)  do caráter espiritual e livre da dispensação do Evangelho, na qual Deus não prende a Sua graça ao uso de certas formas externas (Jo 4:21,23 ; Lc 18:14; 9 ),

(b)do fato de que a Escritura menciona unicamente a fé como condição instrumental da salvação ( Jo 5:24 ; 6:29 ; 3:36; At 16:31),

(c) do fato de que os sacramentos não originam a fé, mas a pressupõem, e são ministrados onde se supõe a existência da fé (At 2:41;16:14,15,30,33 ; 1Co 11:23-32 ; e

(d)do fato de que muitos foram realmente salvos sem o uso dos sacramentos.

 

Pensemos nos crentes anteriores ao tempo de Abraão e no ladrão penitente na cruz. Os sacramentos do Velho e do Novo testamento são a circuncisão e a páscoa são atribuídas à igreja do Novo Testamento, ( 1 Co 5:7 ; Cl 2:11 ), e o batismo e a Ceia do Senhor à igreja do Velho Testamento,(1 Co 10:1-4).No Novo testamento Ele procura base bíblica para a confirmação em (At 8;17 ;14:22; 19:6; Hb 6:2); para a penitencia em (Tg 5:16) ; para a ordenação em (1 Tm 4:14, 2Tm 1:6 )para o matrimonio em (Ef 5:32) ; e para extrema unção em ( Mc 6:13; Tg 5:14).

 

 

O BATISMO CRISTÃO. 1.

 

a) No mundo Gentílico

O batismo não era uma coisa inteiramente nova nos dias de Jesus. Os egípcios,os persas e os hindus tinham todos as suas purificações religiosas. Estas eram mais proeminentes ainda nas religiões gregas e romanas. Às vezes elas tomavam a forma de banhos no mar, e as, vezes eram efetuadas por aspersão. O batismo de João, como o batismo cristão - * foi instituído pelo próprio Deus (Mt 21:25; Jo 1:33 ; * Estava relacionado com uma radical mudança de vida ( Lc 1:1-7 ; Jo 1:20-30); * estava numa relação sacramental com o perdão dos pecados ( Mt 3: 7,8 ; Mc 1:4 ;Lc 3:3) (Comp. At 2:28) e * empregava o mesmo elemento material, qual seja, água.

 

Ao mesmo tempo havia diversos pontos de diferença :

 

(1) O batismo de João ainda pertencia à antiga dispensação e, como tal, apontava para Cristo, no futuro ;

(2) em harmonia com a dispensação da lei em geral, acentuava a necessidade de arrependimento, embora sem excluir inteiramente a fé ;

(3)  foi planejado somente para os judeus e, puritanos,representava mais o particularismo do Velho Testamento que o universalismo do Novo ; e

visto que o Espírito Santo ainda não fora derramado a plenitude do Pentecostes, o batismo de João ainda

 

não era acompanhado por tão grande porção de dons espirituais como o ulterior batismo cristão.2. Foi instituído com Autoridade Divina - A grande comissão foi colocada nas seguintes palavras: Ide, portanto (isto é, porque todas as nações estão sujeitas a Mim), fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo ; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado (Mt 28:19,20). A forma complementar de (Mc 16:15,16) tem esta redação : ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo ; quem, porém, não crer será condenado.(At 19:3 ; 1 Co 1:13 ; 10:2 ; 12:13 ; At 2:48 ; 8:16; 10:48 ; 19:5), e também (Rm 6:3 e Gl 3:27 ; At2:38).

 

 

A DOUTRINA DO BATISMO NA HISTÓRIA.

 

 

1. Antes da Reforma. Os chamados pais primitivos consideravam como estreitamente ligado ao perdão de pecados e à comunicação da nova vida. Algumas das suas expressões parecem indicar que eles criam na regeneração batismal. A opinião geral era que o batismo nunca devia ser repetido, mas não havia unanimidade quanto à validade do batismo ministrado por hereges. No transcorrer do tempo, porém, veio a ser um princípio estabelecido não rebatizar os que foram

 

 

 

 

 

 

batizados em nome do Deus Triúno. O modo do batismo não estava em discussão. Do segundo século em diante, aos poucos ganhou terreno a idéia de que o batismo age mais ou menos magicamente. até mesmo Agostinho parece Ter considerado o batismo como eficiente ex opere operato, no caso das crianças. Ele considerava absolutamente necessário o batismo e afirmava que as crianças não batizadas estão perdidas. Segundo ele, o batismo elimina a culpa original, mas não remove totalmente a corrupção da natureza. Os escolásticos a princípios partilhavam o conceito de Agostinho, que, no caso do batismo de adultos,pressupõe fé, mas gradualmente outra idéia ganhou predominância, a saber, que o batismo é sempre eficaz ex opere operato. A importância das condições subjetivas foi menosprezada. Assim, a característica concepção católica romana do sacramento,de acordo com a qual o batismo é o sacramento da regeneração e da iniciação na igreja; aos poucos ganhou proeminência.

 

 

2. Desde a Reforma. A Reforma Luterana não se desfez inteiramente da concepção católica romana dos sacramentos. Para Lutero, a água do batismo não é água comum, mas uma água que, mediante a Palavra com seu poder divino inerente, veio a ser uma água da vida, cheia de graça, um lavamento de regeneração por esta eficácia divina da Palavra,o sacramento efetua a regeneração. No caso dos adultos, Lutero colocava o efeito do batismo na dependência da fé presente no participante. Teólogos luteranos mais recentes que retiveram a idéia de uma fé infantil como pré-condição para o batismo,ao passo que outros entendiam que o batismo produz essa fé imediatamente. Os Anabatistas cortaramo nó Gordio de Lutero negando a legitimidade do batismo de crianças. Eles insistiam em batizar todos os candidatos à admissão no seu circulo que tinham recebido o sacramento na infância, e não consideravam isto um rebatismo, mas, sim, o primeiro batismo verdadeiro. Para eles, as crianças não têm lugar nenhum na igreja. Calvino e a Teologia reformada partiam da pressuposição de que o batismo foi instituído para os crentes e não produz,mas fortalece a nova vida. Naturalmente, eles se defrontaram com a questão sobre como as crianças poderiam ser consideradas crentes, e sobre como poderiam ser fortalecidas espiritualmente, visto não poderem exercer fé. Alguns simplesmente assinalavam que as crianças nascidas de pais crentes são filhos da aliança e, como tais, herdeiros das promessas de Deus, incluindo-se também a promessa de regeneração; e que a eficácia espiritual do batismo não se limita à hora da sua ministração,mas continua durante a vida toda.

 

3. 

 

4. O Modo Próprio do Batismo. Os Batistas baseiam sua opinião em (Mc 10:38,39 ; Lc 12:50 ; Rm 6:3,4 ; Cl 2:12). O catecismo de Heidelberg indaga, na pergunta 69: Como é que esta simbolizado e selado em seu favor no santo batismo que você participa do sacrifício de Cristo na Cruz ? E responde: Assim : que Cristo determinou o lavamento externo com água e acrescentou a promessa de que eu sou lavado com o seu sangue que me purifica da corrupção da minha alma, isto é, de todos os meus pecados,tão certamente como a água me lava exteriormente,pela qual a sujeira do corpo comumente é removida. Esta idéia de purificação era a coisa pertinente em todas as abluções do Velho Testamento, e também no batismo de João (Sl 51:7 ; Ez 36:25 ; Jo 3:25,26). Além disso, a Escritura deixa muitíssimo claro que o batismo simboliza a limpeza ou purificação espiritual, (At 2;38 ; 22:16 ;Rm 6:4,5 ; 1 Co 6;11; Tt 3:5 ; Hb 10;22; 1 Pe 3:21; Ap 1:5). … este exatamente o ponto no qual a BÍBLIA coloca toda a ênfase, ao passo que ela nunca descreve o ir ao fundo e subir como algo essencial. O Batismo pode ser igualmente ministrado pôr imersão, derramamento, afusão ou aspersão.

 

 

3º INTRODUÇÃO A CRISTOLOGIA

(Doutrina de Cristo)

 INTRODUÇÃO

 

A Doutrina de Cristo na História.

(a) Relação entre antropologia e Cristologia.

 

Há uma relação muito estreita entre a doutrina do homem e a de Cristo. A primeira trata do homem, criado à imagem de Deus e dotado de verdadeiro conhecimento, justiça e santidade, masque, pela voluntária transgressão da lei de Deus, despojou-se da sua verdadeira humanidade e se transformou em pecador. Salienta à distância Ética que há entre Deus e o homem, distância resultante da queda do homem e que, nem o homem nem os anjos podem cobrir, e,como tal, é virtualmente um grito pelo socorro divino. A Cristologia é em parte a resposta a esse grito. Ela nos põe a par da obra objetiva de Deus em Cristo construindo uma ponte sobre o abismo e eliminando à distância. A doutrina nos mostra Deus vindo ao homem para afastar as barreiras entre Deus e o homem pela satisfação das condições da lei em Cristo,e para restabelecer o homem em sua bendita comunhão. A antropologia já dirige a atenção à provisão da graça de Deus para uma aliança de companheirismo com o homem que prove uma vida de bem aventurada comunhão com Deus ; mas a aliança só é eficiente em Cristo e por meio de Cristo. E, portanto a doutrina de Cristo como Mediador da aliança deve vir necessariamente em seguida. Cristo, tipificado e prenunciado no Velho testamento como o Redentor do homem, veio na plenitude do tempo, para tabernacular entre os homens e levar a efeito uma reconciliação eterna.

 

(b) A Doutrina de Cristo antes da Reforma

 

 

 

 

Até o Concílio de Calcedônia: na literatura cristã primitiva, Cristo sobressai como humano e divino, como Filho do homem, mas também como o Filho de Deus. Seu caráter sem pecado é defendido, e ele é considerado como legitimo objeto de culto.

 

 

(c) Após o Concílio de Calcedônia

 

A Idade Média acrescentou muito pouca coisa à doutrina da pessoa de Cristo. Devido a várias influências, como as da Ênfase à imitação de Cristo, das teorias sobre a expiação e do desenvolvimento da doutrina da missa, a igreja se apegou fortemente à plena humanidade de Cristo. Há divindade de Cristo, diz Mackintosh. passou a ser vista mais como o coeficiente infinito elevando a ação e a paixão humanas a um valor infinito. E,contudo, alguns dos escolásticos expressaram em sua Cristologia um conceito docético de Cristo. Pedro Lombardo não hesitava em dizer que, com relação à sua humanidade, Cristo não era absolutamente nada. Mas este niilismo foi condenado pela igreja.Alguns novos pontos foram salientados por Tomaz de Aquino.Segundo ele a pessoa do Logos tornou-se composta na encarnação, e sua união com a natureza humana impediu esta última de chegar a Ter uma personalidade independente. A natureza humana de Cristo recebeu dupla graça em virtude de sua união com o Logos,

 

 

(1) a gratia unionis (graça da união), que lhe comunicou uma dignidade especial, de modo que até se tornou objeto de culto, e

(2) a gratia habitualis (graça habitual),que a mantinha em sua relação com Deus. O conhecimento humano de Cristo era duplo a saber, um conhecimento infuso e um conhecimento adquirido. Há duas vontades em Cristo, mas a causalidade última pertence à vontade divina, à qual a vontade humana está sempre sujeita.

(d) A doutrina de Cristo depois da Reforma.

 

Até o século dezenove : A reforma não trouxe grandes mudanças à doutrina da pessoa de Cristo. Tanto a Igreja Romana como as igrejas da Reforma subscreveram a doutrina de Cristo nos termos de sua formulação pelo Concílio de Calcedônia. Os teólogos reformados (Calvinistas) viam nessa doutrina luterana uma espécie de eutiquianismo ou de fusão das duas naturezas de Cristo. A teologia reformada também ensina uma comunicação de atributos, mas a concebe de maneira diferente. Ela crê que, depois da encarnação, as propriedades de ambas as naturezas podem ser atribuídas à pessoa única de Cristo. Pode-se dizer que a pessoa de Cristo È onisciente, mas também limitada, em qualquer tempo particular, a um único lugar. Daí, lemos na Segunda Confissão Helvética : Reconhecemos, pois, que há no único e mesmo Jesus, nosso Senhor, duas naturezas ó a natureza divina e a humana, e dizemos que estas são ligadas ou unidas de modo tal,que não são absorvidas, confundidas ou misturadas, mas, antes,são unidas ou conjugadas numa pessoa ( sendo que as propriedades de cada uma delas permanecem a salvo e intactas), de modo que podemos cultuar a um Cristo, nosso Senhor, e não a dois. Portanto, não pensamos, nem ensinamos que a natureza divina em Cristo sofreu, ou que Cristo, de

 

acordo com a sua natureza humana, ainda está no mundo e, assim, em todo lugar.

 

 

(e) No século dezenove. Assim foi introduzido o segundo período cristológico, assim chamado.O novo ponto de vista era antropológico, e o resultado foi antropocêntrico. Isto evidenciou -se destrutivo para a FÉ Cristã.Uma distinção de maior alcance e perniciosa foi feita entre o Jesus histórico, delineado pelos escritores de evangelhos, e o Cristo Teológico, fruto de fértil imaginação dos pensadores teológicos, e cuja imagem reflete-se agora nos credos da igreja. O Cristo sobrenatural abriu alas para um Jesus humano, e a doutrinadas duas naturezas abriu alas para a doutrina de um homem divino. O verbo se fez carne significa que Deus se encarnou na humanidade, de modo que a encarnação expressa realmente a unidade de Deus e o homem. Ao que parece, a encarnação foi meramente o auge de um processo racial. Enquanto a humanidade em geral considera Jesus unicamente como um mestre humano,a fé o reconhece como divino e vê que, por sua vinda ao mundo, a transcendência de Deus torna-se imanência. Encontramos aqui uma identificação panteísta do humano e do divino na Doutrina de Cristo.

 

 

II. Nomes de Cristo.

 

a)  O Nome JESUS -· Nome Jesus é a forma grega do hebraico Jehoshua,Joshua, ( Js 1:1, Zc 3:1, ou Jeshua - forma normalmente usada nos livros históricos pós-exílicos), ( Ed 2:2). A derivação deste nome tão comum do Salvador se oculta na obscuridade. Quanto a uma outra derivação, de Jeho ( Jehovah) e Shua, socorro (Gotthilf) cf.Kuyper, Dict. Dogm. O nome foi dado a dois bem conhecidos tipos de Jesus do Velho testamento.

 

b) O nome Cristo· Se Jesus é o nome pessoal, Cristo é o nome oficial do Messias.o equivalente de Mashiach do velho testamento, (de Maschach, ungir) e, assim, significa o ungido. Normalmente os reis e os sacerdotes eram ungidos, durante a antiga dispensação, ( x 29:7, Lv 4:3, Jz 9:8, 1 Sm 9:16, 10:1, 2 Sm 19:10. O rei era chamado o ungido de Jeová, ( 1 Sm 24:10).Somente um exemplo de unção de profeta está registrado, (1 Rs 19:16), mas provavelmente há referencias a isto em (Sl 105:15 eIs 61:1).O óleo usado na unção desses oficiais simbolizava o Espírito de Deus ( Is 61:1, Zc 4: 1-6), e a unção representava a transferência do Espírito para a pessoa consagrada, (1 Sm 10:1,6,10 ; 16:13,14 ).

 

 

A unção era sinal visível de

 

(1) designação para um oficio,

 

(2) estabelecimento de uma relação sagrada e o resultante caráter sacrossanto da pessoa ungida, (1 Sm 24:6 ; 26:9; 2Sm 1:14 ) e

(3) comunicação do Espírito ao ungido, ( 1 Sm 16:13) cf: também (2 Co 1:21,22). O velho testamento se refere à unção do Senhor em ( Sl 2:2 ; 45:7), e o novo testamento em ( At 4:27 : 10:38). Cristo foi instalado em seus ofícios, ou designado para estes, desde a eternidade, mas historicamente a sua unção se efetuou quando ele foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1:35), e quando recebeu o Espírito Santo,especialmente por ocasião do seu batismo, (Mt 3:16) ; (Mc 1:10) ; (Lc 3:22; Jo 1:32 ; 3:34). Serviu para qualificá-lo para a sua grande tarefa. Primeiro, o nome Cristo foi aplicado ao Senhor como um substantivo comum, com o artigo, mas gradativamente se desenvolveu e se tornou um nome

 

próprio,sendo então usado sem o artigo. c) O nome Filho do Homem.·

 

No velho testamento este nome se acha em (Sl 8:4, Dn 7:13) e muitas vezes na profecia de Ezequiel. Na obra sobre A Auto revelação de Jesus.

divide as passagens em que ocorre o nome em quatro classes :

 

(1) Passagens que se referem claramente à vinda escatológica do filho do homem, como, por exemplo (Mt 16:27,28; Mc 8:38, 13:26) etc. E paralelas;

(2) passagens que falam particularmente do sofrimento, morte e (às vezes) ressurreição de Jesus, como por exemplo (Mt 17:22 ; 20:18, 19,28 ;12:40, etc. E paralelas.

(3) Passagens do quarto evangelho em que o lado super-humano, celestial, e a pré- existência de Jesus são salientados, como, por ex.: (1:51,3:13,14; 6:27,53,62; 8:28e outras).

(4) Um pequeno grupo de passagens nas quais Jesus considera a sua natureza humana (Mc 2:27,28; Jo 5:27;6:27,51,62). Chamando-se a Si próprio Filho do homem Jesus infundiu a messianidade o seu espírito centralizado nas realidades celestiais. E as alturas a que assim ele elevou a sua pessoa e a sua obra, bem pode ter tido algo que ver com a hesitação

dos seus primeiros seguidores,quanto a chamá-lo pelo). mais celestial de todos os títulos. d) O nome Filho de Deus.·

O nome Filho de Deus foi variadamente aplicado no velho testamento.

 

(1) ao povo de Israel ( x 4:22 ; Jr 31:9, Os 11:1 ),

 

(2) a oficiais de Israel, especialmente ao prometido rei da casa de Davi ( 2 Sm 7: 14, Sl 89:27), 

(3) a anjos ( JÛ 1:6; 2:1;38:7,Sl 29:1,89:6 ); e

 

(4) as pessoas piedosas em geral (Gn 6:2, Sl 73:15, Pv 14:26). No novo testamento vemos Jesus apropriando-se do nome e outros também os atribuindo a Ele. O nome é aplicado a Jesus em quatro sentidos diferentes, nem sempre mantidos em distinção na Escritura, mas às vezes combinados.

 

(1). No sentido oficial ou Messiânico - (Mt 3:17; 17:5, Mc 1:11;9:7, Lc 3:22; 9:35).

 

(2).No sentido Trinitário - às vezes o nome é utilizado para indicara divindade essencial de Cristo (Mt 11:27; 14:28-33; 16:16, e paralelas, 21:33-46, e paralelas, 22:41-46; 26:63, e paralelas.Vemos a filiação ontológica e a filiação messiânica entrelaçadas também em várias passagens joaninas, nas quais Jesus dá a entender claramente que Ele é o Filho de Deus, conquanto n„o useo nome, como (6:69 ; 8:16,18,23; 10:15,30; 14:20,etc.). Nas epistolas, Cristo é designado muitas vezes como o Filho de Deus no sentido metafísico (Rm 1:3; 8:3, Gl 4:4, Hb 1:1), e muitas outras passagens.

 

(3). No sentido Natalício - Cristo é também chamado Filho de Deus em virtude do seu nascimento sobrenatural. O nome é assim aplicado a Ele na bem conhecida passagem do Evangelho segundo Lucas, na qual a). origem). da sua natureza humana é atribuída à direta e sobrenatural paternidade de Deus, a saber (Lc 1:35).Indicações do nome, também em (Mt 1:18-24, Jo 1:13). Naturalmente,este significado do nome também é negado pela teologia modernista, que não crê nem no nascimento virginal, nem na concepção sobrenatural de Cristo.

 

(4). No sentido Ètico-religioso - … neste sentido que o nome Filhos de Deus é aplicado aos crentes no novo testamento. … possível que tenhamos um exemplo da aplicação do nome Filho de Deus a Jesus nesse sentido Ètico-religioso em Mt 17:24-27. A teologia modernista entende que a filiação de Jesus é unicamente uma filiação Ètico-religiosa, uma tanto elevada, é certo, mas não essencialmente diferente da dos seus discípulos.

 

(5). O nome Senhor (Kyrios) - O nome Senhor é aplicado a Deus na Setuaginta,

(a) como equivalente de Jeová,

 

(b) como tradução de Adonai ; e

 

(a) como uma forma polida e respeitosa de tratamento (Mt 8:2 ; 20:33),

 

(b)como expressão de posse e autoridade, sem nada implicar quanto ao caráter e autoridade divinas de Cristo (Mt 21:3; 24:42);

(c)  com a máxima conotação de autoridade, expressando um caráter exaltado e, de fato, praticamente equivalendo ao

 

nome Deus (Mc 12:36,37 ; Lc 2:11;3:4 ; At 2:36 ; 1 Co 12:3; Fp 2:11). Mas há exemplos do seu uso mesmo antes da ressurreição, onde evidentemente já se alcançara o valor especificamente divino do título como em (Mt 7:22 ; Lc 5:8 ; Jo 20:28).

 

III. Os Ofícios de Cristo.

 

A idéia dos Ofícios na História… costume falar de três ofícios com relação à obra de Cristo, a saber, os ofícios proféticos, sacerdotais e reais. Houve quem lhes aplicasse a idéia de sucessão cronológica, entendendo que Cristo agiu como profeta durante o seu Ministério Público na terra,como Sacerdote em seus sofrimentos finais e em sua morte na cruz, e como Rei age agora, que está assentado à mão direita de Deus.· A importância da Distinção Como Cristo foi criado por Deus, ele foi profeta,sacerdote e rei e, nestas qualidades, foi dotado de conhecimento e entendimento, de justiça e santidade, e de domínio sobre a criação inferior.O pecado afetou a vida toda do homem e se manifestou,não somente como ignorância e cegueira, erro e falsidade, mas também como injustiça, culpa e corrupção moral ; e, em acréscimo,como enfermidade, morte e destruição. Daí, foi necessário que Cristo, como o nosso Mediador, fosse profeta, sacerdote e rei. Como Profeta, ele representa Deus para como o homem,como Sacerdote, ele representa o homem na presença de Deus ;e como Rei, ele exerce domínio e restabelece o domínio original do homem. O racionalismo só reconhece o seu oficio profético, o misticismo, somente o seu oficio sacerdotal, e a doutrina do milênio da ênfase unilateral ao seu oficio real futuro.A. Oficio profético: As passagens clássicas de (Ex 7:1 e Dt 18:18), indicam a presença de dois elementos na função profética, um passivo e o outro ativo, um receptivo e, o outro produtivo. O profeta recebe relações divinas em sonhos, visões ou comunicações verbais,e as transmite ao povo, quer oralmente, quer visivelmente, nas ações proféticas, (Nm 12:6-8; Is 6, Jr 1:4-10, Ez 3: 1-4,17).Destes dois elementos, o passivo é o mais importante, porquanto ele governa o elemento ativo. Sem receber, o profeta não pode dar, e ele não pode dar mais do que recebe. Mas o elemento ativo também é parte integrante. O que faz de alguém um profeta é a vocação divina, a ordem para comunicar a outros a revelação divina.

 

Provas BÍBLICAS do ofício Profético de Cristo.

(A). A Escritura atesta de várias maneiras o oficio profético de Cristo.Ele é prenunciado como profeta em (Dt 18:15), passagem aplicada a Cristo em (At 3:22,23). Ele fala de si como profeta em (Lc 13:33). alem disso, alega que traz uma mensagem do Pai, (Jo 8:26-28 ; 12:49,50 ; 14:10,24 ; 15:15; 17:8,20), prediz coisas futuras, (Mt 24:3-35, Lc 19:41-44) e fala com singular autoridade(Mt 7:29). Suas poderosas obras serviam para autenticara sua mensagem. Em vista disso tudo, não admira que o povo o tenha reconhecido como profeta (Mt 21:11,46; Lc 7:16;24:19, Jo 3:2; 4:19; 6:14 ; 7:40 ; 9:17).

(B). O oficio sacerdotal Sacerdote era representante do homem junto a Deus. Tinha o especial privilégio de aproximar-se de Deus, e de falar e agir em favor do povo. … verdade que, na antiga dispensação, os sacerdotes também eram mestres, mas o seu ensino diferia do ensino dos profetas. Ao passo que estes acentuavam os deveres responsabilidades e privilégios morais e espirituais, aqueles salientavam as observâncias rituais envolvidas num adequado acesso a Deus. A passagem clássica na qual são dadas as verdadeiras características do sacerdote e na qual sua obra é em parte designada,é (Hb 5:1).

Estão indicados ali os seguintes elementos :

 

(1) O sacerdote é tomado dentre os homens para ser o seu representante,

(2) È constituído por Deus, cf o versículo 4,

 

(3) age no interesse dos homens nas coisas pertencentes a Deus,isto é, nas coisas religiosas, (5) sua obra especial consiste em oferecer dádivas e sacrifícios pelos pecados. Mas a obra do sacerdote incluía ainda mais que isso. Ele também fazia

intercessão pelo povo (Hb 7:25) e os abençoava em nome de Deus, (Lv 9:22).

Provas BÍBLICAS do oficio Sacerdotal de Cristo.

 

O Velho Testamento prediz e prefigura o sacerdócio do redentor vindouro. H· claras referencias a isto em (Sl 110:4 e Zc 6:13). Alem disso, o sacerdócio do Velho Testamento, e particularmente o sumo sacerdote, claramente prefiguravam um Messias sacerdotal.No Novo Testamento há somente um único livro em que ele é chamado sacerdote, qual seja, a epistola aos Hebreus,mas ali o nome é repetidamente aplicado a Ele (3:1 ; 4:14; 5:5;6:20;7:26; 8:1). Ao mesmo tempo, muitos outros livros do Novo Testamento se referem à obra sacerdotal de Cristo.C. O oficio Real. Na qualidade de Segunda Pessoa da Trindade Santa, o Filho Eterno, Cristo, naturalmente, comparte o domínio de Deus sobre todas as

 

 

 

 

suas criaturas. Seu trono está estabelecido nos céus e o seu reino domina sobre tudo (Sl 103:19).Em geral podemos definir a realeza de Cristo como o Seu poder oficial de governar todas as coisas do céu e da terra, para a glória de Deus e para a execução do seu propósito de salvação. Todavia, podemos distinguir entre um regnum gratiae e um regnum potentiae (entre um reino de graça e um reino de poder).

O Reinado Espiritual de Cristo 1. Natureza deste Reinado -

O reinado espiritual de Cristo é o Seu governo real sobre o regnum gratiae, isto é, sobre o seu povo ou sua igreja. … um reinado espiritual porque se relaciona com uma esfera espiritual. … o governo mediatário estabelecido nos corações e nas vidas dos crentes. Ademais, é espiritual porque leva direta e imediatamente a um fim espiritual porque administrado, não pela força ou por meios externos, mas pela Palavra e pelo Espírito, que é o Espírito de verdade, de sabedoria,de justiça e santidade, de graça e misericórdia. Este reinado revela-se na reunião da igreja e em seu governo, proteção e perfeição. A BÍBLIA fala a seu respeito em muitos lugares, tais como (Sl 2:6 ; 45:6,7; cf. Hb 1:8,9 ; 132:11; Is 9:6,7; Jr 23:5,6, Mq 5:2, Zc 6:13, Lc 1:33; 19:27,38; 22:29 ; Jo 18:36,37; At2:30-36); e outros. A natureza espiritual deste reinado é indicada pelo fato, entre outros, de que Cristo é repetidamente chamado Cabeça da Igreja, (Ef 1:22; 4:15; 5:23; Cl 1:18 ;2:19). Este vocábulo, no sentido em que é aplicado a Cristo, é,nalguns casos, praticamente equivalente, a Rei (Cabeça num sentido figurado, alguém revestido de autoridade), como em (1Co 11:3 ; Ef 1:22 ; 5:23), noutros casos, porém é empregado no sentido literal e orgânico (Ef 4:15; Cl 1:18 ; 2:19) e, em parte, também em (Ef 1:22).

 

IV. O Estado de Cristo

 

(O Estado de Humilhação) Com base na referida passagem de Fp, pode-se dizer que o elemento essencial e central do estado de humilhação acha-se no fato de que Ele, que era o Senhor de toda a terra, o supremo Legislador, colocou-se debaixo da lei para desincumbir-se das suas obrigações federais e penais a favor do seu povo. Ao fazê-lo,Ele tornou legalmente responsável por nossos pecados e sujeitos à maldição da lei. Este estado do Salvador, concisamente expresso nas palavras de (Gl 4:4) nascido sob a lei, reflete-se na condição que lhe é correspondente e que é descrita nos vários estágios da humilhação. Enquanto a Teologia luterana fala em nada menos que oito estágios da humilhação de Cristo,

 

A Teologia Reformada geralmente enumera cinco, a saber.

(1) encarnação,

 

(2) sofrimento,

(3) morte,

 

(4) sepultamento, e

(5) descida ao hades.

 

(1) A encarnação e o nascimento de Cristo a. O sujeito da encarnação : Não foi o trino Deus, mas a Segunda pessoa da trindade que assumiu a natureza humana. Por essa razão ; È melhor dizer que o Verbo se fez Carne, do que dizer que Deus se fez homem. Ao mesmo tempo, devemos lembrar que cada uma das pessoas divinas agiu na encarnação, (Mt 1:20, Lc 1:35, Jo 1:14, At 2:30, Rm 8:3, Gl 4:4, Fp 2:7). Não é possível falar da encarnação de alguém que não teve existência prévia. Esta preexistência é claramente ensinada na Escritura: No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (Jo 1:1). Eu desci do CÉU, (Jo 6:38) Pois conheceis a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de Vós, para que pela sua pobreza vos tornassem ricos. (2 Co 8:9). Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhança de homens (Fp 2: 6,7). Vindo pois,plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho (Gl 4:4). O preexistente Filho de Deus assume a natureza humana e se reveste de carne e sangue humanos, um milagre que ultrapassa o nosso limitado entendimento. Isto mostra claramente que o infinito,pode entrar em relações finitas, e de fato entra, e que, de algum modo, o sobrenatural pode entrar na vida histórica do mundo. A nossa confissão afirma que a natureza de Cristo foi concebida no ventre da bendita Virgem Maria pelo poder do Espírito Santo, sem o concurso do homem. Isto salienta o fato de que o nascimento de Cristo absolutamente não foi um nascimento comum, mas, sim, um nascimento sobrenatural em Virtude do qual Ele foi chamado Filho de Deus. O elemento mais importante,com relação ao nascimento de Jesus, foi a operação sobrenatural do Espírito Santo, pois só por este meio foi possível o nascimento virginal. A BÍBLIA se refere a esta característica em (Mt 1:18-20 ; Lc 1:34,35 ; Hb 10:5).

 

(2) Os Sofrimentos Do Salvador (Is 53: 6,10)

 

(a) Ele sofreu durante toda a sua vida - Seu sofrimento foi um sofrimento consagrado, e cada vez mais atroz conforme o fim se aproximava O sofrimento iniciado na encarnação, chegou finalmente ao clímax no passio magna (grande paixão) no fim da sua vida. Foi quando pesou sobre Ele toda a ira de Deus contra o pecado.

 

 

 

 

(b)Sofreu no corpo e na alma - Não foi a simples dor física, como tal, que constituiu a essência do seu sofrimento,mas essa dor acompanhada de angústia de alma e da consciência meditaria do pecado da humanidade, que pesava sobre ele.alem disso, a BÍBLIA ensina claramente que Cristo sofreu em ambos. Ele agonizou no jardim, onde a sua alma esteve profundamente triste até à morte, e também ele foi esbofeteado, açoitado e crucificado.

 

(c) Seus sofrimentos nas tentações - As tentações de Cristo são parte integrante dos seus sofrimentos. Essas tentações se acham na vereda do sofrimento (Mt 4:1-11,e paralelas ; Lc 22:28 ; Jo 12:27; Hb 4:15 ; 5:7,8). Seu ministério público iniciou-se com um período de tentação, e mesmo após esse período as tentações se repetiam, a intervalos, culminando no trevoso GetsÍmani. Só penetrando em praticamente nas provações dos homens em suas tentações, Jesus poderia ser o Sumo Sacerdote compassivo que foi e atingir as culminâncias da perfeição provada e triunfante (Hb 4:15, 5:7 -9).(3) - A Morte do Salvador -Deus impôs judicialmente a sentença da morte do Mediador, desde que este se incumbiu voluntariamente de cumprir a pena do pecado da raça humana. Estes sofrimentos foram seguidos por sua morte na cruz. Ele esteve sujeito, não somente à morte física mas também à morte eterna, se bem que sofreu esta intensiva,e não extensivamente, quando agonizou no jardim e quando bradou na cruz, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?. Num curto período de tempo, Ele suportou a ira infinita contra o pecado até o fim, e saiu vitorioso. O caráter judicial de sua morte. Era deveras essencial que Cristo não sofresse morte natural, nem acidental, e não morresse pelas mãos de um assassino, mas sob sentença judicial. Alem disso, Deus dispôs providencialmente que o Mediador fosse julgado e sentenciado por um juiz romano. Os romanos tinham talento para a lei e a Justiça,representavam o poder judicial mais alto do mundo. A sentença de Pilatos foi também Sentença de Deus, embora sobre bases inteiramente diferentes. A

 

crucificação não era uma forma judaica de castigo, mas,sim, romana. Era considerada tão infame e ignominiosa, que não podia ser aplicada a cidadãos romanos,mas somente à escória da humanidade, aos escravos e criminosos mais indignos. Ao mesmo tempo, padeceu morte amaldiçoada,e assim provou que se fez maldição por nós (Dt 21:23 ;Gl 3:13).

 

(4) - O Sepultamento do Salvador…

 

evidente que o seu sepultamento também fez parte de sua humilhação.

 

Note-se especialmente o seguinte:

 

(a) Voltar o homem ao pó, do qual fora tomado, È descrito na Escritura como parte da punição do pecado (Gn 3:19) ;

 

(b) Diversas declarações da Escritura implicam que a permanência do Salvador na sepultura foi uma humilhação (Sl 16:10, At 2:27,31; 13:34,35). Foi uma descida ao Hades, em si mesmo sombrio e lugubre, lugar de corrupção, se bem que ele foi guardado da corrupção ;

 

(c) Ser sepultado é ir para baixo e, portanto, uma humilhação. O sepultamento dos cadáveres foi ordenado por Deus para simbolizar a humilhação do pecador.

(5) - A Descida do Salvador ao Hades.

 

Esta doutrina na Confissão Apostólica (Credo).Depois de mencionar os sofrimentos, a morte e o sepultamento do Senhor, a confissão prossegue com estas palavras : Desceu ao inferno (hades). Mais tarde, porém, a forma romana do Credo acrescentou o artigo em questão após sua menção do sepultamento.Base bíblica para a expressão -a - (Ef 4:9),-b-(1 Pe 3: 18,19), -c-(1 Pe 4: 4 - 6), -d- (Sl 16: 8 - 10) - (comp. At 2: 25-7,30,31).

 

4º INTRODUÇÃO A HAMARTIOLOGIA (Doutrina do Pecado) INTRODUÇÃO

I - A origem do pecado

 

O problema do mal que há no mundo sempre foi considerado um dos mais profundos problemas da filosofia e da Teologia.… um problema que se impõe naturalmente à atenção do homem,visto que o poder do mal é forte e universal, é uma doença sempre presente na vida em todas as manifestações desta, e é matéria da experiência diária na vida de todos os homens. Outros, porém estão convictos, de que o mal teve uma origem voluntária isto é, que se originou na livre escolha do homem, quer na existência atual, quer numa existência anterior. Estes acham se bem mais perto da verdade revelada na Palavra de Deus.·

 

Dados bíblicos a respeito da origem do pecado.

 

Na escritura, o mal moral existente no mundo, transparece claramente no pecado isto é, como transgressão da lei de Deus.1 - Não se pode considerar Deus como o seu Autor.O decreto eterno de Deus evidentemente deu a certeza da entrada do pecado no mundo, mas não se pode interpretar isso de modo que faça de Deus a causa do pecado no sentido de ser Ele o seu autor responsável. Esta idéia é claramente excluída pela Escritura. Longe de Deus o praticar ele a perversidade e do Todo- poderoso o cometer injustiça.(Jó 34:10). Ele é o Santo Deus.(Is 6:3), e absolutamente não há retidão nele. (Dt 32:4);(Sl 92:16).Ele não pode ser tentado pelo mal e ele próprio não tenta a ninguém, (Tg 1:13). Quando criou o homem, criou-o bom e à sua imagem. Ele positivamente odeia o pecado, (Dt 25:16, Sl 5:4, 11:5, Zc

 

 

 

 

8:17, Lc 16:15) e em Cristo fez provisão para libertar do pecado do homem.2- O Pecado se originou no Mundo Angélico.A BÍBLIA nos ensina que na tentativa de investigar a origem do pecado devemos retornar à queda do homem, na descrição de Gn 3 e fixar a atenção em algo que sucedeu no mundo angélico.Deus criou um grande número de anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das m„os do seu Criador,(Gn 1:31). Mas ocorreu uma queda no mundo angélico, queda na qual legiões de anjos se apartaram de Deus. A ocasião exata dessa queda não é indicada, mas em (Jo 8:44). Jesus fala do diabo como assassino desde o principio e em (1 Jo 3:8) diz João que o Diabo peca desde o principio.3 - A origem do pecado na raça humana.Com respeito à origem do pecado na história da humanidade a BÍBLIA ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no paraíso e portanto com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. O tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em oposição a Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus. Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo do fruto proibido. Mas a coisa não parou aí,pois com esse primeiro pecado Adão passou a ser escravo do pecado. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que dada a solidariedade da raça humana, teria efeito não somente sobre Adão, mas também sobre todos os seus descendentes. Como resultado da queda, o pai da raça só pode transmitir uma natureza depravada aos pósteros.Dessa fonte não Santa o pecado flui numa corrente impura passando para todas as gerações de homens corrompendo tudo e todos com que entra em contato. É exatamente esse estado de coisas que torna tão pertinente a pergunta de Jó Quem da imundície poderá tirar cousa pura ? Ninguém, (Jó 14:4). Mas ainda isso não é tudo : Adão pecou somente com o pai da raça humana, mas também como chefe representativo de todos os seus descendentes, e, portanto, a culpa do seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são possíveis de punição e morte. … primariamente nesse sentido que o Pecado de Adão é o pecado de todos. … o que Paulo ensina em (Rm 5:12) Portanto,assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens,porque todos pecaram.Deus adjudica a todos os homens a condição de pecadores, culpados em Adão, exatamente como adjudica a todos os crentes a condição de justos em Jesus Cristo.… o que Paulo quer dizer, quando afirma : Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só,muitos se tornarão justos, ( Rm 5:18,19).II –

 

A Natureza do Primeiro pecado ou da Queda do Homem.

1 - Seu caráter Formal : Pode-se dizer que numa perspectiva puramente formal, o primeiro pecado do homem consistiu em comer ele dá arvore do conhecimento do bem e do mal. Quer dizer que não seria pecaminoso, se Deus não tivesse dito : Da arvore do conhecimento do bem e do mal não comerás. A ordem dada por Deus para não se comer do fruto da arvore serviu simplesmente ao propósito de por à prova a obediência do homem. Foi um teste de pura obediência desde que Deus de modo nenhum procurou justificar ou explicar a proibição.

 

2- Seu caráter essencial e material : O primeiro pecado do homem foi um pecado típico, isto é, um pecado no qual a essência real do pedaço se revela claramente. A essência desse pecado está no fato de que Adão se colocou em oposição a Deus, recusou-se a sujeitar a sua vontade à vontade de Deus de modo que Deus determinasse o curso da sua vida, e tentou ativamente tomar a coisa toda das m„os de Deus e determinar ele próprio o futuro. Naturalmente pode distinguir-se diferentes elementos do seu primeiro pecado. No intelecto, revelou-se como incredulidade e orgulho na vontade como o desejo de ser como Deus, e nos sentimentos como uma Ímpia satisfação ao comer do fruto proibido. O primeiro pecado ou a queda como ocasionada pela tentação.A escritura d· a entender claramente que a serpente foi apenas um instrumento de Satanás, e que Satanás foi o real tentador que agiu na serpente e por meio dela, como posteriormente agiu em homens e em porcos (Jo 8:44, Rm 16:20, 2 Co 11:3, Ap 12:9). A serpente foi um instrumento próprio para Satanás pois ele é a personificação do pecado.

 

E a serpente simboliza o pecado

 

(a) em sua natureza astuta e enganosa e

 

(b)em sua picada venenosa com a qual mata o homem.

II - A idéia BÍBLICA do pecado.

 

O pecado é o resultado de uma escolha livre porém má, do homem.Este é o ensino claro da Palavra de Deus, (Gn 3:1 - 6),(Is 48:8), (Rm 1:18-32), (1 Jo 3:4).O homem está do lado certo ou do lado errado (Mt 10: 32,33, 12:30, Lc 11:23, Tg 2;10).A escritura vê o pecado em relação a Deus e sua lei, quer como lei escrita nas tábuas do coração, quer como dada por meio de Moisés, (Rm 1:32, 2:12-14, 4:15, Tg 2:9, 1 Jo 3:4).Embora muitos neguem que o pecado inclui culpa, essa negação não se harmoniza com o fato de que o pecado é ameaçado com castigo e de fato o recebe, e evidentemente contradiz claras afirmações da Escritura, (Mt 6:12, Rm 3:19, 5:18, Ef 2:3).Por corrupção entendemos a corrosiva

 

 

 

 

contaminação inerente, a que todo pecador está sujeito. É uma realidade na vida de todos os indivíduos. É inconcebível sem a culpa, embora a culpa,como incluída numa relação penal seja concebível sem a corrupção imediata. Mas é sempre seguida pela corrupção. Todo aquele que é culpado em Adão, também nasce com uma natureza corrupta, em conseqüência. Ensina-se claramente a doutrina da corrupção do pecado em passagens como, (Jó 14:4, Jr 17:9,Mt 7: 15-20, Rm 8:5-8, Ef 4:17-19). O pecado não reside nalguma faculdade da alma, mas no coração que na psicologia da Escritura é o Órgão central da alma, onde estão as saídas da vida. (Pv 4:23, Jr 17:9, Mt 15:19,20, Lc 6:45, Hb 3:12).A questão sobre se os pensamentos e os sentimentos do homem natural, chamado carne na Escritura, devam ser considerado como constituindo pecado, poder-se- ia responder indicando passagens como as seguintes : (Mt 5:22,28 ; Rm 7:7 ; Gl 5:17,24 e outras. Em conclusão pode-se dizer que se pode definir o pecado como falta de conformidade com a lei moral de Deus, em ato, disposição ou estado. Há inequívocas declarações da Escritura que indicam a pecaminosidade universal do homem como nas seguintes passagens : (1 Rs 8:46, Sl 14 3:2, Pv 20:9, Ec 7:20, Rm 3: 1-12,19,20,23, Gl 3:22, Tg 3:2, 1 Jo1:8,10). Várias passagens da Escritura ensinam que o pecado é herança do homem desde a hora do seu nascimento e, portanto,está presente na natureza humana tão cedo que não há possibilidade de ser considerado como resultado de imitação (Sl 51:5,Jó 14 : 4, Jo 3:6). Em (Ef 2:3) diz o Apóstolo Paulo que os efésios eram por natureza indica uma coisa inata e original em distinção daquilo que é adquirido. Então, o pecado é uma coisa original, daquela, participam todos os homens e que as faz culpados diante de Deus. alem disso de acordo com a Escritura, a morte sobrevém mesmo aos que nunca exerceram uma escolha pessoal e consciente ( Rm 5:12-14). Finalmente a escritura ensina também que todos os homens se acham sob condenação e portanto necessitam da redenção que há em Cristo Jesus, nunca se declarava que as crianças constituem exceção a essa regra,conforme as passagens recém-citadas e também (Jo 3:35, 1 Jo 5:12), não contradizem isto as passagens que atribuem certa justiça ao homem como (Mt 9:12,13, At 10:35, Rm 2:14,.Fp 3:6, 1 Co 1:30), pois esta pode ser a justiça civil, cerimonial ou pactual, a justiça da lei ou a justiça que há em Cristo Jesus.

 

IV - O Pecado na Vida da Raça Humana. A - Pecado Original.

O estado e condição de pecado em que os homens nascem é designado na Teologia pelo nome de peccatum originale, literalmente traduzido por pecado original.

Chama-se Pecado Original

 

(1) porque é derivado da raiz original da raça humana

 

(2) porque está presente na vida de todo e qualquer individuo, desde a hora do seu nascimento e, portanto, não pode ser considerado como resultado de imitação e

(3) porque é a raiz interna de todos os pecados concretizados que corrompem a vida do homem.

B -Os dois elementos do Pecado Original

 

1 - A culpa original: A palavra culpa expressa a relação que há entre o pecado e a justiça, ou, como o colocam os teólogos mais antigos, e a penalidade da lei. Quem é culpado está numa relação penal com a lei. Podemos falar da culpa em dois sentidos, a saber, como reatus culpae (réu convicto) e como reatus poenae (réu passível de condenação).O sentido habitual,porém, em que falamos de culpa na teologia, é o de reatus poenae.Com isto se quer dizer merecimento de punição, ou obrigação de prestar satisfação à justiça de Deus pela violação da lei, feita por determinação pessoal. Isso é evidenciado pelo fato de que, como a BÍBLIA ensina, a morte, como castigo do pecado, passou de Adão a todos os seus descendentes : (Rm 5:12 - 19, Ef 2:3, 1 Co 15:22).

 

C - Depravação Total

 

Em vista do seu caráter impregnaste, a corrupção herdada toma o nome de depravação total; muitas vezes esta frase é mal compreendida, e portanto requer cuidados de discriminação. Esta depravação total é negada pelos pelagianos, pelos socinianos e pelos arminianos do século dezessete, mas é ensinada claramente na Escritura. (Jo 5:42, Rm 7:18,23, 8:7, Ef 4:18, 2 Tm 3: 2-4,Tt 1:15, Hb 3:12).

V - O Pecado Fatual

 

Os católicos Romanos e os arminianos menosprezaram a idéia do pecado original e, depois, desenvolveram doutrinas como a da purificação do pecado original (se bem que não só desse) pelo batismo e pela graça suficiente, pelo que fica muito obscurecida a sua gravidade. A ênfase é dada clara e completamente aos pecados atuais. Os pelagianos, os socinianos, os teólogos modernistas- e, por estranho que pareça - também a Teologia da Crise, só reconhecem os pecados atuais. Deve-se dizer, porém,que esta teologia fala do pecado igualmente no singular e no plural, isto é, ela reconhece a solidariedade no pecado, não reconhecida por alguns dos outros. A teologia reformada (calvinista) sempre reconheceu devidamente o pecado

 

actuale, empregamos a palavra fatual ou actuale num sentido compreensivo. A expressão pecados faltais não indica apenas as ações externas praticadas por meio do corpo, mas também todos os pensamentos e volições conscientes que decorrem do pecado original.São os pecados individuais expressos em atos diversamente da natureza e inclinação herdada. O pecado original È somente um, o pecado fatual é múltiplo. Os pecados fatuais podem ser interiores, como no caso de uma dúvida consciente e particular, ou de um mau desígnio,sediado na mente ou de uma cobiça consciente e particular, ou de uma cobiça consciente e particular do coração, mas também podem ser exteriores,como a fraude, o furto, o adultério, o assassínio etc. Enquanto que a existência do pecado original tem -se defrontado com a sua negação amplamente generalizada a presença do pecado fatual na vida do homem geralmente é admitida. Contudo,isso não quer dizer que as pessoas sempre tiveram consciência igualmente profunda de pecado. Afirmações como de Paulo em (Gl 5:21) e de passagens de texto comprovam os pecados fatais. (Nm 15:29-31, Gl 6:1, Ef 4:18, 1 Tm 1:13, 5:24, Mt 10;15, Lc 12:47, 48 ; 23:34, Jo 19:11, At 17:30, Rm 1:32 ;2:12, 1 Tm 1:13,15,16).

 

VI - O Pecado Imperdoável. Diversas passagens da escritura falam de um pecado que não pode ser perdoado, após o qual é impossível a mudança do coração e pelo qual não é necessário orar. É geralmente conhecido como pecado ou blasfêmia contra o Espírito Santo. O Salvador fala explicitamente dele em (Mt 12:31,32) e passagens paralelas, e em geral se pensa que (Hb 6:4-6, 10:26,27 e 1 Jo 5:16),também se referem a esse pecado.

 

VII - A Punição do Pecado O pecado é coisa muito séria,e é levado a sério por Deus, embora os homens muitas vezes o tratem ligeiramente. Não é somente uma transgressão da lei de Deus, é também um ataque ao grande Legislador, uma revolta contra Deus. A uma infração da inviolável justiça de Deus, que È o fundamento do seu trono (Sl 97:2), e uma afronta à imaculada santidade de Deus, que requer que sejamos santos em toda a nossa maneira de punição numa palavra de fundamental significação, diz Ele: Eu sou o Senhor teu Deus, Deus Zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira, à Quarta geração daqueles que me aborrecem.(Ex 20:5). A BÍBLIA atesta abundantemente o fato de que Deus pune o pecado, nesta vida e na vida por virá A BÍBLIA fala de penalidades que em nenhum sentido são resultados ou conseqüências naturais do pecado, por exemplo em(E x. 32:33, Lv 26:21, Nm 15;31, 1 Cr 10:13, Sl 11:6, 75:8, Is 1:24,28, Mt 3:10, 24:51).Todas estas passagens falam de uma punição do pecado por um ato Direto de Deus.A palavra punição vem do termo latino poena, significando punição, expiação ou pena.A BÍBLIA nos ensina, por um lado, que Deus ama e castiga o seu povo (Jô 5:17, Sl 6:1, 94:12, 118:18, Pv 3:11, Is 26:16, Hb 2:5-8, Ap 3:19, e, por outro lado, que ele aborrece e pune os que praticam o mal ( Sl 5:5, 7:11, Na 1:2, Rm 1:18 ; 2:5,6, 2Ts 1:6, Hb 10:26,27.)

 

VIII - Morte Espiritual

 

O pecado separa de Deus o homem, e isso quer dizer morte, pois é só na comunhão com o Deus vivo que o homem pode viver de verdade.A morte entrou no mundo por meio do pecado ( Rm 5:120, e que o salário do pecado é a morte ( Rm 6:23). A penalidade do pecado certamente inclui a morte física, mas inclui muito mais que isso.

 

IX - Considerações BÍBLICAS sobre o Pecado.

A teologia BÍBLICA nos apresenta as seguintes definições para o Pecado: 1- Transgressão da Lei : ( I Jo 3:4);

2- desobediência ( Jr 3:25);

 

3- Rebeldia ( 1 Sm 15:23);

4- Dúvida e tudo o que não provém da fé (Rm 14:23); 5- Acepção de Pessoas (Tg 2:9);

6- Blasfêmia contra o Espírito Santo ( Mc :29).

 

5º INTRODUÇÃO A ANGELOLOGIA (Doutrina dos Anjos) INTRODUÇÃO

A existência dos Anjos A nossa terra representa um pequeno ponto no meio dos inúmeros corpos celestes de todo grau de resplendor. Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos e a lua e as estrelas que estabeleceste que é o homem, que deles te lembres ? (Sl 8 :3,4). De fato, nós criaturas humanas, somos nada no meio deste vastíssimo espaço.Em Gn 24: 7 - O Senhor Deus do CÉU, que me tirou da casa de meu pai e de minha terra natal e que me falou, e jurou, dizendo: A tua descendência darei esta terra, ele enviará o seu anjo que te há de preceder, e tomarás de lá esposa para meu filho.Em Mt 1: 20 - Enquanto ponderava nestas cousas eis, que lhe apareceu em sonho um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.Em ( 2 Rs 19: 35) - Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e feriu, no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil, e, quando se levantaram os restantes pela manhã, eis que todos estes eram cadáveres.Por volta da metade da década de 90 irrompeu uma onda doutrinária a respeito dos anjos.Angelologia - É o estudo referente aos anjos. É uma palavra vinda do encontro de outras duas palavras:angelos e logia, palavras gregas que significam anjo e estudo,

 

 

 

 

respectivamente.Devemos estudar angelologia unicamente por uma perspectiva bíblica.Os anjos são mencionados em toda a BÍBLIA: 108 vezes no AT e 175 vezes no NT, 72 dos quais encontram-se no Apocalipse.

 

A Prova da existência dos Anjos I. Anjos no Antigo Testamento:

 

(1o ) Nos livros da Lei Gn - 3: 24:

a) E, expulso o homem colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia para guardar o caminho da arvore da vida.Gn - 16: 7 -Tendo-a achado o Anjo do Senhor junto a uma fonte de água no deserto,junto à fonte no Caminho do Sur. Gn - 22: 11 - Mas do céu lhe bradou o Anjo do Senhor : Abraão! Abraão! Abraão! Ele respondeu : Eis me aqui !.Gn - 19: 1 - Ao anoitecer, vieram os dois anjos a Sodoma, a cuja entrada estava Ló assentado; este, quando os viu, levantou-se e, indo ao seu encontro, prostrou-se, rosto em terra. Exemplos de capítulos e versículos que comprovam a existência de Anjos :a)Gn - 28: 12 Gn - 32: 24 b) Ex. - 23: 20 Ex. - 32: 34 c) Nm - 20:16 Nm - 22: 31-(35 2o)

 

Nos livros históricos:

a) Jz - 2: 1Jz - 5: 23Jz - 6:11Jz - 13: 3 b)1 Rs 19: 72 Rs 1:32 Rs 19:35 3o)

 

Nos livros poéticos:

a) Jó - 4: 18 Jó - 33: 23,24 Jó - 1: 6 Jó - 2: 1 Jó - 38: 7 b)Sl - 29:1 Sl - 91:11,12 Sl - 103: 20 4o )

 

 

Nos profetas:

a) Is - 6: 2 b)Dn - 6:22 Dn - 3:25.

 

II. O novo Testamento:

reafirma a doutrina dos anjos exposta no Antigo testamento:

 

Nos Evangelhos Mt - 1: 20,24 Mt - 2: 13,19 Lc - 1: 26 Lc - 1: 11,13 Mc- 1: 13 Mt - 28: 2 Mt - 13: 39,49 Mt - 18: 10 Mt - 22 : 30 Mc - 12: 25 Lc - 15 : 10 Lc - 16:22. 2. Nos apóstolos - At - 1: 10,11 At - 8: 26 At - 10: 3 At - 11: 3 At - 27: 233 o ) Nas Cartas Paulinas - Rm - 8: 38 Gl - 3: 19 Cl - 1: 16 Fp - 2: 101 Tm - 3: 161 Ts - 4: 16 Gl - 3: 19 Gl - 1: 18 Cl - 2: 18. Na carta aos Hebreus Hb - 1 : 4,5,13,14 Hb - 2: 2,5,7,9 Hb - 12: 22 2 Pe - 2: 4,10 1 Pe - 3: 22. No apocalipse Ap - 5: 11 Ap - 8: 2 Ap - 14: 15 Ap - 15: 1

 

A Crença Universal sobre Anjos 1o

 

As sutilezas Escolásticas. No período da Idade Média, muitos assuntos eram tratados com profundidade, mas às vezes eles desciam a considerações banais.Foi assim que o Escolasticismo tratou a doutrina dos anjos levantando questões sem nenhuma relevância para a sua compreensão:

 

Como por exemplo:

 

a) Quantos anjos poderiam permanecer na ponta de uma agulha?

b) Um anjo poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo?

 

c) Os anjos da guarda vigiam as crianças desde o nascimento?Depois de batizadas? Ou j· desde o embrião?

(2o) O Cristocentrismo Embora ser Cristocêntrico seja uma exigência para o Cristão e para o Cristianismo. A mensagem da Cruz. (1 - Co - :18,21,22,23,25.) Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem,mas para nós, que somos salvos,poder de Deus. Visto como, na sabedoria de Deus o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria. Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios. Porque a Loucura de Deus é mais sábia do que os homens ; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Estudando sua mensagem Cristocêntrica, corremos o risco de,procedendo assim por de lado outras doutrinas. A doutrina dos Anjos é uma questão de revelação de Deus, desde o Gênesis ao Apocalipse. (3 o) As mistificações. Estas mistificações causam repulsa e levam a considerar o assunto dos anjos uma questão de crendice popular ou de superstição que não merece uma reflexão séria. Esta é, provavelmente,mais uma razão porque a doutrina dos anjos é esquecida.Entretanto, ao invés de esquecê-la, apenas deveríamos nos livrar do misticismo em torno dos Anjos. Foi isto que Paulo condenou quando escreveu aos crentes de Colossos, que influenciados por práticas pagãs, corriam também o risco de estar em adoração a anjos, e não a Deus.Em Cl - 2 : 18 - Ninguém se faça arbitro contra vós outros,pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões,enfatuado, sem motivo algum na sua mente carnal ·

 

A Doutrina dos Anjos e a Teologia Sistemática.

 

A BÍBLIA fala de Assembléia de anjos (note em Sl 89: 5-8 - consta à palavra Santos, mas o contexto dá a entender que são anjos), de sua organização para a batalha (Ap - 12: 7) e de um anjo que é rei sobre os terríveis seres apocalípticos que

 

 

 

 

haverão de assolar a terra (Ap - 9 : 11).- Os anjos também possuem uma classificação governamental que indica organização e hierarquia Ef - 3: 10 (dos anjos Bons) e Ef - 6: 12 (dos anjos Maus). Sem dúvida, Deus determinou a organização dos anjos bons e Satanás a dos anjos maus.- Do mesmo modo que nos governos terrenos há graduações e posições, também as há nas regiões celestiais.- Os anjos estão em hierarquia ordenadamente. Aparecem em uma escala de graduação ou de autoridade. Esta graduação está de acordo com a atividade que exercem.

 

(1º) ARCANJO É uma palavra grega - ARCHANGELOS. Na BÍBLIA aparece a menção de apenas um Arcanjo Miguel (só pode haver mesmo um arcanjo, pois a palavra significa o principal entre os anjos. Seu nome significa quem é como Deus ou semelhante a Deus. O prefixo arc, de Arcanjo, leva a supor ser este anjo um chefe principal e poderoso. E o significado do seu nome Miguel pode representar uma resposta a Lúcifer, cujo coração se elevou,dizendo Serei semelhante ao Altíssimo. (Is - 14:14)

 

(2º) Anjos Governadores nos escritos Paulinos aparecem várias expressões que indicam ordens de anjos uma ordem de anjos bons ou maus, envolvido no Governo do universo (Rm - 8: 38 Ef - 1: 21, 3:10, 6:12, Cl - 1:16,2:10,15). Podem ser considerados como generais de exércitos angelicais.

 

São anjos que têm poderes de príncipes.

 

a) Potestades - Devem ser anjos que exercem uma supremacia;possuem autoridade para governar. Sua principal atividade deve ser, remover os obstáculos que podem impedir o cumprimento da vontade de Deus, e para isso são investidos de especial autoridade (Rm - 8: 38, Ef - 1: 21, 3: 10, 6: 12, Cl - 1: 16,2:10). Ef - 3: 10 - pode dar a entender que potestades são anjos que aprendem algo da vontade de Deus ao contemplarem o que ele está realizando no seio da Igreja.

 

b) Poderes - Esta palavra ressalta o fato de que anjos e demônios têm maior poder que os homens. Pode referir-se de modo especial, aos anjos,que exercem poder sobre os fenômenos da natureza. (2 Pe - 2: 11, Ef - 1:21, 1 Pe - 3,22).d) Domínio - Deve ser uma classe de anjos que executam as ordens de Deus com relação as coisas criadas. (Cl - 1: 16, Ef - 1:21)

c) Tronos - Esta designação enfatiza a dignidade e autoridade com a qual Deus investiu os anjos que Ele usa para governar. (Ef - 1: 21, Cl - 1:16, 2 Pe - 2: 10,11).Observe-se que em Cl - 1:16 principados e potestades e tronos parecem referir-se a anjos bons. Ef - 1: 21, entretanto parece ser uma referencia a anjos bons e maus. J· em Rm - 8: 38, Ef -6: 12 e Cl - 2: 15 parece que a referencia é apenas a anjos maus. ì Embora haja uma aparente semelhança entre estas denominações,temos de presumir que estes títulos representam uma dignidade incompreensível e os diversos graus de categoria.As esferas celestiais de governo excedem os impérios humanos como o universo excede a terra.

 

(3º) Querubins derivam de querub (hebraico) cujo significado é guardar e cobrir. Com está função, os querubins aparecem mencionados em vários textos. Eles agiram como guardiões da Santidade de Deus, tendo guardado o caminho para a arvore da vida no jardim do Éden ( Gn - 3: 24).Querubins são portanto, anjos que defendem o caráter Santo de Deus. Assim os encontramos em ação.Exemplos de textos:Ex - 26: 1 Ex - 36: 81 Rs 6: 23 - 29x - 25: 10 -22.

 

(4º) Serafins O nome Serafim tem origem na raiz hebraica Saraph, que significa ardente. Estes seres angelicais são mencionados apenas em Is - 6: 1-3. Eles aparecem ao redor do trono de Deus, a postos para cumprirem suas ordens.Os Serafins são considerados os mais nobres entre os anjos. Enquanto os querubins se ocupam em demonstrar a santidade de Deus, os serafins trabalham para promover a reconciliação, preparando os homens para uma adequada aproximação dele. (5º) Outros Anjos um deles, mencionado pelo nome, È Gabriel (Dn - 8: 15 - 27, 9: 20 - 27, Lc - 1 : 19,26). Foi incumbida demissão extraordinária, para revelar os mistérios que se encontravam acima da compreensão humana.Gabriel significa Deus é forte. Aparece como mensageiro da misericórdia e promessas divinas. Alem do anjo Gabriel, aparecem outros anjos nas Escrituras,designados por Deus para tarefas específicas:a) Mensageiros do juízo (Gn - 19: 13, 2 Rs - 19: 35)b) Com poder sobre o fogo (Ap - 14: 18)

 

a) Com poder sobre as águas (Ap - 16: 5)

d) Os sete anjos anunciadores de juízos (Ap - 8: 2)

 

c) Anunciadores de nascimento das Crianças (Gn - 18: 1,10, Jz -13: 3)· A Criação dos Anjos. A palavra anjo deriva da língua latina - Angelus, que é correspondente à palavra grega angelos. No hebraico a palavra para anjo é Malíako. O significado comum é mensageiro, enviado.Anjos, com o sentido de mensageiros, não diz respeito à natureza espiritual desses seres, mas determina sua missão. Comesse mesmo sentido de mensageiro ou enviado, pessoas humanas são chamadas anjos: O sacerdote (Ml - 2: 7), o rei (2 Sm 14: 17,20), os pastores líderes das sete igrejas do Apocalipse (Ap -2: 1,8,12,18, 3: 1,7,14).Contudo, não é difícil perceber quando o termo se refere aos seres celestiais, porque vem associado à pessoa de Deus como,por ex: (Gn - 16:7, 28: 12 e Sl - 34: 7). Deus criou tudo o que existe, as coisas visíveis

 

 

 

 

e as invisíveis. Entre elas criou os anjos (Cl - 1: 16). Examinando a BÍBLIA, concluímos que foram criados todos de uma só vez - Deus criou uma companhia de anjos e não uma raça.

A natureza dos Anjos

 

Originalmente as criaturas angelicais eram Santas. Todas as outras coisas criadas por Deus eram boas (Gn - 1: 31) e os anjos foram criados neste estado de justiça, bondade e santidade. Havia uma condição original de igualdade em todos os anjos (2 Pe- 2: 4). Os anjos que assim perseveraram, continuaram a serviço do Senhor e foram chamados eleitos.(Mt - 18: 10, 1 Tm - 5:21).Os anjos maus são os que não persevera no estado original.Rebelaram-se e tornaram-se inimigo de Deus dos outros anjos e dos homens, e estão condenados a tormentos e castigo eterno.(Jd 6, Mt - 8: 29, 25:41, 1 Jo - 5: 19, Jo - 16: 11).Os anjos são seres pessoais, Deus atribui a esses seres que criou, características pessoais. A crendice popular tem os anjos com espíritos impessoais ou influencia sobre os homens. São seres inteligentes, tem vontade própria e prerrogativas específicas.Os anjos de Deus não tomam outros corpos para se manifestarem, mas tomam formas de pessoas humanas visíveis para se fazerem manifestos.Sendo espirituais são também invisíveis.Os anjos podem influenciar a mente humana do mesmo modo como outro ser humano pode influenciar. A influencia dos anjos maus, porém, pode ser impedida pelo poder de Deus (Ef - 6:10-12 ; 1 Jo 4: 4 - 18).(Exemplos de textos e natureza dos Anjos:Hb - 1: 13-14 Mt - 26: 53 Mt - 22 : 30 Hb - 12 : 221 Rs - 22: 19 Dt - 33: 2 Lc - 1: 26 Jd – 9 Ap - 9: 11 Lc - 20: 361 Tm - 6; 16 Lc - 20: 35,36Mt - 8: 16 Ef - 6: 12 Hb - 1: 14 Lc - 24: 39Mt - 22: 30Gn - 18: 2, 19:2Gn - 18: 8, 19 : 3At - 10: 4,22 Ap - 14: 10 Is - 14: 12 Ez - 28: 15 Jo - 8: 442 Pe - 2: 4 Lc - 9: 26 Ap - 10 : 1-3 Hb - 1: 5-132 Pe - 2: 11 Sl - 103: 20Ap - 14 : 18, 16: 52 Sm - 14 : 17,20Mt - 24 : 361 Pe - 1: 12 Lc - 20: 35 -36

 

 

 

6º INTRODUÇÃO SOTERIOLOGIA (Doutrina da Salvação) INTRODUÇÃO

A soteriologia trata da comunicação das bênçãos da salvação ao pecador e seu restabelecimento ao favor divino e à vida de Íntima comunhão com Deus. Esta doutrina pressupõe conhecimento de Deus como a fonte da vida, do poder e da felicidade da humanidade,e da completa obediência em que o homem está de Deus, para o presente e para o futuro. Desde que ela trata de restauração, redenção e renovação, só pode ser apropriadamente compreendida à luz da condição originária do homem, criado à imagem de Deus, e da subseqüente perturbação da adequada relação entre o homem e o seu Deus, perturbação causada pela entrada do pecado no mundo.A Ordem da Salvação (A Ordo Salutis) A ordo salutis descreve o processo pelo qual a obra de salvação, realizada em Cristo, É concretizada objetivamente nos corações e vida dos pecadores. Visa a descrever, em sua ordem lógica e também em sua interrelação, os vários movimentos do Espírito Santo na aplicação da obra de redenção. A ênfase não recai no que o homem faz, ao apropriar- se da graça de Deus,mas no que Deus faz, ao aplicá-lo.Pode-se levantar a questão sobre se a BÍBLIA alguma vez indica uma ordo salutis definida. A resposta é que, embora ela não nos dê explicitamente uma ordem da salvação completa, oferece-nos base suficiente para a referida ordem. A melhor aproximação a algo como uma ordo salutis na Escritura é a declaração e Paulo em (Rm 8:29,30). Alguns teólogos luteranos baseavam artificialmente a enumeração dos vários movimentos na aplicação da redenção em (At 26:17,18). Mas, conquanto a BÍBLIA não nos dê uma nítida ordo salutis ela faz duas coisas que nos ajudam a elaborar uma ordem.

 

(1) Dá-nos uma completa e rica e numeração das operações do Espírito Santo na aplicação da obra realizada por Cristo a pecadores individuais, e das bênçãos da salvação comunicadas a eles.

(2) Ela indica, em muitas passagens e de muitas maneiras, a relação que os diferentes movimentos satuantes na obra de redenção os mantêm uns com os outros.

Ela ensina que somos justificados pela fé, e não pelas obras (Rm3:30 ; 5:1 ; Gl 2:16-20), que, sendo justificados, temos paz com Deus e acesso a ele, (Rm 5: 1,2) ; que ficamos livres do pecado para tornar-nos servos da justiça e para colhermos o fruto da santificação (Rm 6:18,22) ; que quando somos adotados como filhos, recebemos o Espírito, que nos dá segurança e também nos tornamos co-herdeiros com Cristo (Rm 8:15-17 ; Gl 4:4-6), que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus(Rm 10:17), que a morte para a lei redunda em vida para Deus(Gl 2:19,20), que, quando cremos, somos selados com o Espírito de Deus (Ef 1:13,14), que È necessário andar de modo digno da vocação com que somos chamados (Ef 4:1,2) que, tendo obtido a justiça de Deus pela fé, participamos dos sofrimentos de Cristo, também do poder da ressurreição (Fp 3:9,10), e que somos gerados de novo mediante a Palavra de Deus, ( 1 Pe 1:23).Estas passagens e outras semelhantes indicam a relação dos vários movimentos da obra redentora, uns com os outros, e, assim,dão base para a elaboração de uma ordo salutis.Operações do Espírito Santo em Geral. A escritura nos ensina a

 

 

 

 

reconhecer certa economia na obra de criação e redenção e autoriza o que falamos do Pai e da nossa criação, do Filho e da nossa redenção, e do Espírito Santo e da nossa santificação. O Espírito Santo não somente tem uma personalidade que lhe é própria, mas também tem um método peculiar de trabalho, e, portanto, devemos distinguir entre a obra de Cristo merecendo a salvação e a obra do Espírito Santo aplicando-a. Cristo Satisfez as exigências da justiça divina e mereceu todas as bênçãos da salvação. Mas sua obra ainda não está terminada. Ele a continua no céu, a fim de dar àqueles por quem Ele entregou Sua vida, a posse de tudo quanto mereceu por eles. Cristo mesmo indica a Íntima conexão quando diz :quando vier, porém o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade ; porque não falará por si mesmo, mas dir· tudo o que tiver ouvido, e vos anunciar· as cousas que hão de vir.Ele me glorificar· porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar, ( Jo 16:13,14). O Espírito que permanece nas criaturas e do qual a sua própria existência depende, provém de Deus e as liga a Deus, (Jó 32:8 ; 33:4 ; 34:14,15 ; Sl 104:29 ;Ts 42:5 ). Deus é chamado Deus (ou Pai) dos espíritos de toda carne (Nm 16:22, 27:16 ; Hb 12:9). O Espírito de Deus gera vida e leva a completar-se a obra criadora de Deus, (Jó 33:4,34:14,15 ; Sl 104 : 29,30, Is 42:5). A Escritura diz repetidamente que o Espírito do Senhor veio (poderosamente) sobre elesî,( Jz 3:10; 6:34; 11:29; 13:25; 14:6,19; 15:14). Na verdade,há um espírito no homem, e o sopro do Todo - poderoso o faz entendido, (Jó 32:8). O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua, (2 Sm 23:2).A Doutrina da Graça. Os ensinos da Escritura acerca da graça de Deus ressaltam o fato de que Deus distribui suas bênçãos aos homens de maneira livre e soberana, e não em consideração a algum mérito dos homens, que os homens devem todas as bênçãos da vida a um Deus benigno, perdoador e longânimo ; e especialmente que todas as bênçãos da obra da salvação são dadas gratuitamente por Deus, e de maneira nenhuma são determinada pelos supostos méritos dos homens e expressa claramente com as seguintes palavras. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé ; e isto não vem de nós é dom de Deus, não de obras, para que ninguém se glorie, (Ef 2:8,(). Ele deu forte ênfase ao fato de que a salvação não é pelas obras. (Rm 3:20-28; 4:16 ; Gl 2:16).A Graça de Deus na obra de redenção. Em primeiro lugar a graça é um atributo de Deus uma das perfeições divinas. É o livre, soberano e imerecido favor ou amor de Deus ao homem, no estado de pecado e culpa em que este se encontra, favor que se manifesta no perdão do pecado e no livramento de sua pena. A graça está relacionada com a misericórdia, de Deus, em distinção da Sua Justiça. Esta é a graça redentora no sentido mais fundamental da expressão. É a causa última do propósito eletivo de Deus, da justificação do pecador e da sua renovação espiritual; e È a prolífica fonte de todas as bênçãos espirituais e eternas. Em segundo lugar, o termo Graça é empregado como um designativo da provisão objetiva que Deus fez em Cristo para a salvação do homem. Cristo, como o mediador, È a encarnação viva da graça de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós cheio de graça e de verdade, (Jo 1:14). Paulo tem em mente a manifestação de Cristo, quando diz: Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens (Tt 2:11). Diz João : A lei foi dada por intermédio de Moisés ; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo, (Jo 1:17). Em terceiro lugar, a palavra graça é empregada para designar o favor de Deus como é demonstrado na aplicação da obra de redenção pelo Espírito Santo. É aplicada ao perdão que recebemos na justificação, um perdão dado gratuitamente por Deus, (Rm 3:24 ; 5:2,21; Tt 3;15). mas, em acréscimo a isso, também é um nome compreensivo, abrangendo todos os dons da graça de Deus, as bênçãos da salvação e as graças espirituais que são acionadas nos corações e vidas dos crentes pela operação do Espírito Santo, (At 11:23; 18:27 ; Rm 5:17 ; 1 Co 15:10 ; 2 Co 9:14 ; Ef 4:7 ; Tg 4: 5,6 ; 1 pe 3:7).O espírito é chamado Espírito da graça, (Hb 10:29).Processo da Ordem da Salvação Regeneração. A regeneração consiste na implantação do principio da nova vida espiritual no homem, numa radical mudança da disposição dominante da alma, que, sob, a influencia do Espírito Santo, dá nascimento a uma vida que se move em direção a Deus. Em principio, esta mudança afeta o homem completo, o intelecto ( 1 Co 2:14; 2 Co 4:6 ; Ef 1:18;Cl 3:10 ), a vontade (Sl 110:3 ; Fp 2:13 ;2Ts 3:5; Hb 13:21), e os sentimentos ou emoções ( Sl 42:1,2; Mt 5:4 ; 1 Pe 1:8).No sentido mais restrito da palavra podemos dizer: Regeneração é o ato de Deus pelo qual o principio da nova vida é implantado no homem, e a disposição dominante da alma é tornada santa. Mas, a fim de incluir a idéia do novo nascimento, como também a da nova geração,será necessário complementar a definição com as seguintes palavras:È o primeiro exercício santo desta nova disposição é assegurado.Causa Eficiente da Regeneração

 

1º - A vontade Humana (Jo 5:42 ; Rm 3:9- 18; 7:18,23; 8:7; 2 Tm 3:4), e da verdade bíblica de que é Deus que inclina a vontade do homem (Rm 9:16 ; Fp 2:13).2 - A verdade (Rm 1: 18,25)3 - O Espírito Santo (Ez 11:19 ; Jo 1;13 ; At 16:14 ; Rm 9:16 ;Fp 2:13).Conversão À doutrina da conversão, naturalmente, como todas as outras doutrinas Cristãs, baseia-se na Escritura, e sobre esta base deve ser aceita. Desde que a conversão é uma experiência consciente ocorrida nas vidas de muitos, o testemunho da experiência pode ser acrescentado ao da Palavra de Deus, mas esse testemunho, por mais valioso que seja, nada acrescenta à segura veracidade da doutrina ensinada na Palavra de Deus. Podemos ser gratos ao fato de que nos últimos anos a psicologia da religião deu considerável atenção ao fato da conversão, mas sempre se deve

 

 

 

 

ter em mente que, embora tenha trazido à nossa atenção alguns fatos interessantes, pouco ou nada fez para explicara conversão como um fenômeno religioso. A doutrina escrituristica da conversão baseia-se, não somente nas passagens que contém um ou mais dos termos mencionados na serão anterior, mas também em muitas outras nas quais o fenômeno da conversão é descrito ou apresentado concretamente com exemplos vivos. Exs.: Com a pregação de Jonas, os ninivitas se arrependeram dos seus pecados e foram poupados pelo Senhor, (Jn 3:10).Conversão verdadeira (Conversio Actualis Prima), a verdadeira conversão nasce da tristeza segundo Deus ; e redunda numa vida de devoção a Deus (2 Co 7:10). É uma mudança que tem suas raízes na obra de regeneração, e que é efetuada na vida consciente do pecador pelo Espírito de Deus; mudança de pensamentos e opiniões, de desejos e volições, que envolve a convicção de que a direção anterior da vida era insensata e errônea, e altera todo o curso da vida. Há dois lados nesta conversão, um ativo e o outro passivo ; o primeiro sendo o ato de Deus pelo qual Ele muda o curso consciente da vida do homem,e o último, o resultado desta ação como se vê na mudança que o homem faz no curso da sua vida e em seu voltar-se para Deus conseqüentemente. pode-se dar uma dupla definição de conversão :

 

(a) A conversão ativa é o ato de Deus pelo qual Ele faz com que o pecador regenerado, em sua vida consciente se volte para Ele com arrependimento e fé.

(b) A conversão passiva é o resultante ato consciente do pecador pelo qual ele, pela graça de Deus, volta-se para Deus com arrependimento e fé. Esta conversão é a conversão que nos interessa primordialmente na teologia.

 

A palavra de Deus contém vários exemplares notáveis dela,como, por exemplo: 1º as conversões de Naamã (2 Rs 5:15).

2º Manassés ( 2 Cr 33:12,13 . 3º Zaqueu ( Lc 19:8,9 ).

 

4º Cego de nascença ( Jó 9:38 ).

5º Mulher Samaritana ( Jó 4:29,39). 6º Eunuco ( At 8:30) e segtes.

 

7º Cornélio ( At 10:44). Segtes. 8º Paulo (At 9:50 e segtes.

 

9º de LÍDIA ( At 16:14) e outras.

 

FÉ Como fenômeno psicológico, a fé, no sentido religioso, não deferida fé em geral. Se a fé em geral é uma persuasão da verdade fundada no testemunho de alguém em quem temos confiança e em quem descansamos, e, portanto, apóia- se numa autoridade,a fé Cristã no sentido mais abrangente, é a persuasão do homem, quanto à veracidade da Escritura, com base na autoridade de Deus. Nem sempre a BÍBLIA fala da fé religiosa no mesmo sentido.

 

e isto deu surgimento as seguintes distinções, na Teologia. a. FÉ Histórica - (Jo 3:2 ; Mt 7:26 ; At 26:27,28 ; Tg 2:19).

 

b. FÉ Miraculosa - ( Mt 17:20, Mc 16:17,18 ; Mt 8:10-13 ; Jô 11:22 - *Comp. (versículos 25-27 ; 11:40 ; At 14:9). c. FÉ Temporal (Mt 13:20,21).

A Verdadeira FÉ Salvadora.

 

A verdadeira fé salvadora tem sua sede no coração e suas raízes na vida regenerada. Muitas vezes se faz distinção entre o Habitus e o Actus da fé (entre o hábito e o ato da fé). Contudo por três destes acha-se a sêmen fidei (Semente da fé). Esta fé não é primeiramente uma atividade do homem, mas uma potencialidade produzida por Deus no coração do pecador. A semente da fé È implantada no homem quando há regeneração. Alguns teólogos falam disto como habitus da fé,mas outros mais corretamente lhe chamam semen fidei.Somente depois que Deus implantou a semente da fé no coração do

 

homem, È que ele pode exercer a fé. É isto, evidentemente, que Barth tem em mente também quando, em seu desejo de ressaltar o fato de que a salvação é exclusivamente obra de Deus, afirma que Deus, e não o homem, é o sujeito da fé. O exercício consciente da fé forma gradativamente o habitus, e este adquirem uma significação fundamental e determinante para o exercício da fé.Quando a BÍBLIA fala da fé, geralmente se refere à fé como uma atividade do homem, mas nascida da obra realizada pelo Espírito Santo. Pode-se definir a fé salvadora como uma certa convicção, produzida pelo Espírito Santo no coração, quanto à veracidade do Evangelho e uma segurança (confiança) nas promessas de Deus em Cristo. Em última análise, é certo, Cristo é o objeto da fé salvadora, mas Ele nos é oferecido unicamente no Evangelho.Justificação. Natureza e características da Justificação. A justificação é um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as reinvidicações da lei são satisfeitas com vistas ao pecador. Ela é singular, na obra de redenção, em que é um ato judicial de Deus, e não um ato ou processo de renovação, como È o caso da regeneração, da conversão e da santificação. Conquanto diga respeito ao pecador,não muda a sua vida interior. Não afeta a sua condição,mas, sim, o seu estado ou posição, e nesse aspecto difere de todas as outras principais partes da

 

 

 

 

ordem da salvação. Ela envolve o perdão dos pecados e a restauração do pecador ao favor divino. O arminiano sustenta que ela inclui somente aquele, e não esta; mas a BÍBLIA ensina claramente que o fruto da Justificação é muito mais que o perdão. os que são justificados têm paz com Deus, segurança da salvação (Rm 5:1-10), e uma herança entre os que são santificados (At 26:18). Devemos observar os seguintes pontos de diferença entre a justificação e a santificação.

 

(1) A justificação remove a culpa do pecado e restaura o pecador a todos os direitos filiais envolvidos em seu estado de filho de Deus, incluindo uma herança eterna. A santificação remove a corrupção do pecado e renova o pecador constante e crescentemente, em conformidade com a imagem de Deus.

 

(2) A justificação dá-se fora do pecador, no tribunal de Deus, e não muda a sua vida interior, embora a sentença lhe seja dada a conhecer na vida interna do homem e gradativamente afete toda o seu ser.

(3) A justificação acontece uma vez por todas. Não se repete, e não é um processo, é imediatamente completa e para sempre não existe isso, de mais ou menos justificação; ou o homem È plenamente justificado, ou absolutamente não é justificado. Em distinção disto, a santificação é um processo contínuo, que jamais se completa nesta existência.

(4) Enquanto que a causa meritória está nos meritos de Cristo, há uma diferença na causa eficiente. Falando em termos de economia, Deus o Pai declara justo o pecador, e Deus o Espírito o santifica.

Ocasião que se dá a Justificação Alguns Teólogos separam cronologicamente a justificação ativa e passiva. Neste caso, dizem que a justificação ativa deu-se na eternidade, ou quando da ressurreição de Cristo, ao passo que a justificação passiva realiza-se pela fé, e, portanto, assim se diz, segue- se à outra, no sentido cronológico. Consideremos sucessivamente a justificação desde a eternidade, a justificação na ressurreição de Cristo e a justificação pela fé.Santificação Natureza da Santificação É uma Obra sobrenatural de Deus. Alguns têm a equivocada noção de que a santificação consiste meramente em induzir a nova vida implantada na alma pela regeneração, de maneira persuasiva,mediante a apresentação de motivos à vontade. A Escritura mostra claramente o caráter sobrenatural da santificação de diversas maneiras. Descreve-a como obra de Deus, (1 Ts 5:23 ;Hb 13:20,21), como fruto da união vital com Jesus Cristo ( Jó 15;4 ; Gl 2:20 ; 4:19), como uma obra que é realizada no homem por dentro e que, por essa mesma razão, não pode ser obra do homem ( Ef 3:16; Cl 1:11) e fala da sua manifestação nas virtudes cristãs como sendo obra

 

do Espírito (Gl 5:22).

 

Consiste de duas partes. As duas partes da santificação são expostas na escritura como :

 

a. A Mortificação do Velho Homem - o corpo do pecado. Muitas vezes é exposta na BÍBLIA como a crucificação do Velho Homem e, assim, é associada à morte de Cristo na cruz. O Velho Homem é a natureza humana na medida em que é dirigida pelo pecado (Rm 6:6 ; Gl 5:24). No contexto da passagem de Gálatas, Paulo contrasta as obras da carne com as do Espírito, e depois diz : E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

 

A Vivificação do Novo Homem - criado em Cristo Jesus para boas obras. É o ato de Deus pelo qual a disposição santa da alma é fortalecida, os exercícios santos são incrementados e,assim, È gerado e promovido um novo curso da vida.

A velha estrutura do pecado vai sendo posta abaixo aos poucos e uma nova estrutura é erguida em seu lugar. Estas duas partes da santificação não são sucessivas, mas, sim, simultâneas. Graças a Deus, o levantamento gradual do novo edifício não precisa esperar até que o antigo esteja completamente demolido. Se precisasse, nunca poderia começar nesta existência. Com a gradativa dissolução do antigo, o novo vai aparecendo. É como arejar uma casa impregnada de odores pestilentos. Conforme o ar que ali estava é extraído,o novo ar se precipita para dentro. Este ato positivo da santificação, muitas vezes é chamada ressurreição com Cristo (Rm 6: 4,5 ; Cl 2:12 ; 3:12). A nova vida a qual ela conduz é chamada viver para Deus (Rm6:11 ; Gl 2:19).

 

Afeta o Homem todo :

 

Corpo e Alma ; Intelecto, Afetos e Vontade. Isto decorre da natureza do caso, porque a santificação ocorre na vida interior do homem, no coração, e este não pode ser mudado sem se mudar todo o organismo do homem. Transforma-se o homem interior,forçosamente há transformação da periferia da vida também.Ademais, a Escritura ensina claramente e explicitamente que a santificação afeta tanto o corpo como a alma (1 Ts 5:23; 2 Co 5:17 ; Rm 6:12 ; 1 Co 6;15,20). O corpo é focalizado aqui como Órgão ou instrumento da alma pecaminosa, pelo qual se expressam os pendores, hábitos e paixões pecaminosos. A santificação do corpo tem lugar principalmente na crise da morte e na ressurreição dos mortos. Finalmente, transparece na Escritura que a santificação afeta todos os poderes ou faculdades da alma : o entendimento (Jr 31:34 ; Jo 6:45 ;), à vontade (Ez 36:25-27 ; Fp 2:13), as paixões (Gl 5:24), e a consciência (Tt 1:15 ; Hb 9:14). Características da Santificação. Ao que parece,a santificação do crente deve completar-se no exato momento da morte, ou imediatamente após a morte, no que se refere à alma, e na ressurreição, quanto ao concernente ao corpo. Isto parece decorrer do fato de que, por um lado, a BÍBLIA ensina que, na vida presente, ninguém pode arrogar-se liberdade do pecado, (1 Rs 8:46 ; Pv 20:9 ; Rm 3: 10,12 ; Tg 3:2 ; 1 Jo 1:8), e que, por outro lado, os que já partiram estão

 

 

 

 

inteiramente santificados. Ela fala deles como espíritos dos justos aperfeiçoados,(Hb 12:23), e como sem Mácula (Ap 14:5). Ademais, é nos dito que na celestial cidade de Deus de modo nenhum penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira (Ap 21:27) ; e que Cristo, na Sua vinda, transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua gloria ì. (Fp 3:21). A santificação tem lugar, em parte,na vida subconsciente e, como, tal, È uma operação imediata do Espírito Santo ; mas também, em parte, dá-se na vida consciente,e, neste caso, depende do uso de certos meios, tais como o exercício da fé, o estudo da Palavra de Deus, a oração e a associação com outros crentes.

 

7º INTRODUÇÃO A HERMENÊUTICA (E a arte de interpretação bíblica) INTRODUÇÃO

Diz-se que a palavra hermenêutica BÍBLICA deve sua origem no nome de Hermes, o deus grego que servia de mensageiro dos deuses, transmitindo e interpretando suas comunicações aos seus afortunados ou, com freqüência desafortunados destinatários. Em seu significado técnico, muitas vezes se define a hermenêutica como a ciência e arte de interpretação bíblica.Considera-se a hermenêutica como ciência porque ela tem normas ou regras, e essas podem ser classificadas num sistema ordenado.… considerada como arte porque a comunicação é flexível e portanto uma aplicação mecânica e rígida das regras às vezes distorcerá o verdadeiro sentido de uma comunicação.A teoria hermenêutica divide-se, às vezes em duas subcategorias - a hermenêutica geral e a especial. Hermenêutica geral é o estudo das regras que regem a interpretação do texto bíblico inteiro. Incluem os tópicos das análises histórico-cultural, léxico-sintática, contextual, e teológica. Hermenêutica especial é o estudo das regras que se aplicam a gêneros específicos, como parábolas, alegorias, Tipos e profecias.

 

Hermenêutica e a Exegese

 

Somente após um estudo da canonicidade, da critica textual e da critica histórica e que o estudioso está preparado para fazer exegese. Exegese é a aplicação dos princípios da hermenêutica para chegar-se a um entendimento correto do texto. O prefixo ex (fora de) (para fora, ou de), refere-se á idéia de que o interprete está tentando derivar seu entendimento do texto, em vez de ler seu significado no (dentro) texto (exegese).Seguindo a exegese estão os campos gêmeos da Teologia bíblica e da teologia sistemática. Teologia bíblica é o estudo da revelação divina no Antigo e Novo testamento. O Contrastando com à Teologia BÍBLICA, a Teologia Sistemática, organiza os dados bíblicos de uma maneira lógica antes que histórica.Quando interpretamos as Escrituras, h· diversos bloqueios a uma compreensão espontânea do significado primitivo da mensagem. Há um abismo histórico no fato de nos encontrarmos largamente separados no tempo, tanto dos escritores quanto dos primitivos leitores. A antipatia de Jonas pelos Ninivitas, por exemplo, assume maior significado quando entendemos a extrema crueldade e pecaminosidade do povo de NÌnive. (Jn 1: 1 - 3).Em segundo lugar existe um abismo Cultural, resultante de significativas diferenças entre a cultura dos antigos hebreus e a nossa.Um terceiro bloqueio à compreensão espontânea da Mensagem bíblica é a diferença lingüística. A BÍBLIA foi escrita em hebraico,aramaico e grego - três línguas que possuem estruturas e expressáveis idiomáticas muito diferentes da nossa própria língua. A mesma coisa pode acontecer ao traduzir-se de outras línguas,se o leitor ignorar que frases como. O Senhor endureceu o coração do Faraó, podem conter expressões idiomáticas que dão ao sentido primitivo desta frase algo diferente daquele comunicado pela tradução literal.Um quarto bloqueio significativo é a Lacuna Filosófica. Opiniões acerca da vida, das circunstâncias, da natureza do Universo,diferem entre as varias culturas.Portanto, a hermenêutica é necessária por causa das Lacunas históricas culturais, lingüísticas e filosóficas que obstruem a compreensão espontânea exata da Palavra de Deus.Exemplos de versículos com definições hermenêuticas da BÍBLIA: 2

 

-  Tm 3: 16 2 - Pe 1: 21 No estudo da Bíblia, a tarefa do exegeta é determinar tão intimamente quanto possível o que Deus queria dizer em determinada passagem, e não o que ela significa para mim. Se aceitarmos o ponto de vista de que o sentido de um texto È o que ele significa para mim, então a Palavra de Deus pode ter tantos significados quantos forem seus leitores.A esta altura pode ser útil distinguir entre a interpretação e aplicação. Dizer que um texto tem uma interpretação válida (o significado pretendido pelo autor) não quer dizer que ele escreveu tem somente uma aplicação possível. Ex.: A ordem em Ef 4:27 tem um significado, mas ter· diferentes aplicações. Em Romanos 8 tem um significado, mas pode Ter múltiplas aplicações.Exemplo de versículos:1 Pe 1: 10 -12 Dn 12: 8 Dn 8: 27 João 11: 49 – 52 A BÍBLIA ensina que a rendição ao pecado torna-nos escravos dele e cega-nos à Justiça. (João 8: 34,Rm 1: 18 - 22, 6: 15

 

-  19, 1 Tm 6: 9; 2 Pedro 2: 19). Evangélicos conservadores são os que crêem que a BÍBLIA é totalmente sem erro, os evangélicos liberais crêem que a BÍBLIA é sem erro toda vez que fala sobre questões da salvação e da fé cristã, mas

pode possuir erros nos fatos históricos e noutros pormenores.

Interpretação das Escrituras

 

Os teólogos conservadores concordam em que as palavras podem ser usadas em sentido literal, figurativo ou simbólico. As três sentenças seguintes servem-nos de exemplo:

 

 

 

 

1. Literal - Foi colocada na cabeça do rei uma coroa cintilante de Jóias.

2. Figurativo - (Um pai bravo com o filho). Na próxima vez que me chamar de coroa você vai ver estrelas ao meio-dia.

 

3. Simbólico - Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. (apocalipse 12: 1).

Visão Panorâmica da História

 

Princípios evangélicos encontrados em cada um dos seguintes períodos de interpretação bíblica.1 - Exegese Judaica Antiga 2 - Uso do Antigo Testamento pelo Novo Testamento 3 - Exegese Patrística * (100 - 600 d.C)4 - Exegese Medieval * * ( 600 - 1500 d. C)5 - Exegese da Reforma 6 - Exegese da Pós-Reforma 7 - hermenêutica Moderna. Além do mais, à medida que estudamos a história da interpretação, vamos vendo que muitos dos grandes Cristãos (e. g,Orígenes, Agostinho, Lutero) entenderam e aceitaram princípios hermenêuticos melhores do que os que praticaram. *Agostinho (354 -430) Em termos de originalidade e gênio, Agostinho foi de longe o maior homem de sua Época. Em seu livro sobre a doutrina Cristã, ele estabeleceu diversas regras para exposição da Escritura, algumas das quais estão em uso até hoje. Entre suas regras encontramos as seguintes, conforme resumo de Ramm : (1 o) -(O Intérprete deve possuir fé cristã autêntica 2 o) - Deve-(se Ter em alta conta o significado literal e histórico da escritura. 3 o) - A Escritura tem mais que um significado e portanto o método alegórico e adequado. (4 o) - Há significado nos números bíblicos.(5 o) - O antigo testamento é documento Cristão porque Cristo está retratado nele do principio ao fim. (6 o) - Compete ao expositor entender o que o autor pretendia dizer e não introduzir no texto o significado que ele expositor,quer lhe dar. (7o) - O interprete deve consultar o verdadeiro credo Ortodoxo. (8 o) - Um versículo deve ser estudado em seu contexto, e não isolado dos versículos que o cercam.(9o) - Se o significado de um texto é obscuro, nada na passagem pode constituir-se matéria da fé ortodoxa.(10 o) - O Espírito Santo não toma o lugar do aprendizado necessário para se entender a Escritura. O interprete deve conhecer hebraico, grego, geografia e outros assuntos.(11o) - A passagem obscura deve dar preferência a passagem clara.12 o ) - O expositor deve levar em consideração que a revelação é

 

progressiva.Ele Justificou suas interpretações alegóricas em 2 CorÌntios 3:6.(Porque a letra mata, mas o espírito vivifica), querendo com isso dizer que uma interpretação literal da BÍBLIA mata, mas uma alegórica ou espiritual vivifica.** - A interpretação foi amarrada pela tradição, e o que se destacava era o método alegórico.O sentido quádruplo da Escritura engendrado por Agostinho era a norma para a Interpretação bíblica. Esses quatro níveis da significação, expressos na seguinte quadra que circulou durante este período, eram tidos como existentes em toda passagem bíblica.A letra mostra-nos o que Deus e nossos pais fizeram;A alegoria mostra-nos onde está oculta a nossa fé;O significado moral dá nos as regras da vida diária. A analogia mostra-nos onde terminamos nossa luta.

 

Análise Histórico

 

1º Cultural e Contextual. Determinar o ambiente geral histórico e cultural do escritor e de sua audiência.

 

a. Determinar as circunstâncias históricas gerais.

 

b.Estar cônscio das circunstâncias e normas culturais que acrescentam significados a determinadas ações.

c. Discernir o nível de compromisso espiritual da audiência.

2º Determinar o objetivo que o autor tinha em escrever um livro,mediante:

 

a. Notar as declarações explícitas ou repetição de frases.

 

b. Observar as seções parenéticas ou hortativas.

c. Observar os problemas omitidos ou os focalizados.

3º Entender como a passagem se enquadra em seu contexto imediato.

 

a. Apontar os principais blocos de material no livro e mostrar como se ajustam num todo coerente.

 

b. Mostrar como a passagem se encaixa na corrente de argumento do autor.

c. Determinar a perspectiva que o autor tencionava comunicar - numenológica ou fenomenológica.

 

d. Distinguir entre verdade descritiva e verdade prescritiva.e. Distinguir entre detalhes incidentais e o núcleo de ensino da passagem.f. Indicar a pessoa ou categoria de pessoas para as quais a passagem se destinava.· Análise Léxico-Sintática… o estudo do significado de palavras tomadas isoladamente (lexicologia) e o modo como essas palavras se combinam (sintaxe),a fim de determinar com maior precisão o significado que o autor pretendia lhes dar.Assim quando Jesus disse: Eu sou a porta, eu sou a Videira e Eu sou o pão da Vida., entendemos essas expressões como comparações, conforme ele tencionava.A análise Léxico- sintática fundamenta-se na premissa de que embora as palavras possam assumir uma variedade de significados em contextos diferentes, elas têm apenas um significado intencional em qualquer contexto dado.

 

Os Sete passos seguintes foram comentados para a elaboração de uma análise léxico- sintática: 1º - Apontar a forma literária geral.

 

 

 

 

2º - Investigar o desenvolvimento do tema e mostrar como a passagem sob consideração se enquadra no contexto. 3º - Apontar as divisões naturais (parágrafos e sentenças) do texto.

4º - Indicar os conectivos dos parágrafos e sentenças e mostrar como auxiliam na compreensão da progressão do pensamento.*(Obs.:)

5º - Determinar o que significam as palavras tomadas individualmente.a. Apontar os múltiplos significados que uma palavra possuía no eu tempo e cultura.b. Determinar os significados únicos, que o autor tenha em mente em dado contexto.**(Obs.:)

 

6º- Analisar a sintaxe para mostrar de que modo ela contribui para a compreensão de uma passagem.

 

7º- Colocar os resultados de sua análise em palavras não técnicas,de fácil compreensão que comuniquem com clareza o significado que o autor tinha em mente.*(Obs.:) -Examinemos Gálatas 5:1 que diz: Permanecei, pois,firmes e não vos submetais de novo a jugo de escravidão.Tomado isoladamente, o versículo poderia ter qualquer de diversos significados: poderia referir-se á escravidão humana, á escravidão política, à escravidão ao pecado, e assim por diante. O pois indica, contudo, que este versículo é a aplicação de um ponto que Paulo apresentou no capitulo anterior. Uma leitura dos argumentos de Paulo (Gálatas 3:1 - 4 :30) e de sua conclusão (4:31) esclarece o significado do outrora ambíguo 5:1.Paulo está incentivando os gálatas a não se escravizar de novo ao jugo do legalismo (i.e. esforçar-se por ganhar a salvação pelas boas obras).*

 

(Obs.:) Significados da Palavra.

 

Em sua maioria, as palavras que sobrevivem por longo tempo numa língua adquirem muitas denotações (significados específicos) e conotações (implicações complementares). As palavras ou frases podem Ter denotações vulgares e também técnicas. As denotações literais podem,finalmente,conduzir a denotações metafóricas.As palavras também possuem conotações, significados emocionais implícitos, não declarados explicitamente.

 

Como descobrir denotações:

 

Por exemplo, duas palavras gregas que significam amor (agapaoe phileo), de fato têm significados diferentes (e.g., João 21:15 -17) ; contudo, de quando em quando parecem ter sido usadas como sinônimos (Mateus 23:6, 10:37; Lucas 11:43, 20: 46).Também se forçarmos as palavras em todas as suas denotações,cedo estaremos produzindo exegese herética. Por exemplo, a palavra grega sarx pode significar: A parte sólida do corpo excetuando-se os ossos (1Co 15:39) A substância global do corpo (Atos 2:26) A natureza sensual do homem (Cl 2:18). A natureza humana dominada por desejos pecaminosos (Rm 7:19).Embora esta seja apenas uma lista parcial de suas denotações,podemos ver que se todos esses significados fossem aplicados à palavra conforme se encontra em João 6:53, onde Cristo fala sobre sua própria carne, o intérprete estaria atribuindo pecado a Cristo.A palavra grega Moranthei,registrada em Mateus 5:13, pode significar-se tornar-se tolo ou tornar-se insípido. Neste caso o sujeito da sentença é sal, e assim, a segunda denotação (Se o sal vier a ser insípido) È escolhida como a correta.A poesia hebraica, caracteriza- se por paralelismo, o paralelismo hebraico pode classificar-se em três tipos básicos: sinonímico,antitético e sintético. No paralelismo sinonímico a Segunda linha de uma estrofe repete o conteúdo da primeira, mas com palavras diferentes ex.: Salmo (103:10). Não nos trata segundo os nossos pecados,Nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades.No paralelismo antitético a idéia da Segunda linha contrasta agudamente com a da primeira.O Salmo 37:21 proporciona- nos um exemplo:O Ímpio pede emprestado e não paga,O justo, porém, se compadece e dá. No paralelismo sintético a Segunda linha vai mais longe ou completa a idéia da primeira. O Salmo 14:2 È um exemplo: Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens,para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus.·

 

(Análise Teológica 1o)

 

1º Determinar sua própria perspectiva da natureza do relacionamento de Deus com o homem. 2º Apontar a implicações desta perspectiva para a passagem que você está estudando.

 

3º Avaliar a extensão do conhecimento teológico disponível às pessoas daquele tempo.

4º Determinar o significado que a passagem possuía para seus primitivos destinatários à luz do conhecimento que tinham.

5º Indicar o conhecimento complementar acerca deste tópico que hoje temos disponível por causa de revelação posterior.Entre as várias teorias citamos:

Teoria Dispensacional

 

O dispensacionismo, È uma dessas teorias que as pessoas parecem aceitar com plena confiança ou amaldiçoar, poucas assumem posição neutra. Ele tem sido chamado de a chave para dividir corretamente as Escrituras e alternativamente a mais perigosa heresia encontrada presentemente dentro dos círculos cristãos.

 

O padrão da história da Salvação é visto como três passos que se repetem com regularidade ;

 

 

 

 

 

(1) Deus dá ao homem um conjunto específico de responsabilidades ou padrão de obediência,

(2) O homem não consegue viver à altura desse conjunto de responsabilidades e,

 

(3) Deus reage com misericórdia concedendo um novo conjunto de responsabilidades, isto é, uma nova dispensação.

 

Os dispensacionalistas, identificam entre quatro e nove dispensações: o número costumeiro é sete ou oito, (se o período da tribulação for considerado com uma dispensação à parte). Dispensação da inocência ou Liberdade (Gênesis 1: 28 - 3:6. Dispensação da consciência (Gênesis 4:1 - 8:10) Dispensação do Governo Civil (Gênesis 8:15 - 11:9) Dispensação da Promessa (Gênesis 11:10 a Êxodo 18:27) Dispensação da Lei Mosaica (Êxodo 18:2 a Atos 1:26) Dispensação da Graça (Atos 2:1 - Apocalipse 19:21) Dispensação do milênio (a mais conhecida passagem bíblica que descreve este período é o capitulo 20 do Apocalipse.Esta crença baseia-se em parte, nalgumas das notas da BÍBLIA. Por exemplo, a nota que acompanha João 1:17 (declara).Como dispensação a graça começa com a morte e ressurreição de Cristo. (Romanos 3:24-26, 4:24,25). O ponto de prova já não é obediência legal como a condição de salvar, mas aceitar ou rejeitar a Cristo, tendo as boas obras como fruto da Salvação.A base da salvação em cada era é a morte de Cristo, a exigência para a salvação em cada era é a fé; o objeto da fé em cada era é Deus, o conteúdo da fé muda nas várias dispensações. Evidentemente se a Teoria dispensacional é correta, então ela representa um poderoso instrumento hermenêutico, e instrumento decisivo se devemos interpretar as promessas e ordens bíblicas corretamente. Por outro lado, se a teoria dispensacional é incorreta, então aquela que ensina tais distinções poderia correr sério risco de trazer sobre si próprio os juízos de Mateus 5:19.

 

Teoria Luterana.

 

Lutero acreditava que devemos distinguir com cuidado entre duas verdades bíblicas paralelas e sempre presentes: A Lei e o Evangelho. A Lei refere-se a Deus, em seu ódio ao pecado, seu juízo e sua era. O Evangelho refere-se a Deus em sua graça, seu amor, e sua salvação.Um modo de distinguir Lei e Evangelho é perguntar : isto fala de julgamento sobre mim? Nesse caso, é a Lei. Em contraste, se a passagem traz consolo, ela é o Evangelho.

 

Teoria das Alianças.

 

A aliança da Graça é o acordo entre Deus e o pecador, na qual Deus promete salvação mediante a fé, e o pecador promete uma vida de fé e obediência. Todos os crentes do Antigo Testamento bem como os crentes nossos contemporâneos, são parte da aliança da Graça.Por exemplo, Jr 31:31 - 32 diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor e firmarei nova aliança Com a casa de Israel E com a casa de Judá.Não conforme a aliança Que fiz com seus pais.No dia em que os tomei pela mão,Para os tirar da terra do Egito;Porquanto eles anularam a minha Aliança.Não obstante eu os haver desposado.Ex.: em (Hebreus 8: 6,13) O Antigo testamento fala de diversas alianças:Gênesis 6 :18 Gênesis 9 : 8 – 17 Gn 15 : 8,18 ; 17: 6 – 8 Êx 6 : 6 – 8 Sl 89 : 3,4, 26 – 37 Jr 31: 31 – 34 Gl 3: 17 – 22 Conceito de graça - Hebreus 4: 1 – 2 Atos 20:24O salmo 103 - canta a misericórdia e o imutável amor de Deus em palavras sem paralelo em toda a BÍBLIA.

 

Lei.

 

Três aspectos da Lei. O cerimonial (as observâncias rituais que apontavam para a frente, para a expiação final em Cristo), o Judicial ou civil ( as leis que Deus prescreveu para uso no governo civil de Israel) e o Moral ( o corpo de preceitos morais de aplicação universal, permanente, a toda a humanidade).O aspecto cerimonial da lei abrange os vários sacrifícios e ritos cerimoniais que serviram como figuras ou tipos que apontavam para o Redentor vindouro (Hb 7-10). Vários textos do antigo testamento confirmam a concepção do significado Espiritual Exs.: Lv 20:25,26;Salmos 26:6, 51:7,16,17;Is 1:16.Diversos textos do novo testamento diferenciam o aspecto cerimonial da lei e apontam para seu cumprimento em Cristo (e.g,Marcos 7:19 ; Ef 2:14 - 15; Hb 7: 26 - 28 ; 9: 9 - 11;10:1,9).O aspecto Moral da lei :Exemplos: Rm 8: 1 - 3; Rm 3: 31;Rm 6 ;1 Co 5;1 Co 6: 9 – 20 Objetivos da lei:Exemplos: Gl 3: 19;1 Tm 1: 8 - 11; Gl 3: 22 - 24;João 14:15;João 15:10;1 João 3:9;1 João 4:16 - 19.Ministério do Espírito Santo:Exemplos At 1: 4 - 8; Is 63: 10 - 14 ;Nm 27:18; Jz 3:10; Êx 31: 1 - 6; Jz 13: 25; Jz 14:6 ; Jz 15:14;1 Sm 10: 9-10; Sl 51:11;1 Pe 1: 10 - 12;2 Pe 1: 21;Ag 2:5; Lc 1:15;Lc 1: 67 - 69;Lc 2: 25 - 27;João 14:17;João 20:22;João 7: 39;João 14: 26.

 

Outros fatores.

 

Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a edificação na justiça.Ex.: 2 Tm 3:16 – 17.

 

 

 

 

 

7º.2 INTRODUÇÃO A HERMENÊUTICA – II

 

 

 

 

INTRODUÇÃO HERMENÊUTICA ESPECIAL.

É o estudo das regras que se aplicam a gêneros específicos, como parábolas, alegorias, tipos e profecia.

MÉTODOS Literários Especiais - Figuras de Linguagens SÍMILE.

È uma comparação expressa: È típico o emprego das palavras semelhante ou como (e. g, O reino dos CÉUS é semelhante).

Metáfora.

 

È uma comparação não expressa; ela não usa as palavras semelhantes ou como. O sujeito é a coisa com a qual ele é comparado estão entrelaçados. Jesus usou metáforas quando disse :Eu sou o pão da vida e Vós sois a Luz do Mundo.Tanto nos símiles como nas metáforas por causa de sua natureza compacta, o autor geralmente tem em mira acentuar um único ponto (e.g, que Cristo é a fonte de sustentação de nossa vida espiritual, ou que os Cristãos devem ser exemplos de vida piedosa num mundo Ímpio).Podemos entender a Parábola como um SÍMILE ampliado. A comparação vem expressa e o sujeito e a coisa comparada, explicados mais plenamente, mantêm-se separados. Por semelhante modo pode- se entender a Alegoria como uma metáfora ampliada,a comparação não vem expressa e o sujeito e a coisa comparada acham- se entrelaçados. Geralmente a Parábola tem prosseguimento mantendo a história e sua aplicação distintas: em geral, a aplicação acompanha a história. As Alegorias entre mesclam a história e sua aplicação, de sorte que a alegoria traz em seu conteúdo sua própria interpretação.Os provérbios podem ser considerados ou como parábolas condensadas ou como alegorias condensadas.O foco geral do livro de provérbios é o aspecto moral da lei – regulamentos Éticos para a vida diária redigidos em termos universalmente permanentes. Os focos específicos incluem sabedoria,moralidade, castidade, controle da língua, associações com outras pessoas, indolência e justiça.Os provérbios têm em geral, um único ponto de comparação ou principio de verdade para comunicar Ex.: (Provérbios 31:14)A finalidade das Parábolas. A primeira é revelar verdade aos crentes (Mateus 13: 10 - 12 ;Marcos 4: 11; 2 Samuel 12: 1-7).O segundo objetivo. A parábola oculta a verdade daqueles que endurecem o coração contra ela. (Mateus 13:10-15; Marcos 4:11-12, Lucas 8:9 - 10).

 

Tipos.

 

A palavra grega tupos, da qual se deriva à palavra tipo, tem uma variedade de denotações no Novo Testamento. A idéia básica expressa por tupos e seus sinônimos são os conceitos de parecença, semelhança e similaridade. A seguinte definição de tipo desenvolveu- se de um estudo indutivo do uso bíblico deste conceito: tipo é uma relação representativa reordenada que certas pessoas, eventos e instituições têm como pessoas, eventos e instituições correspondentes, que ocorrem numa Época posterior na história da salvação. Provavelmente a maioria dos teólogos evangélicos concordaria com esta definição de tipologia bíblica. Um exemplo notório de um tipo bíblico encontra-se em João 3:14 - 15, onde Jesus diz: E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.

 

Jesus ressaltou duas semelhanças:

 

(1) o levantamento da serpente e dele próprio, e

 

(2)  vida para os que responderam ao objeto do levantamento. Os tipos assemelham-se aos símbolos e podem até ser considerada uma espécie particular de símbolo. Contudo, existem duas características que os diferenciam. Primeira, os símbolos servem de sinais de algo que representam, sem necessariamente ser semelhantes em qualquer respeito, ao passo que os tipos se assemelham de uma ou mais formas às coisas que prefiguram. Por exemplo, o pão e o vinho são símbolos do corpo e sangue de Cristo; os sete candeeiros de ouro (apocalipse 2:1) são símbolos das igrejas da Ásia. Não há similaridade necessária entre o símbolo e o objeto que ele simboliza, como há entre o tipo e seu antítipo. A prefiguração é chamada tipo; o cumprimento chama-se antítipo. Segunda, os tipos apontam para o futuro, ao passo que os símbolos podem não fazê- lo. Um tipo sempre precede historicamente o seu antítipo, ao passo que um símbolo pode preceder, coexistir, ou vir depois daquilo que ele simboliza.A tipologia deve, também se distinguir do Alegorismo. A tipologia é a busca de vínculos entre os eventos históricos, pessoas, ou coisas dentro da história da salvação o Alegorismo é a busca de significados secundários e ocultos que sublinham o significado primário e Óbvio da narrativa histórica. A tipologia repousa sobre uma compreensão objetiva da narrativa histórica, ao passo que alegorização introduz na narrativa significados objetivos.

 

Classificações dos tipos:

Pessoas típicas.

 

 

 

 

São aquelas cujas vidas demonstram algum importante principio ou verdade da redenção. Adão é mencionado como tipo de Cristo (Rm 5:14): Adão foi o principal representante da humanidade caída, enquanto Cristo o é da humanidade redimida.Ao contrário da Embase ao individuo em nossa cultura, os judeus identificam-se antes de tudo como membros de um grupo. Por isso, não é raro encontrar um representante falando ou atuando pelo grupo inteiro. Figura representativa - refere-se á oscilação de pensamento entre um grupo e um indivíduo que representa esse grupo, e era uma forma hebraica de pensamento comum e aceita. Por exemplo, a figura de Mt 2: 15 (Do Egito chamei o meu Filho) refere-se a Os 11:1, na qual o filho se identifica com a nação de Israel. Em Mateus foi o próprio Cristo (como representante de Israel) que foi chamado do Egito, por isso as palavras primitivas aplicavam-se a ele. Alguns dos salmos também vêem Cristo como representante de toda a humanidade.Os eventos típicos possuem uma relação analógica com algum evento posterior. Paulo usa o juízo sobre o Israel incrédulo como advertência tipologia aos cristãos a que não se engajassem na imoralidade (1 Co 10: 1 - 11). Mt 2: 17 - 18 (Raquel chorando por seus filhos assassinados) é mencionado como analogia tipologia da situação nos tempos de Jr (Jr 3l:15). Nos dias desse profeta, o acontecimento envolveu uma tragédia nacional; no tempo de Mateus, uma tragédia local. O ponto de correspondência era a angústia demonstrada em face da perda pessoal.Instituições TÍPICAS são práticas que prefiguram eventos posteriores de salvação. Disto temos exemplo na expiação mediante o derramamento de sangue de cordeiros e mais tarde pelo de Cristo(Lv 17:11 ; cf. 1 Pedro 1:19 ). Outro exemplo È o Sábado como tipo do descanso eterno do crente.Cargos ou ofícios típicos incluem Moisés, que em seu oficio de profeta (deuteronômio 18:15), foi um tipo de Cristo ; Melquisedeque (Hb 5:6 como tipo do sacerdócio contínuo de Cristo ; e Davi como rei.Ações típicas são exemplificadas por IsaÌas andando nu e descalço durante três anos como sinal ao Egito e à Etiópia de que em breve a Assíria os levaria nus e descalços (Is 20:2 -4). Outro exemplo de ação típica foi o casamento de Oséias com uma prostituta. Mais tarde ele a redime, depois de sua infidelidade,simbolizando o amor da aliança divina ao Israel infiel.

 

Profecia

 

Em ambos os testamentos, profeta é um porta-voz de Deus que declara a vontade de Deus ao povo.

 

A profecia refere-se a três coisas.

 

(1) Predizer eventos futuros (e.g., Ap 1:3, 22: 7,10 ;João 11:51)

(2) Revelar fatos ocultos quanto ao presente. ( Lucas 1:67-79;Atos 13: 6 - 12)

 

(3)  Ministrar instrução, consolo e exortação em linguagem poderosamente arrebatada ( e. g, Amós; Atos 15:32; 1 CorÌntios14:3,4,31 ).

Literatura Apocalíptica

 

Esta palavra nos vem do grego apokalupsis (encontrada em Ap 1:1), que significa desvendar ou revelar. O foco primário da literatura apocalíptica é a revelação do que esteve oculto particularmente com relação aos tempos do fim. A tendência do gênero apocalíptico é conter mais simbolismo, essencialmente animais e de outras formas vivas.(1 o) O escritor escolhe um homem importante do passado (e.g.,Enoque ou Moisés) e faz dele o herói do livro.2o ) Este herói freqüentemente empreende uma viagem, acompanhado por uma guia celestial que lhe mostra vistas interessantes e comenta-as.3o ) Muitas vezes a informação é comunicada por meio de visões. (4 o ) As visões com freqüência, fazem uso do simbolismo estranho e até enigmático.5o ) Vez por outra as visões são pessimistas com relação à possibilidade de que a intervenção humana melhore a presente situação.6o ) De modo geral as visões terminam com a intervenção divina levando o presente estado de coisas a um final cataclísmico e estabelecendo uma situação melhor.7o ) O escritor apocalíptico muitas vezes usa seu pseudônimo, alegando escrever em nome do herói que, ele escolheu.8o ) É freqüente o escritor tomar história passada e reescrevê-la como se fosse profecia.9o ) O foco da literatura apocalíptica está no consolar e sustenta remanescente justo.As seções apocalípticas de fato ocorrem nos livros canônicos,de modo mais notável em Dn (capítulos 7 - 12) e no Ap. (Mt 24 -25 e paralelos) - contém elementos apocalípticos.

 

A Tarefa do Ministro

 

O pregador é um ministro da Palavra de Deus... Sua tarefa fundamental é ministrar a verdade de Deus. Exemplos (Lc 1:2 ;Atos 1:8 ; 1 Tm 5:17; 2 Tm 2:2; 2 Tm 4:2; 1 Pe 5:1).O Servo de Cristo do Novo testamento não era livre para pregar conforme lhe aprouvesse, mas era obrigado a pregar a verdade do Cristianismo, pregar a palavra de Deus, e ser testemunha do evangelho. Ex.: (2 Pe 1: 21 ).A pregação expositiva começa com determinada passagem e investiga-a, empregando o processo que temos rotulado de análises Histórico-Cultural, Contextual, Léxico-Sintática, Teológica e Literária. Seu enfoque primário é uma exposição do que Deus tencionava dizer nessa passagem. Levando a uma aplicação desse significado na vida dos cristãos de nossos dias.·Sermonar começa com uma idéia na mente do pregador – um problema social ou político, mas pertinente, ou uma introspecção teológica ou psicológica - e amplia esta idéia num sermão. Como parte do processo, acrescentam-se textos bíblicos aplicáveis, à medida que vêm à mente ou conforme

 

 

 

 

encontrados com o auxilio de recursos de estudo. O enfoque básico deste método é a elaboração de uma idéia humana em formas coerentes com o ensino geral da BÍBLIA nessa área. À pregação tópica começa pela seleção de um tópico relacionado com a Escritura de uma forma ou de outra (e.g., temas bíblicos,doutrinas, personagens da BÍBLIA). Se o sermão é preparado pela seleção de passagens bíblicas pertinentes e pelo desenvolvimento de um esboço baseado em exposição dessas passagens,esta pregação poderia denominar-se Tópico-expositivo. Se o esboço do sermão se desenvolve mediante idéias que vêm à mente do pregador e em seguida são corroboradas pela ligação com um versículo bíblico pertinente, poderíamos dar a esta pregação o título de tópico sermonal. A maioria dos sermões pregados hoje em dia parece ser da variedade tópico-sermonal ou Sermonar. Se a proporção da pregação expositiva para a sermonal serve de indicação, a maioria das escolas de teologia parece não estar preparando seus alunos nas técnicas necessárias á pregação expositiva como uma alternativa para o sermonar.

 

8º INTRODUÇÃO A HOMILÉTICA( A Arte de Pregar) INTRODUÇÃO

Homilética é a arte de pregar, não deve ser algo apreendido somente por pastores, existe uma grande necessidade do leigo ter conhecimento desta arte já que é possível também àqueles que não tiveram a oportunidade de estudar numa instituição teológica.Todos aqueles que pregam a Palavra de Deus tem condições de melhorar ainda mais suas mensagens.Homilética é a ciência e a TÉCNICA de comunicar ou expor a mensagem bíblica. A palavra vem do grego HOMILIA, que significa persuasão, falar, etc. Assim sendo, muitos definem a Homilética como A arte de Pregar. Pregador - As escrituras sagradas, por sua vez, afirmam que cada Cristão deve ser um pregador, pois o anúncio do Evangelho é missão de todos quantos se comprometem com Jesus Cristo( Mt 28: 18 - 20, Mc 16: 15).Por outro lado nos deparamos com os dons espirituais (Rm 12: 6 - 8, 1 Co 12: 4 -7, Ef. 4 : 11- 13), ns quais podemos destacar o de profetizar (1 Co 14: 3)ligado diretamente ao Ministério da Palavra. A palavra Profetizar no Novo Testamento significa anunciar a Palavra.

 

Aspectos da Pregação de Jesus.

 

a) Falou por parábolas (Mt 13:34),

 

b) Explicou as Escrituras (Lc 4: 16 - 21),

c) Repreendeu o sistema pecaminoso da Época ( Jo 8: 43 -47),

 

d) Transformou a palavra em ação, com poder ( Mc 2: 9 -12),

e)Profetizou sobre si mesmo ( Jo 2: 19),

 

f) Profetizou sobre o fim dos tempos( Mt 24: 4 - 13).

A Preparação Espiritual.

 

O pregador é acima de tudo uma testemunha (At 1: 8). Antes de sair para pregar a outros é necessário poder dizer como o apóstolo Paulo : Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele È poderoso para guardar o meu tesouro até aquele dia (2 Tm 1:12).ó

 

Os três grandes testemunhos dos Cristãos são:

a) O testemunho da palavra

 

BÍBLIA deve ser a única regra de fé e prática daquele que tenciona pregar a Palavra de Deus. b) O testemunho da conduta.

A conduta do homem que nasceu de novo não é a mesma que era antes do seu encontro pessoal com Cristo ( 1 Co 6: 9 -11, 2 Co 5:17 ).

c) O testemunho do espírito.

 

O cristão é uma pessoa que nasce do espírito (Jo 3: 5 - 8). O Espírito Santo atua na vida do cristão capacitando-o para fazer a obra de Deus (Gl 4: 6,7 ; Ef 1: 13,14).

BÍBLIA.

BÍBLIA é o Manual do Pregador, o pregador deve amar a Palavra de Deus ( Sl 119:97) e saber que ela é a verdadeira

 

espada do Espírito (Ef 6: 17).Foi usando a Palavra de Jesus,que venceu o tentador (Mt 4: 1-11). É a Palavra de Deus que garante a prosperidade em todas as coisas (Sl 1: 2,3). Aos que têm dificuldade em ler ou estudar a BÍBLIA:

 

1. Leia alguma coisa todos os dias.

2. Defina um plano de leitura.

3. Marque sua BÍBLIA.

 

4. Memorize alguns versículos.

 

5. Pratique a Oração.

Preparo da Mensagem.

 

 

 

 

Uma boa mensagem é objetiva desde o começo até o fim, ou seja, um bom sermão obedece a um tema desde a introdução até a conclusão. Todo pregador que se preza não sobe no púlpito sem um pedaço de papel com suas anotações para serem lembradas no momento certo. Neste papel deve constar toda a divisão do sermão, ao qual chamamos de esboço.

Sermão.

três condições essenciais para uma boa disposição de um sermão.

 

1. A unidade - Para que haja, uma unidade no Sermão destacamos a importância do tema. Um bom sermão deve explorar apenas um só tema.

2. A organização - Organizar um sermão significa admitir as partes que são vitais para o tema e combinar as partes de tal maneira que possam ajudar a compreensão e dar expressão ao texto.

A organização clássica do sermão se faz da seguinte maneira:Texto - é um versículo, uma parábola, um mandamento ou qualquer porção da BÍBLIA que serve de base ao sermão.Tema - é a verdade central do texto ou do assunto do pregador. Introdução - é o comentário inicial do pregador antes de entrar no corpo do sermão propriamente dito. Corpo (Tópicos) - o Corpo do sermão se apresenta com divisões ou tópicos. Conclusão - é exatamente aonde o pregador quis chegar com o tema. O pregador tem que levar o público a tomar uma posição ao final da mensagem, e este apelo é feito dentro do assunto ou tema o qual transcorreu a pregação. Um sermão bem estruturado tem começo, meio e fim, obedecendo a uma lógica durante todo o tempo.3.A Ordem dos assuntos - Uma boa ordem no corpo do sermão depende de quatro coisas:

 

Uma ordem nas divisões.

 

Por exemplo, em um sermão com quatro divisões, os itens devem estar arrumados de tal maneira que correspondam às expectativas do pregador. Se for um sermão evangelístico, a divisão que fala mais profundamente à vontade dos ouvintes deve estar em último lugar. Exemplo:

 

1. O amor de Deus é universal

 

2. O amor de Deus é singular

3. O amor de Deus é sacrificial

 

4. O amor de Deus exige uma entrega.

Boas transições de um pensamento a outro.

 

De uma divisão a outra deve haver uma boa transição. Não se deve usar, por exemplo, em um sermão, três ou quatro divisões nas quais uma nada tenha a ver com a outra. Isso é possível, mas não é aconselhável.

Um exemplo errado:

1. A benção da Palavra de Deus

 

2. A benção do Espírito Santo

3. A benção da cura divina.

O uso do tempo presente.

 

Isso garante a atualidade da mensagem e faz com que os ouvintes de identifiquem melhor com o texto.

Dois exemplos, um certo e outro errado: Tema : O Amor de Deus ERRADO

1. De tal maneira

2. Ao mundo

3. Que deu seu filho CERTO

 

1. O amor de Deus é singular

 

2. O amor de Deus é universal

3. O amor de Deus é sacrificial.

A eliminação de material alheio. Á mensagem.

 

se refere habilidade de selecionar bem o assunto do sermão de forma a eliminar o que não È tão importante. Isso evita sermões cansativos e quilométricos. Não é pelo muito falar que seremos ouvidos.Tema - ou verdade central da mensagem é a coisa mais importante para o pregador. Os temas devem ser bíblicos.

Os pontos de vista mais proveitosos para a discussão de temas bíblicos são os seguintes: 1.O Ponto de vista do significado.

Por ex.: em (Mt 4: 17) Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer : Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus. Apresenta o dever do arrependimento.Tema:

O Significado do arrependimento

I. O arrependimento significa mudança de opinião a respeito do pecado (Jo 42:56).

 

 

 

 

II. O arrependimento significa mudança de sentimento a respeito do pecado (2 Co 7: 9,10). III. O arrependimento significa mudança de vontade com relação ao pecado (Mt 21: 28,29).

 

2. O Ponto de vista das razões que apóiam o tema.

 

Alguns textos tem um tema tão claro que seu significado não necessita de explicações. Por ex.: (2 Co 9:7), o apóstolo Paulo nos diz que Deus ama ao que dá com Alegria. Dessa afirmação podemos perguntar: Por que Deus ama ao que dá com alegria ? O esboço vai abordar as razões pelas quais Deus ama ao que dá com alegria.Tema: Por que Deus ama ao que dá com alegria.

I. Deus ama ao que dá com alegria porque este demonstra a sinceridade do seu amor (2 Co 8:8) II. Deus ama ao que dá com alegria porque este estimula a liberalidade de seus irmãos (2 Co 9:2).

 

III. Deus ama ao que dá com alegria porque este alivia a necessidade do seu próximo (2 Co 8: 13 - 15, 9: 12).

 

IV. Deus ama ao que dá com alegria porque este glorifica o nome do seu Senhor ( 2 Co 9: 13 -15).Cada afirmação do esboço é complementada com um versículo bíblico.

O porquê de um mandamento ou de uma atitude nos dá subsídios importantes para anunciar a Palavra de Deus.

 

3. O Ponto de vista dos meios para executar ou evitar determinada ação.

 

A palavra chave para entender esse ponto de vista é como? Por exemplo no (Sl 126; 5,6) lemos o seguinte ; Os que semeiam com lágrimas, com cânticos de júbilo segarão.Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos.Texto (Sl 126: 5,6).

 

Tema : Como realizar um avivamento: I. É necessária ação - Verbos sair e semear

 

II. É necessária compaixão - Em lágrimas, chorando. III. É necessária instrução - Levando a semente.

 

4. O Ponto de Vista das Causas.

 

em (Ap 3: 14 -22) temos uma mensagem dirigida a Igreja em Laodicéia. O tema central é o seguinte:Cristo condena a indiferença espiritual. Perguntamos -quais as causas da frieza espiritual daquela igreja? Os versículos,18,20,21 e 22 respondem à pergunta.Texto : (Ap 3: 14 -22) Tema :

 

As causas da indiferença espiritual.

 

I. Desmedida preocupação com as coisas materiais. II. Menosprezo da comunhão com Cristo.

 

III. Falta de preocupação a respeito da vida eterna. IV. Confiança demasiada em si própria.

 

5. O Ponto de Vista dos efeitos.

 

Podemos também pensar nas conseqüências ou nos efeitos de um mandamento bíblico, considerando-se os positivos e negativos.Texto : Jz 13 a 16. Tema : O desastre do Domínio Carnal.Quando um filho de Deus se deixa dominar pela carne...

I. Rompe-se a sua comunhão com Deus. II. Sobrevém-lhe a cegueira espiritual. III. Submete-se à escravidão do pecado.

 

IV. Expõe- se ao engano do mundo pecador. V. Perde o desejo de viver.

6. O Ponto de vista do conteúdo do texto.

 

A partir do texto,encontramos uma infinita variedade de possibilidades para organizar nossos pensamentos de acordo com o conteúdo do texto.Texto (Mc 4: 35-41)Tema: Uma noite com Jesus

I. Desta experiência aprendemos que o discípulo deve sempre obedecer ao seu Senhor.

II. Aprendemos que a obediência a Cristo envolve o discípulo livrando-o de grandes tempestades.

 

III. Aprendemos que as tempestades proporcionam um conhecimento mais Ìntímo e profundo com nosso Salvador.

 

Classificação dos Sermões: 1.Sermão Temático.

 

È aquele cujas divisões derivam do tema,independente do texto. O sermão temático inicia com um tema e suas partes principais consistem em idéias sobre o tema. Ex.:Tema: O Jovem nos Dias de Hoje. (Ecl 12:1)

I. é influenciado pela Tecnologia Moderna. II. é influenciado pelas Filosofias Modernas.

 

III. é influenciado pela Religiosidade Moderna.

 

 

 

 

Tema: As responsabilidades do Cristão.(2 Tm 3:14)

I. A responsabilidade com a Palavra.

 

II. A responsabilidade com a Igreja.

III. A responsabilidade com o Testemunho.

 

Tema: Orai sem cessar (1 Ts 5: 17).

I. O significado da Oração:

 

a) é dependência do Homem para com Deus

b) é sintonia entre o Homem para com Deus.

 

c) é adoração do Homem a Deus.

II. Os motivos da oração:

 

a) A oração por si mesmo.

b) A oração pelas necessidades espirituais da Igreja.

 

c) A oração pelos enfermos.

d) A oração pelos incrédulos.

III. As possibilidades da Oração:.

 

a) é possível em qualquer lugar

 

b) é possível a qualquer hora

c) é possível a qualquer pessoa.

Sermão Textual

 

Enquanto o sermão temático tem as suas divisões voltadas para o tema, o sermão textual tem tanto o tema quanto as suas divisões voltadas para o texto. No sermão temático divide-se o tema, no sermão textual divide-se o texto.Ex.:

 

Tema : A carne e o Espírito (Rm 8:13)

 

I. Um alerta divino :Se viverdes segundo a carne

II. Uma conseqüência gloriosa: Certamente morrereis

 

III. Um apelo divino : Se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo IV. Um resultado glorioso : Certamente vivereis.

Tema : O que são os Cristãos Diante de Deus ? (1 Pe 2:9) I. Raça eleita

II. sacerdócio Real III. Nação Santa

 

IV. Povo de propriedade exclusiva de Deus.

Sermão Expositivo.

 

Para podermos distinguir a diferença entre o sermão textual e o expositivo tem que primeiro saber defini-los: O sermão textual é aquele em que as divisões derivam de uma breve porção bíblica, enquanto que o sermão expositivo provém de uma porção mais ou menos extensa da BÍBLIA. É uma exposição completa de um trecho bíblico. Ex.:Tema : A Oração Sacerdotal de Cristo (Jo 17 : 1 -26).

I. Os motivos da Oração por si próprio.

 

1) O Pedido de Glorificação (Vs. (1,5).

 

2) O Reconhecimento de Sua Autoridade (V.2)

3) A definição de Vida Eterna (V.3)

 

4) A missão Cumprida (V.4).

V. Os motivos da Oração pelos discípulos.

 

1) Os discípulos eram vidas que lhe pertenciam. (V.6).

2) Os discípulos eram conhecedores da Palavra.(V.8).

 

3) Os discípulos creram no Filho de Deus.(V.8).

4) A proteção amorosa divina.(V.11).

 

5) Os discípulos não eram do mundo.(V.14).

6) O Ódio do mundo contra os discípulos (V.14)

 

7) A santificação dos discípulos (Vs. 17-19).

8) Os futuros discípulos (V.20).

 

9) A união dos discípulos com Deus (Vs. 21 -23).

10)Um lugar garantido na gloria. (V.24).

 

 

 

 

11) A continuação da Obra. (V.26).

Ilustrações.

 

Podemos extrair ilustrações da História, ciência,experiências do cotidiano, etc. Entretanto, o pregador não deve transformar-se um mero contador de estórias. As ilustrações não devem de maneira nenhuma, por mais interessantes que sejam,substituir a Palavra de Deus. Não se deve, em hipótese nenhuma,ocupar o tempo todo da mensagem com ilustrações.Se o pregador vai dividir o seu sermão em três tópicos, e costuma usar uma média de meia hora para a sua pregação, possivelmente uma ilustração rápida para cada tópico.

Conselhos Práticos no Preparo da Mensagem.

 

1) Leia muitas vezes o texto.

2) Reproduza o texto com as suas próprias palavras.

 

3) Observe os contextos imediato e remoto.

4) Pesquise a circunstância histórico-cultural.

 

5) Anote particularidades.

6) Faça o esboço.

 

7) Selecione Ilustrações.

8) Determine uma conclusão especifica ao assunto proposto.

 

9) O pregador deve variar o tom de sua voz ao pregar do púlpito o seu sermão, para não se tornar desagradável ao ouvido do auditório.

9º INTRODUÇÃO A FILOSOFIA (E a Arte da Sabedoria) INTRODUÇÃO

DEFINIÇÃO.

 

Os gregos denominavam (sofia) a sabedoria e (sofos) os sábios.… lugar comum atribuir a Pitágoras IV a.C, o termo filosofia de(philo) amante e (sofia) sabedoria. Pitágoras dizia que os filósofos seriam uma terceira classe à mais nobre, não procura aplausos nem lucro, porém (ali está) para observar atentamente o que se faz e como as coisas se passam. Esses homens s„o chamados estudiosos (ou amigos da sabedoria).Somente na Grécia que a Filosofia adquire existência autônoma,distinguindo-se explicitamente da religião.A filosofia e a Teologia: A filosofia é a mais alta das ciências humanas,isto é das ciências que conhecem as coisas pela luz natural da razão. Há entretanto, uma ciência acima dela. A supor que exista de fato uma ciência que seja no homem uma participação da ciência própria de Deus, esta ciência, evidentemente será mais alta do que a mais alta ciência humana. Ora, È o caso da Teologia. A ciência de Deus; a ciência que podemos naturalmente adquirir só pelas forças da razão e que nos faz conhecera Deus, como autor da Ordem natural é uma ciência filosófica a partir do ponto culminante da Metafísica - chamada Teologia Natural.Todavia, os princípios da Filosofia são independentes da Teologia, pois os princípios da Filosofia são as verdades primeiras cuja evidencia se impõe por si mesma à inteligência, enquanto os princípios da Teologia são verdades reveladas por Deus. Para Platão a palavra filosofia adquire o sentido de saberes racionais, reflexivos saber adquirido mediante o método dialético. (dialética) Para Aristóteles a Filosofia consiste em todas as coisas que o homem conhece e o conhecimento dessas coisas. Desde Aristóteles emprega-se a palavra filosofia com o sentido de totalidade do, conhecimento humano. A filosofia até então englobava as coisas divinas e humanas.Na Idade Média, a Filosofia designa todo o conhecimento menos o de Deus que era objeto da Teologia.Na idade Moderna, a partir do século XVII começa a dividir-se o campo da Filosofia, constituindo-se a Matemática, a FÍSICA, a Biologia, até as mais modernas, como a cibernética.O método filosófico até Descartes se apóia depois de obtida uma intuição (afirmação, proposição ou tese ) para verificar-lhe a verdade ou a falsidade. (A dúvida metódica).Assim se diz discursivo o raciocínio que atinge a conclusão ou a procura por meio de operações intermediárias.Ex.: Os homens sensatos s„os bem sucedidos, ora, o Presidente é um homem sensato; logo, será bem sucedido. É uma dedução -por meio de duas proposições (premissas) atingimos uma conclusão. Ex.: A Terra é um planeta e não tem luz própria, Marte também o é, assim como Vênus, Saturno, Urano ; logo, os planetas não têm luz própria. É uma indução - mediante uma série de conhecimentos parciais chegamos a um conhecimento geral. Para muitos filósofos modernos o único método da filosofia é o intuitivo, qualquer outro falsearia a verdade.A mais ampla totalização filosófica é o hegelianismo. Nele o saber é aleado à sua dignidade mais eminente: ele não se limita a visar ao ser de fora, ele o incorpora a si e o dissolve em si mesmo: o espírito se objetiva, se aliena e se retoma incessantemente, se realiza através de sua própria história. O homem se exterioriza e se perde nas coisas, mas toda a alienação é superada pelo saber absoluto do filósofo. É certo que se pode puxar Hegel para o lado do existencialismo. Para Hegel o trágico de uma vida é sempre superado. É perfeitamente exato que Hegel marca profundamente a unidade e a oposição entre a vida e a consciência. Na linguagem da semiologia moderna para Hegel o Significante (a um momento qualquer da história) e

 

 

 

 

o movimento do espírito (que se constituir· como Significante-Significado e Significado -Significante, isto é, absoluto-sujeito), o Significado é o homem vivo e sua objetivação.A filosofia divide-se: em Lógica, em Metafísica, Cosmologia, Psicologia e Ética, e geralmente estudam esses assuntos, que posteriormente serão definidos.

 

ESCOLAS FILOSÓFICAS

 

A filosofia grega, segundo o testemunho de Aristóteles, só começa com Tales de Mileto um dos sábios ou gnómicos que viveram nos séculos VII e VI a.C,.Estes sábios reunidos em número de sete pela tradição, dos quais, porém temos listas variadas que os Antigos nos legaram propunham-se, em 1º lugar, melhorar os costumes dos seus concidadãos; algumas de suas sentenças que Platão nos relata no Protágoras, limitam-se a enumerar lições práticas resultantes de sua experiência de vida; eram homens de ação, legisladores ou moralistas; eram prudentes mas ainda não filósofos. Somente Tales, entre eles, abordou os estudos especulativos.

Período de Elaboração (Os filósofos pré-socrático). Escola Jônica.

 

A razão humana que se resolve a investigar, só com os seus próprios meios, os princípios e as causas das coisas.Pensam na matéria, uma causa material, considerava suficiente para explicar tudo.Desde então Tales (623 - 546) a.C, atribui às águas primordiais a origem de todas as coisas, afirmará que a água é a substância única, permanecendo sempre a mesma em todas as transformações dos corpos. Para Anaxímenes (540 -475 ?) a. C. È o fogo,para Anaximandro (610 - 547) a. C. È o infinito (no sentido de indeterminado). água, ar, fogo, e infinito são tidos, por algo de ativo, de vivo, de animado, que uma força interior torna capaz de fecundidade multiforme e sem limites.Por esta escola Jônica tão primitiva, chamada hilozoÌsta porque atribui a vida, à matéria, vemos que se deve tomar pelo que há de mais rudimentar em filosofia, doutrinas tais como os monismos materialistas, que ensina a existência de uma única substância material, o evolucionismo (Spencer e Darwin) que pretende explicar todas as coisas pelo desdobramento histórico, o desenvolvimento ou a evolução de qualquer coisa preexistente.Para Heróclito 500 a. C físico ou filósofo da natureza sensível.Esta realidade é a mutação ou a Virá a ser. Vê de tal modo mudarem-se as coisas, que proclama ser tudo mudança.Não tocamos duas vezes o mesmo ser, não nos banhamos duas vezes no mesmo rio. No momento que levamos am„o sobre a coisa, está já cessou de ser o que era. O que È,muda, pelo fato de ser. Nós entramos e não entramos no mesmo rio, somos e não somos.Se não esperais o inesperado dizia ele não chegareis, à verdade, que È difícil de discernir e que È apenas acessível.Em conseqüência todas as coisas a seu ver, são diferenciações produzidas pela discórdia ou pela guerra - de um principio único etéreo,vivo e divino. Desde o principio, vimos aparecer a manifesta necessidade que leva ao Monismo (doutrina que faz de todas as coisas um único ser) e ao Panteísmo (Doutrina que confunde o mundo e Deus) toda a filosofia do vir a ser puro.

 

Escola Atomística.

 

(Demócrito de Abdera (470 - 361 ?) a. C.Espírito muito menos profundo e que procura as idéias fáceis, no fluxo de fenômenos sensíveis, algo de fixo e estável, mas, em vez de recorrer à inteligência vai buscá-lo na imaginação. A única realidade que reconhece é desse modo, qualquer coisa que,ultrapassando a percepção dos sentidos externos, vem toda via cair sob a imaginação - isto È a pura quantidade geométrica,como tal sem qualidades (sem cor, sem odor, sem sabor, etc.) e que, nas três dimensões, do espaço, só comporta a extensão.Tudo então dever· explicar-se, a seu ver, pelo cheio que ele confunde com o ser, e o vácuo, que confunde com o não-ser : o cheio é dividido em porções de extensão indivisíveis (átomos), que são separados pelo vácuo e eternamente em movimento e que, entre si, só se diferenciam pela figura, pela ordem, e pela situação e atribui à necessidade cega do acaso à ordem do universo, assim com a estrutura de cada ser, Demócrito é o fundador do atomismo, e de modo mais geral de filosofia chamada mecanicista que erige a Geometria em metafísica, reduz, todas às coisas a extensão e ao movimento e, pretende explicar, por um acervo de circunstâncias fortuitas,a organização das coisas.

 

Escola Pitagórica e Eleática.

 

Paralelamente à corrente filosófica Jônica os séculos VI e V a. C viram, correntes filosóficas: a pitagórica e a eleática. Pitágoras de Samos (572 - 500 a. C), fundador de uma sociedade filosófica e religiosa e política, que tomou conta do poder,em algumas cidades da Grande Grécia (Itália Meridional).A ciência dos números que lhe revelou essas realidades invisíveis,cuja ordem imutável domina e governa o curso do vir a ser,e daí por diante só conhece os números.Os pitagóricos acreditavam igualmente que o ciclo dos períodos cósmicos devia trazer eternamente,com longos intervalos, a volta de todas as coisas, que se reproduziam identicamente nos seus menores detalhes.A astronomia é uma das ciências que receberam, da escola pitagórica, notável desenvolvimento. Filolaos afirmando que a terra, o sol e todos os astros rodavam a volta de um misterioso centro do mundo ocupado pelo fogo. Vivendo e movendo-se na ciência dos números,

 

 

 

 

escreve Aristóteles eles juntaram e coordenaram todas as concordâncias que puderam observar entre os números e as harmonias de um lado, e os fenômenos celestes e o conjunto do Universo, de outro.

Eleática:

 

O filósofo mais profundo e o verdadeiro fundador da Escola Eléia (Itália Meridional) È ParmÍnides de Eléia (nascido em 540 a. C).Ultrapassando o mundo das aparências sensíveis e até o próprio mundo dos números e das formas ou essências metafísicas, alcança aquilo que, nas coisas È propriamente o objeto da inteligência Parmênides torna-se cativo do ser. Só uma coisa ele vê: o que é, e não pode deixar de ser, o ser é, o não-ser não é. Por conseguinte,foi o

 

1º filósofo que destacou e formulou o principio de identidade ou de não contradição, principio supremo de todo pensamento.

Escola sofistica.

 

A sofistica não é uma doutrina; È antes, uma atitude viciosa do espírito.Os sofistas desviam a ciência do seu objeto e subtraem -na à sua regra; os sofistas eram,pois, tudo menos sábios. Professores ambulantes que recolhiam honras e dinheiro, enciclopedistas,conferencistas, jornalistas. É que queriam as vantagens da ciência,sem querer a verdade. Sob este ponto de vista notabilizavam-se como racionalistas e sábios universais, davam explica ações falsamente claras para todas as coisas, e pretendiam reformar tudo - até mesmo as regras de gramática e o gênero de substantivos.Por isso interessavam-se de preferência pelas coisas humanas, que de todas são as mais complexas e menos certas,mas onde o homem pode realizar melhor sua ciência em poder e glória; na História, no Direito, na Política, na retórica. E passavam por professores de virtude.Nestas condições é natural que a única doutrina a que haja chegado a sofistica tenha sido o que chamamos o relativismo e o ceticismo. Protágoras de Abdera (480 - 410 a. C) declarava por exemplo, que o homem é a medida de todas as coisas,das que são enquanto são e das que não são enquanto não são, os que significavam ao seu ver que tudo é relativo às disposições do sujeito e que o verdadeiro é o que parece tal a cada pessoa.

 

Escola Socrática:

 

foi Sócrates (469 - 399 a. C) quem salvou o pensamento grego do perigo mortal em que o colocava a sofistica.Sócrates faz profissão de ignorância e ensina aos seus ouvintes a procurar somente a verdade. Toda a sua obra foi portanto,uma obra de conversão, procurou soerguer a razão, orientando-a para a verdade, isto é para aquilo para o qual ela foi feita.Sócrates retifica o pensamento filosófico, disciplina-o e impõe-lhe a investigação das essências e das definições.Sócrates também comparava-se a um aguilhão, encarregado de picar e acordar os atenienses e de forçar sua razão a um perpétuo exame de consciência: oficio que os atenienses deviam retribuir com a cicuta, oferecendo ao velho Sócrates, já perto do fim da vida, a mais bela morte que a sabedoria puramente humana pode condicionar.Seus discursos visavam principalmente ao problema da conduta da vida humana, ao problema da moral. Devo fazer só o que me é bom, e o que me é bom é o que me é útil, - verdadeiramente útil.Pelo duplo caráter, metafísico e cientifico, de seu ensinamento moral, Sócrates opõe-se fundamentalmente aos sofistas e pode ser considerado como o fundador da ciência moral.

 

Escola Platônica:

 

Platão nasceu em Atenas (426 ou 430 a. C). Platão aperfeiçoa o método de Sócrates e o transforma na Dialética, que se funda não em opiniões distintas, mas em uma opinião e sua critica,ou ainda de passar de conceito em conceito, de proposição em proposição até atingir os conceitos mais gerais e os primeiros princípios (República).Partindo- se de uma hipótese vai-se melhorando-a com criticas, e como é no diálogo que se aprimoram as idéias mediante afirmações,e negações, denominou Dialética o seu método.Verifica-se que a Dialética de Platão e a Maiêutica de Sócrates conservam o método de iniciar de uma hipótese ou idéia e melhorá-la por meio do diálogo.

 

Escola Aristotélica:

 

Aristóteles nasceu em Estagira (Macedônia 384 -322 a. C). Discípulo de Platão.Aristóteles desenvolve a Dialética platônica e a faz mudar de aspecto.Estuda e se fixa no movimento da razão intuitiva que por meio de contra posição, de opiniões vai passando de uma afirmação a outra e busca as leis por força das quais fazemos essa operação. Não se pode asseverar que Aristóteles seja o inventor da Lógica, pois Platão, na Dialética havia concebido uma lógica implícita, porém as leis do silogismo e suas figuras representam obra sua.O método de Aristóteles é a Lógica, que não mudou em seus aspectos essenciais até hoje. A filosofia para Aristóteles baseia-sena demonstração da prova uma afirmação que não está provada não é verdadeira ou pelo menos não sei se é ou não verdadeira.

A DIVISÃO DA FILOSOFIA

 

Lógica: ciência do raciocínio, ou, ainda, arte e ciência do pensamento. O Termo raciocínio pode apresentar dois sentidos: somente a dedução ou toda a espécie de inferências e, portanto dedução e indução. A lógica em sentido restrito limita-se ao raciocínio dedutivo, ao silogismo ; em sentido amplo, abrange a indução. A definição de Stuart Mill : Ciência das operações do espírito que concernem à estimação da prova, mostra a determinação do critério de evidencia, como

 

 

 

 

objetivo da Lógica e seu papel é expor as provas do verdadeiro e do falso, a fim de atingir a verdade,o que a liga intimamente ao processo.Ex.: Todo Gato È animal. Ora, vivente é animal. Logo, gato é ente.

Metafísica.

 

A Metafísica divide-se em, Teodicéia, Ontologia e critica.

 

Metafísica Teodicéia.

 

estuda o ser enquanto ser; mas por isso mesmo deve, estudar a causa do ser: eis a razão porque a sua parte mais elevada, que tem por objeto aquele que é o próprio ser subsistente chamam a esta parte da Metafísica – Teologia Natural (ciência de Deus enquanto ele é acessível à razão natural).

Metafísica Ontologia.

 

Como se divide o ser em todo domínio das coisas criadas ( divisão do ser em potencia e ato, essência e existência) quer do ponto de vista das diversas espécies de seres criados ( divisão do ser em substância e acidente).essência - objeto do pensamento considerado como tal, em 1º lugar. Aquilo que é. Ex.: Esta flor é branca. Existência - para tais sujeitos individuais é que nosso espírito se dirige em 1 o lugar. Ato de ser. Ex.: Pedro é alto, ri e mexe-se.(sujeito de ação).Como definir substância: Pedro, por exemplo existe como um todo e não como parte de um ser ou sujeito em que ele existiria.Sua natureza pelo contrário faz parte dele e existe nele, a natureza de Pedro existe em Pedro e faz parte de Pedro. A substância é uma coisa, ou uma natureza à qual convém existir por si ou em razão de si mesma e não em outra coisa.Acidentes - não é a substância fragmentada, ou substância diminuída. Consideramos os acidentes e os fenômenos como fragmentos de matéria encaixada num suporte. Portanto, a inteligência e a vontade são em nós coisas reais distintas a de nossa substância. O acidente é uma natureza ou essência à qual convém existir em outra coisa. Fenomenistas - não há substância; os acidentes que aparecem aos sentidos, ou à consciência (fenômenos) são a única realidade.(Sensualistas ingleses - Escola Neocriticista. Filosofia do Vir a ser puro). Potencia - É o determinável, o acabável ou perfectível como tal, não é um ser, mas capacidade real de ser. Ex.: A potencia de que falamos é puramente passiva, simples capacidade real de ser ou de vir a-ser à água está em potencia para ser gelo ou vapor.Ato - é o próprio ser no sentido próprio da palavra quanto à plenitude assim significada, ou ainda o acabado o determinado ou o perfeito como tal. Ex.: Desde o momento que um ser é efetivamente isto ou aquilo, e antes de tudo, desde o momento que existe, está em ato.

 

Critica.

 

Será então preciso, antes de estudar o próprio ser enquanto ser, estudar a relação do pensamento Humano com o ser. 1o - Chama-se de critica, porque se aplica a julgar o próprio conhecimento. A critica trata cientificamente, daquilo que é assim pressuposto, mostrando em que consiste a própria verdade do conhecimento e deixando ver, de modo reflexo, que o conhecimento verdadeiro, certo, cientifico é realmente possível.

 

Cosmologia:

 

O ser das coisas corpóreas no primeiro sentido da palavra corpo(Quantidade numérica).O movimento dos corpos que são movidos ou que s„o postos em movimento ( O infinito que se verifica na Astronomia - sentido de rotação e translação as posições das Constelações, o movimento do Sol e da lua, o norte, o sul, o leste e o oeste). Alem disso certas mudanças parecem estender-se a própria substância dos corpos, assim como na Química, quando se procede a síntese da água, o hidrogênio e o oxigênio ao combinar-se dão lugar a um novo corpo. Os Mecanicistas reduzem a substância corpórea à matéria, que confundem com a quantidade ou a extensão geométrica. O mundo físico fica privado de toda qualidade e de toda força, pois nele só, a extensão e o movimento local são reais; enfim, a união da matéria e do espírito, num ser como o homem, se torna completamente ininteligível.O Dinamismo que para muitos, a substância corpórea é reduzida, quer à unidade da ordem das formas puras e dos espíritos (Monadismo, Leibniziano), quer à força ou à energia.

 

Psicologia:

 

Se é a inteligência ou a razão que faz com que o homem seja homem, os problemas que dizem respeito à operação intelectual deverão dominar toda a ciência do homem. E se de fato o problema capital da Psicologia é o da origem das idéias : como explicara presença em nós mesmos destas idéias que nos servem para raciocinar sobre as coisas e pelas quais as coisas nos não são apresentadas sob um estado de Universalidade?O objeto como objeto de sensação ou de imagem e o objeto tomado em sua individualidade. Se, por conseguinte, o que conhecemos diretamente pelas nossas idéias não é individual, não é porque nossas idéias seriam justamente tirada por nós das nossas sensações e das nossas imagens, mas de maneira que não passe nelas absolutamente nada do objeto tal qual é como objeto de imagem ou de sensação.Conclusão: Nossas idéias, são tiradas ou abstraídas do dado sensível pela atividade de uma faculdade especial ( intelecto agente) que ultrapassa toda a ordem dos sentidos e que é como que a luz de nossa inteligência.

 

Ética:

 

 

 

 

Quando a ciência prática,que visa alcançar o puro e simples bem do homem ela constitui Moral ou Ética - (filosofia do agir), como tem por objeto próprio, não a perfeição das obras preparadas e produzidas pelo homem, mas a bondade ou a perfeição do próprio homem que age ou do uso que esta faz livremente de suas faculdades, ela é propriamente a ciência do agir.A Ética é prática tanto quanto uma verdadeira ciência propriamente dita pode ser prática, pois dá a conhecer não somente as regras supremas aplicáveis de muito longe, como também as regras próximas aplicáveis ao ato particular a ser cumprido. É pura e simplesmente a Filosofia prática.Com efeito, ela dá as regras próximas aplicáveis aos casos particulares, mas é incapaz de fazer com que as apliquemos sempre,como deve ser nos casos particulares, evitando as dificuldades provenientes de nossas paixões e a complexidade das circunstâncias materiais. A ciência moral deve ser acompanhada da virtude de prudência que se dela nos servimos, nos faz julgar sempre e bem o ato a se cumprir, e querer sem desfalecimento aquilo que assim for julgado.

 

10º INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA(É a ciência que investiga) INTRODUÇÃO

A sociologia é a ciência que investiga, fazendo uso de métodos e técnicas de pesquisa empírica ( isto é baseada na observação controlada dos fatos).Entende-se por fenômeno social aquele fato que não está meramente no interior da mente humana, mas se exterioriza na comunicação entre homens resultando pois dessa comunicação como algo novo.A sociologia pode ser divida em Sociologia geral e Sociologia aplicada.A sociologia geral: é a ciência mais geral do fato social. A sociologia aplicada: investiga áreas sociais parciais ( por ex.:Direito, política, economia, família, religião etc.).Todos os problemas da sociologia nos colocam diante de um fato que é tão acessível à nossa experiência quanto os fatos naturais do nosso ambiente. Este, È o fato da sociedade, do qual somos lembrados com tanta freqüência e de maneira tão intensa que há boas razões para chamá-lo o fato coercitivo da sociedade.A sociologia preocupa-se com o homem diante do fato coercitivo da sociedade.Devemos procurar os elementos de uma ciência que tem como seu objeto o homem e o fato da sociedade se cruzam.No Ponto em que o individuo e a sociedade se cruza situa- se o homo sociologicus, o homem como portador de papéis igualmente predeterminados.Grupo de referencia - os indivíduos orientam seu comportamento segundo a aprovação ou desaprovação de grupos, dos quais eles mesmos não fazem parte. Os grupos de referencia são grupos de fora funcionando como padrões de valores,eles constituem o quadro de referencia pelo qual uma pessoa avalia seu próprio comportamento e, o de outros.Normas e posições dos membros do grupo de referencia: Numa discussão teórica, então devemos distinguir claramente entre –

 

1º As normas fixas dos grupos de referencia, que são atribuídas ao ocupante de uma posição como expectativas do papel; 2º As opiniões dos membros dos grupos de referencia sobre estas normas que determinam sua legitimidade e a probabilidade de mudança;

 

3º O comportamento real dos atores de papéis.Para o conceito de papel social as normas só são relevantes no 1o sentido, como expectativas ; as questões sobre sua legitimidade o comportamento real das pessoas a quem se aplicam pressupõem o conceito de papel e só são significativas em termos deste conceito.

A função básica do processo Social é unir as posições e os homens.Os papéis sociais representam as exigências da sociedade aos ocupantes de posições sociais.O caráter obrigatório é a definição social das expectativas de papéis.Estrutura Social - definida pelas relações mais amplas da sociedade.Não posso definir quais são essas relações, na sociedade brasileira são umas, na sociedade francesa são outras etc.Essas relações mudam de tempo e espaço.Essas relações podem ser alteradas. No que altero essas relações, eu altero a Estrutura da Sociedade(Se eu alterar uma relação importante eu altero outras relações se acabo alterando a Estrutura da Sociedade).Eu não formo instituição de uma hora para outra; as normas vão se consolidando com a tradição,formando a norma.Dentre os grupos mais importantes na Estrutura Social, seriam os de longa duração.

 

Clã.

 

várias famílias de uma mesma descendência. (Pode Ter um grupo que persiste por várias gerações mas não tem importância para a sociedade).

Família.

 

È uma instituição, È a norma de valor que vamos concretizar. A constância de Estrutura está ligada com relações com parte de um todo.Quando analiso o todo, cada uma das partes tem que ter relacionamento com o todo, não se pode uma parte ser analisada isoladamente.Se cada uma das partes estiver satisfazendo esse todo, esse todo continuará a existir por mais tempo. Se a relação for coerente haver· uma continuidade, se não for coerente vai se desestruturar.

 

COERÇÃO:

 

Todo comportamento do homem só existe pela pressão da sociedade. O homem só age, quando ele está sendo pressionado,cada fato social é considerado isolado.Como Ex.: (Régles de 1895 - Durkheim descreveu os fatos sociais da

 

 

 

 

seguinte maneira: Se eu cumpro minhas obrigações como irmão, marido ou cidadão, se honro meus contratos, executo deveres que são definidos, fora de mim mesmo e de minhas ações, pela lei e pelo costume. Mesmo que estes deveres estejam de acordo com meus próprios sentimentos e eu sintasubjetivamente sua realidade, essa realidade não deixa de ser objetiva, pois eu não a criei ; eu simplesmente a herdei como um, resultado de minha educação. (Ensaios da Teoria da Sociedade- Ralf Dahrendor).

 

SANÇÃO SOCIAL.

 

O conceito de Sanção é aplicado, com freqüência exclusivamente a punições e reprovações no entanto, adotando o uso sociológico, nos o aplicaremos aqui num sentido mais amplos. Há sanções positivas assim como negativas : a sociedade pode conceder condecorações assim como, decretar ordens de prisão,conferir prestigio assim como, ridicularizar o comportamento inaceitável. No entanto, parece melhor neste contexto pensar). principalmente em termos de sanções negativas. Pode - se renunciara recompensas e rejeitar condecorações, mas escapar à força da lei ou mesmo da desaprovação social é difícil em todas as sociedades.Mas as leis e os tribunais não são de forma alguma, as únicas manifestações das expectativas de papéis e sanções. Em verdade pode ser declarado que o Âmbito de comportamento legalmente regulado aumenta com o desenvolvimento oficial.

 

INSTRUMENTO METODOLÓGICO DA SOCIOLOGIA.

 

A análise das estruturas de classes e das estratificações é um instrumento metodológico.

 

1º As estratificações sociais são universais e representam a distribuição desigual de direitos e obrigações numa sociedade.

2º Opiniões sobre o prestigio de determinadas posições sociais. 3º Toda estratificação representa uma hierarquia de valores.

 

4º Dentro de uma hierarquia: sua importância para a sociedade,isto é, sua função e o treinamento ou o talento necessário para ocupá- las. As funções principais com respeito ·s quais se estabelecem, seriam a religião, o governo, a riqueza, propriedade e trabalho, e o conhecimento técnico.

 

5º Investigações empíricas se tomam como Índices para o estabelecimento de sistemas:- o nível de renda- a riqueza- a educação- o prestigio da ocupação- a área residencial- a raça ou etnia.

6º Dois setores regionais, o setor rural e o setor urbano.

 

7º O indivíduo e o grupo social - escala de STATUS ou classes sociais, três classes sociais ( Alta, média e baixa).

 

8º Ordem econômica, representada pela classe. A ordem social representada pelo STATUS, e a ordem política, representada pela política.Cada uma dessas dimensões tem uma estratificação própria : a econômica, representada pelos bens e serviços que dispõe o indivíduo ; a social representada pelo prestigio e a honra que desfruta e a política, representada pelo poder que ostenta.

9º os meios de produção e as riquezas se encontram aqueles que não as possuem; que os que não trabalham com seus meios de produção empregam o trabalho assalariado de outros.A discriminação dos negros nos E.U.A ainda que se ignore no momento suas implicações econômicas, têm sua origem na escravidão.

10º Ideologias do sistema econômico.(Classes Sociais e Estratificação Social - Rodolfo Stavenhagen).

 

CONTATOS SOCIAIS.

 

A relação entre as pessoas é a dinâmica do comportamento das pessoas. Define as relações ideais com as relações esperadas, o comportamento ideal vária de pessoa a pessoa de região a região. Esse contato se realiza através da norma de ação (forma de agir, achar) através de meios de comunicação de expressão como a linguagem, e norma de expectativa (como você deveria agir); de uma forma mais ampla (Instituição).Os contatos sociais podem ser primários e secundários. Primário: A família é a instituição primária porque encontro em qualquer sociedade. A Educação básica também é primária. Secundário: A instituição 2 a deriva da primária; o casamento é secundário, necessariamente em certas sociedades não precisa deste ritual. Os secundários só se encontram em sociedades especificas. A Escola é instituição secundária.

 

ISOLAMENTO SOCIAL.

 

Isolamento, portanto, é a relação que, centrada num individuo,existe entre ele e um certo grupo ou uma vida de grupo em geral.Pode ser também uma interrupção, ou uma diferenciação periódica numa dada relação entre duas ou mais pessoas.Na medida em que é consciente, da parte do individuo representa uma relação muito especifica em face da sociedade. E, mais sua ocorrência - seja como causa, seja como efeito – caracterizam arcadamente a natureza tanto grandes grupos como relações muito íntimas.O isolamento adquire seu sentido unívoco e positivo na medida em que é considerado como um efeito da distância social (posição social).Isolamento é interação entre dois partidos, um dos quais

 

 

 

 

abandona a cena real, após haver exercido certas influencias, sobrevivendo e agindo em forma ideal no espírito do remanescente solitário.

O indivíduo isolado.

 

Quando se é estrangeiro, sem relações entre pessoas fisicamente próximas, tal como acontece em festas, num trem ou no movimento de uma grande cidade. Quando falamos de existências anti -sociais, tais como miseráveis, criminosos, prostitutas, suicidas etc., se referem às condições sociais.O mero fato de um individuo não interagir com outros não constitui,é claro um fenômeno sociológico ; assim como não exprime,também, a idéia integral de isolamento.

 

STATUS SOCIAL.

 

A competição tem a função de estabelecer o Status, várias observações feitas no reino animal demonstram que a função da competição e do conflito é estabelecer o Status dos disputantes e que isto se dá em termos de dominação e subordinação.

 

CONFLITO SOCIAL.

 

Quando os indivíduos lutam uns com os outros não somente para conseguir luxo e honrarias, mas também para satisfazer as próprias necessidades vitais, a competição leva facilmente a tensões,e as tensões ao conflito.Fatores que acentuam o conflito: Um deles È o sistema de classes abertas, que intensifica a competição, tornando cada homem um competidor potencial de todos os outros. Quando as classes são fechadas a competição se limita largamente aos membros de uma classe particular. Onde exista uma aristocracia, o status individual È em parte fixado pelo nascimento, mas nas sociedades cujas linhas que dividem as classes não estão claramente traçadas, o status social flutua de maneira muito mais pronunciada. Finalmente, o conflito aberto nos Estados Unidos é sustentado pelas tradições democráticas. Quando os indivíduos gozam direitos de liberdades, de palavra e de reunião, as possibilidades de conflito são maiores do que quando lhes faltam tais privilégios.Nos Estados Unidos, os operários podem entrar em greve se não estão satisfeitos com os termos em que a competição se exerce.Conflito é parte do preço que pagamos pelas liberdades democráticas.

 

ORGANIZAÇÃO SOCIAL.

 

Está ligado às variações sociais, enquanto que a estrutura social está ligada às instituições básicas da sociedade.As pessoas que concretizam as Instituições estão dentro da própria organização social. A organização social é a própria concretização em si. A idéia de organização é de continuidade da estrutura. A Organização Social È a representação de um todo. A responsabilidade do representante, à medida que ele vai tomar uma resolução, essa resolução não pode representar só os seus interesses, mas também representar os interesses de seu grupo. A responsabilidade do grupo.Todas as instituições como a família, Universidades e Sindicatos etc., tem uma: Função: objetivo a ser alcançado.

 

Função Social:

 

Do fim que deve ser alcançado. Para alcançar esse objetivo, tenho que agir, através da função manifesta (preparar o profissional, Escola).

Função Latente:

 

Não é percebida por todos. Ex.: A escola Superior é para dar Status. É conhecido por um grupo (Status na nossa sociedade È fazer curso superior).

Valor:

 

È o significado que vamos atribuir a coisa.

Valor Cultural:

 

Ter uma religião é Ter um significado especial, para outros é um enfeite.

 

11º INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES MUNDIAIS INTRODUÇÃO

Todas as grandes religiões do mundo se originaram na Ásia e três delas, Judaísmo, Cristianismo e islamismo, em uma área relativamente pequena da Ásia Ocidental. Igualmente notável é a Concentração de grandes líderes espirituais em diferentes partes do mundo no século seis a.C, ou em um período próximo.Foi à Época de Confúcio e talvez de Lao-Tsé, na China; de Zoroastro, na PÉRSIA; de Gautama, o Buda, na Índia; do maior dos profetas hebreus, chamado o segundo Isaías (Isaías 40 -55); e de Pitágoras, na Grécia. É possível que o aparecimento de civilizações que se diziam universais dessem origem a religiões universais; ou então as novas religiões eram uma reação às tensões nas sociedades existentes e a necessidade de uma saída espiritual e uma fé que transcendesse um politeísmo supersticioso. De qualquer forma, o movimento em direção a única realidade espiritual coincidiu com a procura dos pensadores gregos de um principio único que explicasse o mundo material. Entre as principais religiões monoteístas (que acreditam em só Deus) do mundo estão o Judaísmo, o Cristianismo (que se dividem três ramos - Catolicismo, Protestantismo e Igreja ortodoxa) e o islamismo. Das religiões politeístas orientais (que cultuam vários deuses), destacam-se o hinduismo, o budismo, o confucionismo, o

 

 

 

 

Xintoísmo e o Taoísmo. O xamanismo está presente na Ásia, na Oceania e na América do Norte. No Brasil são importantes ainda a Umbanda e o Candomblé, cultos de origem africana e o espiritismo, em especial a corrente Kardecista.

 

DEFINIÇÃO DE RELIGIÃO.

 

Crença na existência de um ou vários seres superiores que criam e controlam o cosmo e a vida humana e que, por isso, devem ser comum o reconhecimento do sagrado e da dependência do homem para com poderes sobrenaturais. A prática religiosa tem por objetivo prestar tributos e estabelecer formas de submissão a esses poderes. A adesão a uma religião implica a freqüência a seus ritos e a observância de suas prescrições.

 

JUDAÍSMO

 

Primeira Religião monoteísta da humanidade. Cronologicamente é a primeira das três religiões originarias de Abraão (As outras são cristianismos e os Islamismos). Tem origem no pacto que teria sido firmado entre Deus e os hebreus, fazendo destes o povo escolhido. Possui forte característica Étnica, na qual nação e religião se mesclam. Existem atualmente cerca de 15 milhões em Israel. No Brasil segundo o IBGE, havia cerca de 86 mil em 1991. Os Judeus eram um povo pouco numeroso que, segundo a tradição; mudou da Mesopotâmia para a Palestina. Sua História documentada começou com a fuga à opressão no Egito, seguindo o líder Moisés. Eles atribuíram tal fuga a um ser divino chamado Jeová ou o Senhor, com quem fizeram aliança de que seriam o seu povo e ele seria o seu Deus, aliança associada ás exigências simples, mas profundamente morais do Dez Mandamentos, os fundamentos da Tora ou Lei. A principio tratava- se de um povo único, marcado por leis sobre alimentação, circuncisão e outros costumes religiosos. O fato de ser Jeová um deus que os adotara do exterior carregava as sementes do universalismo e umas séries de profetas mantiveram o desafio da probidade Ética e religiosa.Os Judeus sofreram continuamente a dominação política e militar de outros povos e a conseqüente diáspora. Levou-os a grande parte do Mediterrâneo e também para leste. Mais tarde, como resultado da perseguição aos cristãos, os judeus migraram para locais ainda mais distantes.

 

Livros Sagrados.

 

O texto da Bíblia Judaica é fixado no final do século I. Divide-se em três livros: Torá, a escritura sagrada, os Profetas (Neviim) e os Escritos ( Ketuvim). A Torá, ou Pentateuco, reúne o Gênese, o Êxodo, o Levìtico, os Números e o Deuteronômio. Ela e Os Profetas são escritas antes do exílio na Babilônia, os textos de Os Escritos, depois. No início da Era Cristã, as tradições orais são registradas no Talmude, dividindo em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e comentários.

 

Manuscritos do Mar morto.

 

Entre 1947 e 1956 são descobertos nas cavernas de Qumrãn, no Mar Morto, os mais antigos fragmentos da Bíblia Hebraica, escondido pela tribo judaica dos essênios no século I. Nos 800 pergaminhos escritos entre 250 a.C e 100 d.c., aparecem comentários teológicos e descrições da vida religiosa dos essênios, revelando aspectos até então„considerados exclusivos do cristianismo. Alguns textos são muitos Semelhantes aos Evangelhos do Novo Testamento e se referem a práticas que lembram a Santa Ceia, o Sermão da Montanha e a Cerimônia do batismo. São considerados uns dos principais achados arqueológicos da história.

 

Práticas e Festas Religiosas.

 

Os rabinos são pessoas habilitadas a comentar textos sagrados e a presidir cerimônias religiosas que acontecem nas sinagogas. O símbolo do judaísmo é o Menorá, candelabro sagrado com sete brasões. As Festas religiosas são definidas pelo calendário lunar e, por isso, tem datas moveis. As Principais são: Purim - Comemora-se a salvação de um massacre planejado pelo rei Persa Assucro. A Páscoa (Pessach) celebra a libertação da escravidão egípcia, em 1300 a.C. Shavuot - Homenageia a revelação da Torá ao povo de Israel, em aproximadamente 1300 a.C. Rosh Hashan· - È o Ano- Novo dos Judeus.O ano judaico È contado de Setembro de 1998 - È o 5758(graus) da criação do Mundo. A partir de Rosh Hashan· comentamos dias temerosos, em que se faz um balanço do ano terminado.Eles culminam no Von Kipur, dia do perdão, quando os judeus fazem Jejum de 25 horas para purificar o espírito.Sucot - Rememora a peregrinação pelo deserto, apos à saída do Egito. Chanucá de Jerusalém, no século V. ™c. O Simchat Tor· -comemora a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.

 

CRISTIANISMO.

 

ultima grande religião mundial antes, do islamismo, originou-se na Palestina. Pouco se sabe sobre seu fundador, Jesus de Nazaré,antes de, aos 30 anos, começar a pregar que ”o reino de Deus está próximo”, mensagem aguardada então por muitos judeus.Seu país, anexado formalmente por Roma em 6 d. C., estava em conflito e possuía muitas seitas, algumas basicamente espirituais (como os essênios), outras políticas (como os depois chamados zelotes), a prometida chegada do Messias, ou

 

autoridades judaicas perceberam que sua autoridade estava ameaçada pela mensagem de Jesus que,apos pregar por três anos, foi entregue ao procurador romano e crucificado como revolucionário. A nova fé mostrou-se tenaz, apesar da morte prematura de sue fundador. Os discípulos de Jesus,e mesmo o líder, Sim„o Pedro (a Pedra), havia abandonado Jesus, mas sua fé foi restituída pela ressurreição : Jesus teria aparecido perante eles apos a morte para que anunciassem as boas novas sobre o poder supremo de Deus. Esta revelação foi, a principio, apresentada em um contexto puramente judaico.Não se sabe se Jesus acreditava que Deus o havia enviado para converter os gentios. Coube a Paulo, um judeu convertido de Tarso, mostrar o poder da extensão do apelo do cristianismo ao pregar nas Ilhas do Egeu, na Ásia Menor, Grécia, Itália e talvez Espanha. As comunidades judaicas existiam todas as áreas e eram alvos dos pregadores cristãos. Os ensinamentos de Jesus despertavam o interesse dos pobres e humildes, que encontravam no reino de Deus uma mensagem de esperança. O numero de convertidos cresceu, introduzindo-se rapidamente nas classes instruídas e de forma mais significativa nas massas urbanas do que no campo, que há tempos mantinha crenças pagãs. Antioquia - o berço do cristianismo gentio - influenciou o norte e o leste do Império. Em algum momento antes de 200, e dessa tornou-se um baluarte cristão e igrejas do século 1 eram fundadas no Ocidente em Pozzuoli, Roma e talvez Espanha; no século 2, as províncias orientais do Império tinham muitas igrejas que se espalharam no vale do Reno e norte da África. Apesar da repressão e perseguição, as conversões prosseguiram. A recusa dos Cristãos em cultuar os imperadores, servir de magistrados ou carregar armas tornavam os suspeitos. Mas suas crenças não atraiam apenas os oprimidos : por volta de 230, a Igreja tinha adeptos no palácio e altos postos do Exército. A reação pagã causou mais perseguições em 151 e em 303. Aos poucos, os que acreditavam na Segunda vinda de Cristo perceberam que não se tratava de algo iminente e, no fim do século 3 e início do século 4, a dispersão das igrejas exigia estruturas que mantivessem a disciplina e protegessem a pureza doutrinária. A autoridade residia na BÍBLIA e na tradição da adoração e dos sacramentos salva guardados pelos bispos (supervisores),responsáveis pelo clero.A doutrina baseia-se no anúncio da ressurreição de Cristo, na promessa de salvação e vida eterna para todos os homens e na mensagem de fraternidade.

 

BÍBLIA CRISTÃ.

 

composta do Antigo e do Novo Testamento num total de 73 livros, para os Católicos, e 66, para os protestantes. O Antigo Testamento trata da lei judaica, também chamada de Torá. O Novo Testamento contém textos posteriores à morte de Cristo, entre eles, os quatro Evangelhos, a principal fonte sobre a vida de Jesus. Os outros textos são os Atos dos Apóstolos, as epistolas e o Apocalipse.

Festas religiosas:

 

As principais festas Cristãs são o Natal, em 25 de Dezembro, que comemora o nascimento de Cristo ; a Páscoa,no Domingo da primeira lua cheia de outono (Hemisfério sul), que celebra a ressurreição de Cristo ; e pentecostes, dias após a Páscoa, quando È recordada a descida do Espírito Santo. No Domingo seguinte ao de Pentecostes, os cristãos homenageiam a Santíssima trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).O dia dos Reis, 6 de Janeiro lembra a visita dos três reis Magos (Gaspar, Melchior e Baltasar) ao menino Jesus, em Belém.

Catolicismo:

 

Um dos ramos da religião Cristã. Reconhece o papa como autoridade máxima e venera a Virgem Maria e os Santos. O termo católico vem do grego Katholikos, universal. A adoção desse nome vem da idéia de uma igreja que pode ser aceita e levar a salvação a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. A missa È o principal ato litúrgico e por meio da aceitação dos sacramentos o católico reafirma sua fé. A história do Catolicismo está associada à expansão do Império Romano e ao surgimento de novos reinos em que este se divide. Sua difusão se vincula ao desenvolvimento da civilização ocidental e ao processo de colonização e a coloração de outros povos. Hoje o Catolicismo possui 1 bilhão de Adeptos.

 

Igreja católica:

 

A sede da Igreja católica fica no Vaticano, um pequeno Estado independente no centro de Roma, Itália.

 

Liturgia católica:

 

As missas são rezadas em latim até a década de 60 quando o Concílio Vaticano II autoriza o uso da língua. Os sacramentos rituais são batismo, eucaristia, crisma (ou confirmação da fé), penitência (ou confissão) matrimônio, ordenação e unção dos enfermos. O casamento de sacerdotes È proibido desde a Idade Média, salvo em algumas igrejas orientais unidas a Roma (por exemplo, a Maronita). As mulheres não são admitidas no sacerdócio ordenado.

 

Igreja Ortodoxa:

 

Igreja que resulta do cisma ocorrido no catolicismo em 1054, quando o Império Bizantino rejeita a supremacia de Roma, patriarcado do Ocidente. até então, duas grandes tradições convivem no interior do cristianismo ; a latina, no Império Romano do Ocidente, com sede em Roma, e a bizantina,no Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla (antiga Bizáncio e atual Istambul, Turquia).divergências teológicas e políticas causam a ruptura entre as duas Igrejas, que

 

 

 

 

se excomungam mutuamente, condenação só revogada em 1965 pelo papa Paulo VI e pelo patriarca Athenágoras I. A Igreja Ortodoxa ou Igreja Cismática Grega é menos rígidas nas formulações dogmáticas e na hierarquia e também valoriza a liturgia. O Cristianismo Ortodoxo (reta, opinião em grego) tem originalmente quatro sedes (patriarcados). Jerusalém, Alexandria, Antioquia e Constantinopla. Mais tarde são incorporados os patriarcados de Moscou, de Bucareste e da Bulgária, além das igrejas autônomas nacionais da Grécia, da Sérvia, da Geórgia, de Chipre e da América do Norte. Todas as Igrejas Ortodoxas tem diferenças políticas e religiosas. Possuem, no total, cerca de 174 milhões de fieis em todo o mundo.

 

Liturgia do Cristianismo Ortodoxo:

 

Os rituais são cantados sem instrumentos musicais.São proibidas imagens esculpidas de santos,exceto o crucifixo e os Ícones sagrados. Os sacramentos são os mesmos da Igreja católica e reconhecida reciprocamente.Os ortodoxos não admitem o purgatório nem a superioridade e a infabilidade do papa. Também rejeitam a doutrina católica da Imaculada Conceição, porque, segundo eles, esse dogma não faz parte da narrativa BÍBLICA e È contrário à doutrina tradicional do pecado original. A assunção da Virgem Maria, porém È aceita, com base na afirmação formal dos livros litúrgicos.Os graus de ordem na Igreja Ortodoxa são três : Diácono, padre e Bispo. Os padres e diáconos recebem TÍTULOS honoríficos (arquimandrita, ecônomo, arquidiácono), que não conferem primazia espiritual ou administrativa. Os padres podem casar-se (antes da ordenação), mas não os monges.

 

ISLAMINISMO.

 

Religião Monoteísta baseada nos ensinamentos de Maomé (chamado O Profeta), contidos no livro sagrado islâmico, o Alcorão.A palavra Islã significa submeter-se e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são chamados muçulmanos. Muslim, em Arábe, aquele que se submete a Deus. Fundada onde hoje È a Arábia Saudita, estima-se que reúna mais de 1 bilhão de fiéis (18 % da população mundial,em especial no norte da África, no Oriente MÉDIO e na Ásia) É a Segunda maior religião do mundo, atrás apenas do cristianismo.No Brasil, segundo estimativa da Mesquita Islâmica de São Paulo há cerca de 1 milhão de muçulmanos Maomé - O nome Maomé (570 -632) È umas alterações hispânicas de Mohamed, que significa digno de louvor. O Profeta nasce em Meca, numa família de mercadores, começa sua pregação aos 40 anos, quando, segundo a tradição, tem uma visão do arcanjo Gabriel, que lhe revela a existência de um Deus único. Na Época, as religiões da península Arábica são o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma forma de politeísmo que venera vários deuses tribais. Maomé passa a pregar sua mensagem monoteísta e encontra grande oposição. Perseguido em Meca, È obrigado a emigrar para Medina, em 622. Esse fato, chamado Hégira, é o marco inicial do calendário muçulmano. Em Medina, ele È reconhecido como profeta e legislador, assume a autoridade espiritual e temporal,vence a oposição judaica e estabelece a paz entre as tribos Árabes.Quase dez anos depois, Maomé e seu exército ocupam Meca, sede da Caaba, centro da peregrinação dos muçulmanos. Maomé morre em 632 como líder de uma religião em expansão e de um Estado Árabe em via de se organizar politicamente.

 

Livros Sagrados:

 

O alcorão (do Árabe Al-qurãn, leitura) È a coletânea das diversas revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. … dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho. Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre as pessoas. Neles estão incorporados elementos fundamentais do judaísmo e do cristianismo, Além de antigas tradições religiosas Árabes. A segunda fonte de doutrina do Islã a Suna, È um conjunto de preceitos baseados nos Ahadith (ditos e feitos do profeta).

 

Preceitos Religiosos:

 

A vida Religiosa do Muçulmano tem praticas bastante rigorosas. Ele deve cumprir os chamados pilares da religião. O primeiro È a Shadada ou Profissão de fé: Não há Deus e sim Deus. Maomé é o profeta de Deus. Ela deve ser recitada pelo menos uma vez na vida, em voz alta, com pleno entendimento de seu significado. O segundo pilar são as cinco orações diárias comunitárias (Slãs), durante as quais o fiel deve ficar ajoelhado e curvado em direção a Meca. Ás sextas-feiras realiza-se um sermão a partir de um verso do Alcorão, de conteúdo moral, social ou político. O terceiro pilar é uma taxa chamada Zakat. Único tributo permanente ditado pelo Alcorão, È pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. Deve ser empregado para auxiliar os pobres, mas também para o pagamento de resgate de muçulmanos presos em guerras. O quarto pilar consiste no jejum completo feito durante todo o mês do Ramadã do amanhecer ao por do sol. Nesse período, em que se celebra a revelação do Alcorão a Maomé, o fiel não pode, comer, beber, fumar ou manter relações sexuais. O quinto pilar é o hajj ou a peregrinação a Meca, que precisa ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano com condições físicas e econômicas para tal.

 

Festas Religiosas:

 

 

 

 

As principais são Eid el Fitr, Eid el Adha, ano de Hégira e a comemoração do nascimento de Maomé. Elas acontecem nessa ordem ao longo do ano e são definidas segundo o calendário lunar, por isso tem datas móveis. Na Eid el Fitr é comemorado o fim do Ramadã, com orações coletivas. Eid el Adha rememora o dia em que Abraão aceita a ordem divina de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho, Ismael. Na Época de Eid el Adha também acontece a peregrinação do mês Muharram.O ano atual (1997/1998) È o 1418 (graus) da Hégira. O marco inicial é o ano de 622, quando Maomé deixa Meca.

 

Divisões do Islamismo:

 

Os muçulmanos se dividem em dois grandes grupos, os sunitas e os xiitas. A rivalidade com os sunitas é exacerbada com a revolução iraniana por Ruhollah Khomeini.

Ruhollah Khomeini:

 

LÍDER espiritual e político iraniano (1902- 1989). Nasce em Bandar, Khomeini e começa a estudar teologia aos 16 anos. Leciona na faculdade de Qom onde recebe o título de Aiatolá (sacerdote; do Árabe sinal de Deus). Em 1941 publica A Revelação dos segredos, acusando o governo dos Xás Rez Pahlevi de desvirtuar o caráter islâmico do país É preso em 1963 por incentivar manifestações contra a Revolução Branca. Em 1964 exila- se na Turquia e mais tarde no Iraque e na França, de onde comanda o movimento xiita que derruba a Monarquia iraniana em 1979. No mesmo ano retorna ao Irã e proclama a República Islâmica, rigorosa na manutenção e na obediência dos princípios muçulmanos. Torna-se a autoridade suprema do país. Persegue intelectuais, comunidades religiosas rivais, partidos políticos e todos os que se opõe à união entre Estado e religião. De 1980 a 1988 chefia a guerra contra o Iraque, cujo saldo é de aproximadamente 700 mil mortos. Morre em Teerã um ano depois de terminado o conflito.

 

12º INTRODUÇÃO A ESCATOLOGIA (Doutrina das últimas Coisas)

 

INTRODUÇÃO

O último livro da BÍBLIA narra os acontecimentos dos fins dos tempos na descrição perfeita de um ciclo pelo qual a humanidade tem de passar.O vocábulo escatologia, significa Tratado das últimas coisas e vem do grego ìeskhatos = último + logia = tratado. O motivo de se chamar Escatologia BÍBLICA a essa matéria que estuda os acontecimentos finais a partir da compreensão da BÍBLIA e da revelação de Jesus Cristo.De um modo geral, os estudiosos da BÍBLIA têm considerado a seguinte seqüência para os acontecimentos finais:- O Arrebatamento da Igreja.- As Bodas do Cordeiro- A Grande Tribulação- A Batalha do Armagedom- O Julgamento das Nações- O milênio- O Juízo do Grande Trono Branco- O Estado Eterno.

 

O Arrebatamento da Igreja (Lc 21:34-36, Jo 14:3, Mt 25: 1-6).

 

Podemos chamar o arrebatamento da Igreja de 1a fase da Segunda Vinda de Cristo ou ainda Primeira Ressurreição. Nessa ocasião, os fiéis que constituem a Igreja de Cristo serão arrancados da Terra e levados para as mansões celestiais. Será invisível para o mundo, somente os remidos poderão contemplar essa maravilha.Embora Jesus não tenha dito o dia nem a hora, nos deixou sinais que evidenciaram a sua vinda.Um panfleto escrito por Gordon Lindsay nos apresenta 24 sinais da Vinda de Cristo. Ainda que possamos fazer algumas considerações acerca da interpretação desses sinais. achamos importante considerá-los:

- Incremento do Saber - (Dn 12:4)

- O automóvel - (Na 2:4)

 

- O avião ( Is 60:8)

- Rádio e Televisão (Ap 11:9)

 

- A Bomba Atômica - (Ap 13:13) 6 - A Bomba H - ( 2 Pe 3:10)

 

- Terremotos - ( Mt 24:7)

- Bramido do Mar e das ondas - ( Lc 21:25) 9 - Plenitude dos Gentios - ( Lc 21:24)

 

10 - Reconstrução de Jerusalém - ( Jr 31:38)

 

11 - Restauração da Palestina - (Ez 36:33)

12 - Confederação Russa ( Ez 39:11)

 

13 - Rosh move-se pelo sul contra a Palestina - (Ez 38: 15,16) 14 - Os reis do Oriente - (Ap 16:12)

15 - Flagelos - (Mt 24:7)

16 - Luta entre o capital e o trabalho - (Tg - 5: 1-4)

 

17 - O presente ressurgimento do sobrenatural - (Jl 2: 28,29)

 

 

 

 

18 - Igreja Morna - (Ap 3:15,16)

19 - Os escarnecedores - ( 2 Pe 3:3) 20 - Falsos Cristos - (1 Tm 4: 1-3)

 

21 - Como nos dias de Noé - ( Lc 17:26) 22 - Juventude sem lei - ( 2 Tm 3: 2)

 

23 - Suicídio Mundial - (Mt 24:22)

 

24 - Evangelização do Mundo - (Mt 24:14)

As Bodas do Cordeiro

 

È a gloriosa reunião de Cristo com os seus cantos no CÉU. As Bodas do cordeiro terão a duração de sete anos e a lua de Mel será eterna.Um dos atos dessa maravilhosa festa é a celebração da Ceia do Senhor, dando cumprimento literal às palavras de Cristo ! (Lc 22:16, 27 -30)

 

A Grande Tribulação (Mc 13:19 ; Mt 24:21, Lc 21:22)

 

A grande tribulação é um período de sete anos no qual Deus derramará a sua ira sobre a terra. É a septuagésima semana de Daniel 9:27. Grande parte do livro de Apocalipse é dedicada a ela (Ap. 6 a 18).Entre os acontecimentos da Grande Tribulação.

 

destacamos os seguintes:

 

- Os Judeus terão voltado à Palestina na incredulidade - (Is 17:10, 18:4, 66: 3,4). 2 - Os Judeus terão reconstruído o templo em Jerusalém - (Is 66: 1, Ap 11: 1,2).

 

- Os Judeus aceitarão um pacto de sete anos com o anticristo- (Dn 9:27 e Jo 5: 43)

- Após três anos e meio, o anticristo trairá· o pacto e revelará o seu verdadeiro caráter (Dn 9: 27 ; 2 Ts 2:3, Ap 11:7 e 13:1)

- As duas testemunhas serão mortas pelo Anticristo (Ap 11:7,9).

 

- O anticristo fará cessar os sacrifícios diários no templo - (Dn 9:27, 11:31 e12:11).

- O anticristo estabelecerá sua imagem no santo lugar - (Mt 24:15, 2 Ts 2:4 ; Ap 13: 14,15). 8 - O Diabo e seus anjos serão expulsos do céu para a Terra -(Ap 12:7).

- Metade da semana - (Dn 9:27, Ap 13:5).

 

10 - A cidade Santa será pisada aos pés de Satanás - (Dn 9:26, Lc 21:24, Ap 11:2).

11 - Começa a Grande Tribulação ou Tempo de Angústia de Jacó ou, ainda, Abominação da Desolação (principalmente para os Judeus) - (Ap 7:14, Jr 30:7, Mt 24:15).

12 - Grandes perturbações causadas pelo anticristo e pelo falso profeta (Ap - 13).

 

13 - Decretada a pena de morte para os que rejeitarem a adoração à besta ou a sua imagem - (Ap 13: 15,20:4). 14 - Um terço dos judeus será envolvido - (Zc 13:8,9).

15 - Os judeus são levados a Jerusalém e expurgados de sua escória (impureza) -(Ez 22: 17 -22, Ez 13:9). 16 - Conversão entre os Judeus - (Ez 39:22).

17 - As nações se reúnem contra Jerusalém - (Zc 14:2).18 –

 

Os reis da Terra reúnem-se na batalha contra o Senhor e Seu ungido - Batalha do Armagedom (Montanha de Megido), È o nome que se dá a um campo de batalha profético, onde os reis de toda a Terra se reunirão para a batalha no grande dia do Deus Todo Poderoso. (Ap 16:14,16 ; 17:14 ; 19:19).19 - O Senhor sairá com os Seus santos a fim de destruir os inimigos e libertar o seu povo - (Is 13: 3-6; 26:21, Zc 12: 9,10,Mt 24: 29 ss).A trindade satânica se levantará na Terra (Ap 13: 1-8, 16:13).

 

Satanás - Anti-Deus Besta - Anti – Cristo Falso Profeta - Anti -Espírito. A volta de Jesus à Terra.

Descerá sobre o Monte das Oliveiras (Zc 14: 4,5).Será um grande sinal - (Ap 16:17-27 ).Virá corporalmente - (At 1:11, Ap 1:13, 1 Tm 2:5).Todo o olho o verá - (Ap 1:7).Cumprimento do Sonho de Nabucodonozor (Dn 2: 44,45).

 

O Julgamento das Nações (Mt 25:31 - 34,41,46).

 

A base do Julgamento será o trato dispensado aos judeus (Mt 25: 41 -43, Gn 12:3). Os acontecimentos dos V.35 a 44 só podem referir-se aos judeus V.45. Nesse julgamento, que determinarão quais as nações que participarão do milênio, encontramos três classes de pessoas:Ovelhas - Aquelas que trataram os judeus com benevolência (Mt 25: 35,36).Bodes - Aquelas que maltrataram ou perseguiram os judeus (Mt 25: 4l - 45).Irmãos - Os judeus que nessa ocasião já receberam a Cristo como o seu Messias (Vd Is 4: 1-3).

 

O milênio.

 

 

O milênio é um período de mil anos, inaugurado com a 2a Vinda de Cristo a Terra, tendo Jesus como rei. É a última dispensação da História da Humanidade.(1a inocência, 2a consciência, 3ª Governo Humano, 4a Patriarcal, 5a Leia, 6a Graça, 7a milênio.

 

Alguns títulos usados na Palavra de Deus em referencia ao milênio.-O Reino dos CÉUS - (Lc 1:32,33, Mt 6:10)-

1- A Regeneração - (Mt 19:28)-

 

2- Tempos de Refrigério- (At 3: 19,20)-

3- Tempos de Restauração de tudo -(At 3:20,2)-

 

4- Dispensação da Plenitude dos Tempos - (Ef 1:10)-5- O dia de Cristo - (Fp 1:6)-

6- O Reino de Cristo - (Ap 11:15)

Como será o milênio.

 

Cristo reinará sobre a Terra como Rei: 1-De Justiça - (Is 3: 1-26)-

2-De Israel - (Jo 12:13)-

3-Da Terra - (Zc 14:9, Fp 2:10)

 

4-Haverá paz universal - (Lc 2:14, Sl 85:10, Is 9:6)

5-Era de bênçãos sem par - ( Is 11:6-9 ; 55:12,13; 35:1, Mq 4:3). 6-O Juízo do Grande Trono Branco ( Ap 20: 11-15)

 

Esse julgamento terá lugar acima da Terra ao mesmo tempo em que a Terra estiver sendo renovada pelo fogo ( 2 Pe 3:7). O juiz será o Senhor Jesus Cristo ( Jo 5: 22,27).De acordo com a Palavra de Deus, os Ímpios são aqueles que se recusaram a obedecer ao Evangelho, não confiando em Cristo nem recebendo -o como Salvador e Senhor ( 1 Pe 4: 17,18; 2 Ts 1:8,9 ; Jo d6: 28,29).Assim como haverá diferentes recompensas para o Cristão ( 1 Co 3:11-15) haverá também no inferno diferentes graus de punição( Lc 12: 46-48).

 

Estes termos demonstram tais situações: 1-Fogo Eterno - (Mt 25:41)-

 

2-Trevas exteriores - (Mt 8:12)-

3-Tormento - (Ap 14:10,11)-

 

4-Castigo Eterno - (Mt 25:46)-5-Ira de Deus - (Rm 2:5, Jo 3:36)-6-Segunda Morte - (Ap 21:8, 20:14)-

 

7-Eterna destruição,banidos da face do Senhor - (2 Ts 1:9)-8-Pecado Eterno - (Mc 3:29)-

9-Inferno - (Lc 16:23).

 

Esse julgamento é para aplicação de extensão a (Jo 3:18) onde alguns livros serão abertos (Ap 20:12):

 

1- consciência - (Rm 2: 15; 9:1)

2- Natureza - (Jó 12: 7-9, Rm 1:20, Sl 19 : 1-4) 3- Lei (Rm 2:12; 3:20)

4- Memória - ( Lc 16:25)

 

5- Atos dos homens - (Mt 12:36, Lc 12:7, Ap 20:12) 6- Da Vida - (Ap 20:12, Sl 69:28, Lc 10:20 ).

 

A presença do livro da vida no juízo final pode Ter duas finalidades: 1- a Provar aos Ímpios que seus nomes não estão nele (Mt7:22,23)

 

2- a Julgar os convertidos durante a grande tribulação e o milênio que terão seus nomes escritos aí.Quanto aos que morreram sem conhecer o Evangelho, (Vd Rm2:2, Ap 16:9, 2 Tm 4:8).

O Estado Eterno.

 

 

O Estado Eterno começará com a renovação dos céus e da Terra (Is 65:17, Ml 4:1, Ap 20:9, 2 Pe 3:7, 10,13). O pleno cumprimento de Jo 1:29, se dará nessa oportunidade.Tem início então o Dia da Eternidade, quando a cidade celestial baixará sobre a nova terra (2 Pe 3:18, Ap 21: 1- 3). Os santos morarão na Santa cidade e governarão a Terra sob Cristo (Dn7:18,27, Mt 19:28, Ap 5: 10, Ez 34:24).Os salvos oriundos do milênio viverão para sempre na Terra, mediante a arvore da vida (Ap 2:7) e não pela ressurreição, ou porque passaram do estado mortal para o imortal (Ap 22:1-5).

 

ABIMELEC  (2)  Filho de Gedeão (um dos  “Juizes Maiores”) e de sua concubina que  morava em Siquém.  Após a morte de seu pai e  usando métodos espúrios  (que incluiu  o  assassinato de seus 69 irmãos),  Abimelec     tomou o poder e foi o líder de Israel.

GAAL  É um nome de origem cananéia o que  indica que seu proprietário era um dos inimigos de Abimelec (filho de Gedeão) ,  líder  israelita.

BAAL (1)  Originalmente esse termo  significava:  “Patrão,  Senhor ou Marido”. Posteriormente tornou-se o nome próprio da  principal divindade dos fenícios e dos cananeus. Era o “Deus da Fertilidade”.

BAAL  (2)  Filho de Reaías,  neto de Micas, bisneto de Semei, trineto de Gog, tetraneto de  Joel e descendente de Rúben.

BAAL  (3)  Filho de Jeiel e de Maaca e  descendente de Benjamim.

BAAL BERIT  Termo hebraico que significa: “Senhor  do pacto”.  Era uma das divindades  pagãs.

BAAL FARASIM,  em hebraico,  é o plural de  “farés”,  que significa:  ”ruptura,  brecha”.  Disso  resultou o termo composto “Senhor das

DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
CONCEITO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

 

O termo “administração” vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo.

 

O conceito de Administração é bastante amplo, mas em todas as definições existem duas palavras-chave: gerenciamento e organização. Isso pode ser comprovado nas palavras dos estudiosos Stoner e Feeman, os quais ensinam que Administração é o "processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos”.

 

A administração é uma ciência social que está relacionada a todas as atividades que envolvem planejamento, organização, direção e controle. [...] a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação.

 

A administração já foi chamada de “a arte de fazer as coisas através de pessoas”. Esta definição foi dada por Mary Parker Follet.

 

A administração é essencial em toda a cooperação organizada (e a igreja se enquadra), é a ação de dirigir o bom andamento dos propósitos estabelecidos. Em nosso caso, como igreja, o pastor tem que acompanhar os objetivos propostos pela igreja e transformá-los em ação através de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis a fim de atingir tais objetivos.

 

I. ORIGEM

 

Desde o início dos primeiros grupos sociais, a fim de conduzir bem os trabalhos, surgiu a necessidade de estabelecer uma escala de comando cuja função seria dirigir e gerir esses trabalhos coletivos. Diga-se de passagem, que a Igreja é um agrupamento humano com um objetivo a ser alcançado, um propósito a ser atingido, um alvo para cumprir.

 

A administração é necessária, pois desde muito cedo se verificou que é impossível ao homem realizar a maioria das atividades que a própria sobrevivência lhe exigia, sem o auxílio de outras pessoas. Mas esse auxílio só poderia ser eficaz em determinadas circunstâncias, que pouco a pouco passou a conhecer. Como resultado imediato, surgiu um conjunto de atividades e de atitudes que tomaria o nome de administração e que, com o decorrer do tempo, se transformou num campo definido de conhecimentos científicos.

 

Muitos autores têm negado que a administração constitua uma ciência na exata expressão da palavra. Na verdade, toda ciência se caracteriza pelo conhecimento metodizado da verdade em relação a um conjunto definido de fenômenos ou fatos. Se bem que, como todas as ciências sociais, a administração apresente uma grande complexidade, devido aos inúmeros fatores integrantes de seus fenômenos.

 

A administração apareceu como ciência independente no fim do século XIX. “Todo homem procura obter o máximo com o mínimo de esforço”. Este princípio determinou a procura do rendimento máximo para qualquer atividade humana e, conseqüentemente, o estudo de como obter esse rendimento. Frederick W. Taylor nos estados Unidos já no século XVIII comprovou que a baixa produção em qualquer atividade se deve à falta de uma metodologia da produção.

 

A realização de um objetivo, porém, se faz por meio de um processo divisível em partes ou etapas que, na sua continuação, levam ao resultado final. Essas etapas podem ser definidas e caracterizadas por funções específicas, marcadas por um grau maior ou menor de dificuldades que exigirão um grau maior ou menor de especialização. Assim o processo de realização de um objetivo pode ser estudado como uma série de funções especializadas; funções que devem ser reunidas para se obter, da forma mais eficiente, o resultado almejado. Veja abaixo as diversas teorias da administração.

 

 

 

ASPECTOS PRINCIPAIS

ABORDAGENS PRESCRITIVAS E NORMATIVAS DE ADMINISTRAÇÃO

Teoria

TEORIA CLÁSSICA

TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

TEORIA NEOCLÁSSICA

Ênfase

Nas tarefas e na estrutura organizacional

Nas pessoas

No ecletismo: tarefas, pessoas e estrutura

Abordagem da Organização

Organização formal exclusivamente

Organização Informal exclusivamente

Organização formal e informal

Conceito de Organização

Estrutura formal como conjunto de órgãos, cargos e tarefas

Sistema social como conjunto de papéis sociais

Sistema social com objetivos a serem alcançados racionalmente

Principais Representantes

Taylor, Fayol, Gilbreth, Gantt, Gulick, Urwick, Mooney, Emerson

Mayo, Follet, Roethlisberger, Dublin, Cartwright, French, Zalesnick, Tannenbaum, Lewin.

Drucker, Koontz, Jucius, Newman, Odiorne, Humble, Gelinier, Schleh, Dale.

Característica Básica da Administração

Engenharia Humana e Engenharia de Produção

Ciência Social Aplicada

Técnica social básica e administração por objetivos

Concepção do Homem

Homo Economicus

Homo Social

Homem Organizacional e administrativo

Comportamento Organizacional do Indivíduo

Ser isolado que reage como indivíduo

(atomismo tayloriano)

Ser social que reage como membro de grupo social

Ser racional e social voltado para o alcance de objetivos individuais e organizacionais.

Sistema de Incentivos

Incentivos materiais e salariais

Incentivos sociais e simbólicos

Incentivos mistos, tanto materiais como sociais.

Relação entre Objetivos Organizacionais e Objetivos Individuais

Identidade de interesses. Não há conflito perceptível.

Identidade de interesses. Todo conflito é indesejável e deve ser evitado.

Integração entre objetivos organizacionais e objetivos individuais.

Resultados Almejados

Máxima eficiência

Satisfação do operário

Eficiência e eficácia.

Tabela 01: Esquema Comparativo das Teorias da Administração Fonte: CHIAVENATO,1993, 627

 

 

II. A ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

 

Embora possamos adotar alguns princípios da administração secular, não obstante, a Igreja precisa ser norteada por outros princípios. Em virtude de sua natureza, a Igreja não se confunde com nenhuma sociedade ou grupos éticos. A sua corporalidade, organicidade, fraternidade, unicidade e consensualidade nascem, estruturam-se e se perpetuam na regeneração em Cristo Jesus, o criador da comunhão dos santos.

 

A missão da igreja é ser serva de Jesus Cristo pelo culto permanente e exclusivo à Trindade; pelo amor interno, que confraterniza seus membros; pela fidelidade às Escrituras; pela igualdade de seus componentes; pela missão evangelizadora entre todos os povos; pelo incansável testemunho cristão.

 

1) O Termo Bíblico para Administração

 

A palavra despenseiro (Gr. oikonomos) é encontrada dez vezes no Novo Testamento. Por vezes é também traduzida por “mordomo” (Lc 12.42) ou “administrador” (Lc 16.1), e eventualmente, como “tesoureiro” (Rm 16.23) ou “curador” (Gl 4.2). A responsabilidade do despenseiro (Gr. oikonomia) é mencionada nove vezes, sendo traduzida por “administração” (Lc 16.2), “dispensação” (Cl 1.25) ou “serviço” (1Tm 1.4). O conjunto de palavras tem como radicais os vocábulos “casa” (Gr. oikos) e “lei” (Gr. nomos). No grego clássico, oikonomia significava, originalmente, a gerência de um lar, e oikonomos denotava o mordomo da casa. No latim, o termo é oeconomia, de onde se deriva o nosso vocábulo economia. Despenseiro equivale a ecônomo, originalmente um indivíduo encarregado da administração de uma casa grande (Cf. Isaias 22:19, 21; Lc 16:1-17).

 

No Novo Testamento, despenseiro (oikonomos) refere-se ao administrador da casa e das propriedades de um Senhor. No Evangelho de Lucas, o termo se emprega alternadamente com “escravo” (Gr. doulos). O despenseiro ou mordomo tinha direito legal de agir em nome do seu senhor, e deveria ser fiel e prudente (Lc 12.42, 1Co 4.2). Um período de tempo determinado era concedido ao despenseiro, embora ele não soubesse por quanto tempo haveria de durar a sua administração.

 

Deus permite aos homens, enquanto suas criaturas, serem despenseiros. Somos despenseiros sobre a criação de Deus. Ao criar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, Deus os fez responsáveis. Na qualidade de criatura de Deus, o homem deveria cuidar da criação que Deus colocou diante dele e à sua disposição, e desenvolvê-la. Isso fez o primeiro casal responsável diante do Criador no exercício de domínio e sujeição da natureza, assim como no relacionamento com outros homens e também no seu relacionamento com Deus. “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”. Isso mostra o papel central que Deus havia reservado para o ser humano, dentro de sua criação. Obedecendo ao Criador o ser humano estaria desenvolvendo seu relacionamento com ele e sendo fiel. O homem estaria cumprindo o seu mandato (Gn 1.26, 28, 2.15). O homem deveria tomar tempo para cultivar o solo, exercer o domínio e, conseqüentemente, desfrutar do trabalho de suas mãos. Fazendo assim, também estaria obedecendo ao Criador que o havia criado e equipado para tais coisas. O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, deveria, em certo sentido, representar o Criador e fazer cumprir a sua soberana vontade. Assim, exerceria uma espécie de papel de “gerência” ou de “mordomo”. Um dos mais proeminentes ensinos da Bíblia é que o homem responde perante Deus. É responsabilidade inescapável do homem que algum dia ele deve prestar contas ao Criador.

 

Na sua inaudita graça, Deus permite aos seus filhos serem despenseiros. Somos mordomos sobre a Casa de Deus. “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10). O povo de Deus, a comunidade de Deus, é sua casa (1Tm 3.15). Assim, o Novo Testamento, a partir dos ensinos de Jesus Cristo, adverte-nos que a mordomia sábia e diligente, a serviço do Mestre, é importante. Os despenseiros não devem considerar as questões da casa como sendo assuntos particulares deles; são meramente despenseiros dos dons que lhes foram confiados, e devem prestar contas de sua administração. E a fiel administração determina que Deus confiará ao despenseiro as riquezas maiores, verdadeiras. 

 

O pastor possui funções privativas e atribuições, que quando desenvolvidas, demonstram que está sendo um bom administrador, um bom mordomo dos bens que pertencem ao Senhor:

 

2) Funções privativas.

a) Administrar os sacramentos (cerimônias).

b) Invocar a Benção Apostólica sobre o povo de Deus.

c) Celebrar casamento religioso com efeito civil.

d) Orientar e supervisionar a liturgia na Igreja de que é pastor.

 

3) Atribuições.

a) Orar com o rebanho e por ele.

b) Apascentá-lo na doutrina Cristã.

c) Exercer as suas funções com zelo.

d) Orientar e superintender as atividades da Igreja, a fim de tornar eficiente a vida espiritual do povo de Deus.

e) Prestar assistência pastoral.

f) Instruir os neófitos, dedicar atenção à infância, à adolescência, à mocidade, bem como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados.

g) Exercer, juntamente com outros presbíteros, o poder coletivo de governo.

 

III. FUNÇÕES PRECÍPUAS DOS ADMINISTRADORES

 

Podemos identificar alguns deveres em nossa responsabilidade como despenseiros de Deus? Tomamos como referência os nossos (já assumidos) compromissos confessionais, para identificar sete compromissos nos quais o administrador, individualmente, e a Igreja, corporativamente, devem estar envolvidos. São deveres do crente e de sua igreja, que aqui selecionamos, numa lista que não pretende ser exaustiva. Para isto, vamos inicialmente oferecer citações da Confissão de Fé, identificando a referência de capítulo e seção; a seguir, destacamos alguns textos bíblicos relacionados ao compromisso em questão. 

 

Como despenseiro da multiforme graça de Deus, você deve:

 

1. PROMOVER A PREGAÇÃO DO EVANGELHO AOS INDIVÍDUOS E ÀS NAÇÕES

A revelação do evangelho a pecadores – para nações e indivíduos... Em todas as eras, a pregação do evangelho tem sido feita em grande variedade de extensão ou limitação, a indivíduos e a nações, de acordo com o conselho da vontade de Deus (20.3).

O evangelho é o único meio externo de revelação de Cristo e da graça salvadora, e, como tal, é abundantemente suficiente para isso (20.4).

No exercício desse poder de que está investido, o Senhor Jesus chama a si aqueles que deste mundo lhe foram dados pelo pai, através do ministério da Palavra, e por seu Espírito, a fim de que possam caminhar diante dEle, em todos os caminhos que Ele lhes prescreve na Palavra (26.5).

• João 10.16 – Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então haverá um rebanho e um pastor.

• Mateus 28.19,20 – Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século.

• Marcos 16.15 – E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.

• Atos 1.8 – Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

• Romanos 10.14,15,17 – Como, porém, invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam cousas boas! E, assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo.

 

O que você tem feito em prol da pregação do evangelho aos indivíduos e nações? Você crê que tem responsabilidades pessoais com isto? E sua igreja, o que tem feito? Como você tem se colocado na igreja diante deste dever?

 

2. BATALHAR PELA PRESERVAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS, E TAMBÉM PARA QUE ELA SEJA TRADUZIDA E DISSEMINADA NA LÍNGUA DE CADA NAÇÃO

Visto que as Línguas Originais não são conhecidas de todo o povo de Deus – que tem direito e interesse nas Escrituras, e que é ordenado a ler e examinar as Escrituras no temor de Deus – os Testamentos devem ser traduzidos para a língua de cada nação, a fim de que, permanecendo a Palavra no povo de Deus, abundantemente, todos adorem a Deus de maneira aceitável, e pela paciência e consolação das Escrituras possam ter esperança (1.18).

• 2 Timóteo 3.15-17 – E que desde a infância sabes as sagradas letras que podem tornar-te sábio para salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.

• Isaías 8.20 – À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva.

• Lucas 16.29,31 – Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos... Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.

• Romanos 15.4 – Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.

• 2 Pedro 1.19-21 – Temos assim tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vossos corações; sabendo, primeiramente, isto, que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens [santos] falaram de parte de Deus movidos pelo Espírito Santo.

• Lucas 24.27,44 – E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha¬lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras... A seguir Jesus lhes disse: São essas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco; que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.

• 2 Tessalonicenses 2.13 – Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados pelo Senhor, por isso que Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade.

• João 16.13,14 – Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as cousas que hão de vir. Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.

• João 6.45 – Está escrito nos Profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.

• Colossenses 3.16 – Habite ricamente em vós a Palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai¬vos mutuamente em toda sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão, em vossos corações.

• Mateus 22.29 – Respondeu-lhes Jesus: Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.

O que você tem feito a fim de que a Palavra de Deus seja traduzida e disseminada na língua de cada nação? Você crê que tem responsabilidades pessoais com isto? E sua igreja, o que tem feito? Como você tem se colocado na igreja diante deste dever?

 

3. PROMOVER A ADORAÇÃO A DEUS, DO MODO PRESCRITO NAS SAGRADAS ESCRITURAS, O QUE INCLUI O CULTO PÚBLICO E A CELEBRAÇÃO DAS ORDENANÇAS

[O Senhor Jesus] manda que as pessoas assim chamadas caminhem juntas, formando sociedades locais, as igrejas, para a edificação mútua e a devida performance do culto público que Ele requer dos seus neste mundo (26.5).

Todos os crentes têm a obrigação de congregar-se em igrejas locais, no lugar que lhes seja possível, e quando lhes seja possível (26.12).

A adoração religiosa deve ser dada a Deus (22.2), com a “oração com ações de graças” (22.3), “a leitura das Escrituras; a pregação e o ouvir da Palavra de Deus; o ensino e a advertência mútua; o louvor, com salmos, hinos e cânticos espirituais... a administração do batismo, e a Ceia do Senhor: todos são partes da adoração religiosa, que devem ser cumpridos em obediência a Deus, com entendimento, fé, reverência e temor piedoso. Além disso, em ocasiões especiais devem ser usados a humilhação solene, com jejuns, e as ações de graças, de uma maneira santa e reverente” (22.5).

Deus deve ser adorado... muito mais solenemente nos cultos públicos, os quais não devem ser intencional ou inconseqüentemente negligenciados ou esquecidos, pois Deus mediante sua Palavra e providência, nos conclama a prestá-lo (22.6).

O Batismo e a Ceia do Senhor são ordenanças que foram instituídas de maneira explícita e soberana, pelo próprio Senhor Jesus – o único que é legislador. Ele determinou que sejam continuadas em sua igreja estas ordenanças, até o fim do mundo (28.1).

No cumprimento da ordenança [da Ceia do Senhor], o Senhor Jesus determinou que seus ministros orem e abençoem os elementos, pão e vinho, separando-os de seu uso comum para um uso sagrado. Os ministros devem tomar e partir o pão; tomar o cálice e, participando eles mesmos desses elementos, dá-los também, ambos, aos demais comungantes (30.3).

 

• João 4.23 – Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.

• Romanos 1.25 – ...pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém.

• Salmo 95.1-7 – Vinde, cantemos ao Senhor, com júbilo, celebremos o rochedo da nossa salvação. Saiamos ao encontro, com ações de graça, vitoriemo-lo com salmos. Porque o Senhor é o Deus supremo, e o grande rei acima de todos os deuses. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes lhe pertencem. Dele é o mar, pois ele o fez; obras de suas mãos os continentes. Vinde, adoremos e prostremo-nos, ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. Ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto, e ovelhas de sua mão. Hoje, se ouvirdes a sua voz...

• 1 Timóteo 4.13 – Até a minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino.

• Colossenses 3.16 – Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai¬vos mutuamente em toda sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão, em vossos corações.

• Efésios 5.19 – ... falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais...

• Atos 2.42 – E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.

• Atos 20.7 – No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até a meia-noite.

• Marcos 16.16 – Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.

• Mateus 26.26,27 – Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, abençoando-o, o partiu e o deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos.

• 1 Coríntios 11.26 – Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.

O que você tem feito no sentido de promover a adoração a Deus, do modo prescrito nas Sagradas Escrituras? O que você tem feito pela manutenção do culto público e das Ordenanças de Cristo? Você crê que tem responsabilidades pessoais com isto? E sua igreja, o que tem feito? Como você tem se colocado na igreja diante deste dever?

 

4. PRESTAR ASSISTÊNCIA MATERIAL AOS MINISTROS DA IGREJA

Uma Igreja local, reunida e completamente organizada de acordo com a mente de Cristo, consiste de membros e oficiais. Os oficiais designados por Cristo serão escolhidos e consagrados pela igreja congregada. São eles os anciãos (ou bispos) e os diáconos (26.8).

A incumbência dos pastores é atender constantemente à obra de Cristo nas igrejas, no ministério da Palavra e da oração, zelando pelo bem espiritual das almas que lhes foram confiadas, e das quais terão de prestar contas a Cristo. As igrejas têm a incumbência de prestar todo o respeito que é devido aos seus ministros; e fazê-los participantes de todas as boas coisas materiais, de acordo com as possibilidades de cada igreja, para que os ministros possam viver confortavelmente e não tenham que emaranhar-se em ocupações seculares, podendo também exercer hospitalidade para com os outros. Isto é requerido pela própria lei da natureza, e pelo mandato expresso de nosso Senhor Jesus, que ordenou “aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho” (26.10).

Embora a tarefa de serem diligentes na pregação da Palavra seja, por definição de ofício, uma incumbência dos bispos (os pastores) das igrejas, a pregação da Palavra não está confinada exclusivamente a eles. Outras pessoas, que tenham sido dotadas e preparadas pelo Espírito Santo, e que também tenham sido convocadas pela igreja, podem e devem ocupar-se com a obra da pregação (26.11).

 

• Atos 6.4 – e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.

• Hebreus 13.17 – Obedecei aos vossos guias, e sede submissos para com eles; pois velam por vossas almas, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.

• 1 Timóteo 5.17,18 – Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o grão. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário.

• Gálatas 6.6,7 – Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as cousas boas aquele que o instrui. Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que homem semear, isso também ceifará.

• 2 Timóteo 2.4 – Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.

• 1 Timóteo 3.2 – É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar...

• 1 Coríntios 4.1 – Assim pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus.

• 1 Coríntios 9.6-14 – Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura falo isto como homem, ou não o diz também a lei? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que debulha. Acaso é de bois que Deus se preocupa? Ou é seguramente por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito, pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que debulha, faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as cousas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida? Entretanto não usamos desse direito; antes suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados, do próprio templo se alimentam; e quem serve ao altar, do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho.

O que você tem feito no sentido de assistir materialmente os ministros da Igreja? Em termos práticos, qual a importância atribuída por você ao Ministério da Palavra? Você tem contribuído para a manutenção de um Ministério fiel da Palavra em sua Igreja? Você crê que tem responsabilidades pessoais com isto? E sua igreja, o que tem feito? Como você tem se colocado na igreja diante deste dever?

 

5. EXPRESSAR A COMUNHÃO DOS SANTOS, INCLUINDO A ASSISTÊNCIA AOS “DOMÉSTICOS DA FÉ”

Estando unidos uns aos outros no amor, [todos os santos] têm comunhão nos dons e nas graças de cada um; e têm a obrigação de cumprir os deveres públicos ou particulares que, de uma maneira ordeira, conduzam ao bem-estar comum, tanto em questões espirituais quanto materiais (27.1).

Os santos, ao fazerem sua profissão de fé, comprometem-se a manter uma santa associação e comunhão para adorar a Deus e prestar outros serviços espirituais, que tendam à sua mútua edificação; também têm compromisso de socorrer uns aos outros em coisas materiais, de acordo com as habilidades e as necessidades de cada um.

Esta comunhão, segundo a norma do evangelho, deve especialmente ser exercida no âmbito familiar e nas igrejas; mas, conforme Deus ofereça oportunidade para isso, também deve ser estendida a toda a família da fé, a todos os que, em todo lugar, invocam o nome do Senhor Jesus.

Entretanto, a comunhão de uns com os outros, como santos, não destrói nem infringe o direito ou a propriedade de cada pessoa, seus bens e possessões (27.2).

 

• 1 João 3.17,18 – Ora, aquele que possuir recursos deste mundo e vir a seu irmão padecer necessidade e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade

• Gálatas 6.10 – Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.

• Hebreus 10.24,25 – Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns, antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima.

• 1 Pedro 4.10,11 – Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que em todas as cousas seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém.

• Tiago 2.14-17 – Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.

• 2 Coríntios 9. 1,5-15 – Ora, quanto à assistência a favor dos santos, é desnecessário escrever-vos... Julguei conveniente recomendar-vos aos irmãos que me precedessem entre vós e preparassem de antemão a vossa dádiva já anunciada, para que esteja pronta como expressão de generosidade e não de avareza. E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça; enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus. Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus, visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos, enquanto oram eles a vosso favor, com grande afeto, em virtude da superabundante graça de Deus que há em vós. Graças a Deus pelo seu dom inefável!

O que você tem feito no sentido de expressar a comunhão dos santos, com a beneficência aos “domésticos da fé”? Em sua prática, isto é algo regular e freqüente? Você crê que tem responsabilidades pessoais com isto? E sua igreja, o que tem feito? Como você tem se colocado na igreja diante deste dever?

 

6. BATALHAR PELA PROSPERIDADE E EXPANSÃO DE TODAS AS IGREJAS DE CRISTO, EM TODO LUGAR E EM TODAS AS OCASIÕES

Os membros de cada igreja local devem orar continuamente pelo bem e pela prosperidade de todas as igrejas de Cristo, em todo lugar. E devem trabalhar para a expansão da Igreja, em todas as ocasiões, exercendo cada um os seus dons e graças, na sua área de atuação, e de acordo com o seu chamamento (26.14).

As igrejas – quando dispostas pela providência de Deus de uma maneira em que isto seja possível

– devem desfrutar da oportunidade e vantagens de manterem comunhão entre si, a fim de promoverem a paz, o amor, e a edificação mútua (26.14).

(...) Segundo a mente de Cristo, muitas igrejas devem reunir-se em comunhão, mediante representantes, para considerar e opinar sobre o assunto de divergência; e o seu parecer deve ser comunicado a todas as igrejas envolvidas (26.15).

• Romanos 16.1,2 – Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia, para que a recebais no Senhor como convém a santos, e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de muitos, e de mim inclusive.

• Atos 11.29,30 – Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia; o que eles, com efeito, fizeram, enviando-o aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo.

• 1 Coríntios 16.1,2 – Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.

• 2 Coríntios 8.1-4, 11 – Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos... Completai, agora, a obra começada, para que, assim como revelastes prontidão no querer, assim a leveis a termo, segundo as vossas posses.

• Filipenses 4.10, 14-17 – Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade... Fizestes bem, associando-vos na minha tribulação. E sabeis bem vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para minhas necessidades. Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito. Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus.

 

O que você tem feito em prol da prosperidade e expansão das igrejas de Cristo, em todo lugar? Tem batalhado sempre, e em todas as ocasiões? Você crê que tem responsabilidades pessoais com isto? E sua igreja, o que tem feito? Como você tem se colocado na igreja diante deste dever?  

 

7. EXERCER OS “DEVERES DE NECESSIDADE E DE MISERICÓRDIA”

O dia de descanso é santificado ao Senhor quando os homens... ocupam o tempo em... deveres de necessidade e de misericórdia (22.8).

As boas obras, feitas em obediência aos mandamentos de Deus, são os frutos e a evidência de uma fé verdadeira e viva (16.2).

 

• Mateus 12.12-13 – Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito fazer bem aos sábados. Então disse ao homem: Estende a tua mão. Estendeu-a, e ela ficou sã como a outra.

• Tiago 1.27 – A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.

• Mateus 25.35-36 – Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.

• Mateus 6.2-4 – Quando, pois, deres esmola... Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

• Atos 10.2, 4 – ...piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a Deus... E o anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus.

• Efésios 4.28 – Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.   

O que você tem feito no sentido de cumprir seus deveres “de necessidade e de misericórdia”? Isto se constitui algo regular, um estilo de vida? Você crê que tem responsabilidades pessoais com isto? Você crê que deveria canalizar este esforço, tanto quanto possível, por meio do Corpo de Cristo, que é a Igreja? E sua igreja, o que tem feito? Como você tem se colocado na igreja diante deste dever?

Ao nos referirmos a crentes e igrejas confessionais, devemos nos lembrar que a questão, em rigor, não é: Cremos que temos tais deveres? Tais deveres já estão pressupostos quando fizemos a confissão pública de nossa fé naqueles termos, tanto como membros individualmente, quanto também na comunhão do Corpo. Mas uma questão é certamente pertinente: Quão importantes tais deveres têm sido para você e sua igreja? Você tem dado de si mesmo, na proporção do dom de Deus, ou ainda acima das suas posses, a fim de que, para a glória de Deus, tais propósitos sejam atingidos? Em termos práticos, o quanto lhe tem custado regularmente, de tudo quanto Deus lhe tem colocado para administrar? Ao recolher os frutos do sustento que Deus lhe tem dado regularmente, você se reconhece despenseiro da graça de Deus? 

No que diz respeito à contribuição financeira, o princípio bíblico de uma participação regular, sistemática, deveria ser assumido. Por que deveríamos pressupor que podemos receber o sustento do Senhor e não contribuir regularmente, na mesma freqüência e regularidade, para a obra do Senhor? Precisamos patentear o compromisso do discípulo com seu Mestre, do membro com o Corpo, das ovelhas com os pastores, da comunidade pactual com os pobres (especialmente os da família da fé), da igreja local diante do mundo sem Cristo... Não deveríamos simplesmente negligenciar nossos compromissos. E o seu compromisso com a Casa de Deus também passa pelo fator financeiro. E neste caso, o desafio básico tem sido o mesmo em toda a Bíblia: a sua renúncia e generosidade, e a priorização do reino de Deus e sua justiça. E a expressão deste compromisso do crente, individualmente, e de nossas famílias, coletivamente, deveria ser tão regular quanto o dom recebido, e tanto quanto a medida de graça e generosidade que Deus coloca em nosso coração. Esse nos parece um bom princípio. O Senhor e Mestre disse: “Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.21). Onde está o seu tesouro?  

Devemos reconhecer a suprema verdade de que somos despenseiros, e procurar exercer sabiamente a nossa administração, com o auxílio do Pai. No reconhecimento desta verdade o crente deve entregar-se ao Mestre e pôr tudo à sua disposição para o crescimento do seu Reino. Assuma um compromisso de ser um melhor despenseiro, achado fiel e prudente pelo Senhor.

 

IV. FUNÇÕES PRECÍPUAS DA ADMINISTRAÇÃO

 

Como já afirmamos anteriormente, Stoner e Feeman, ensinam que Administração é o "processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos”.

 

Veremos agora, quatro aspectos do processo da administração secular e que são também importantes na vida da igreja:

 

1) Planejar: Significa estabelecer os objetivos da igreja, especificando a forma como eles serão alcançados. Parte de uma sondagem do presente, passado e futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir os objetivos traçados. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização das outras funções. Ao fazer o planejamento perguntamos: o que queremos, quais são os nossos objetivos, qual nossa missão; que recursos dispomos e quais deveremos buscar; quem nos irá ajudar nesta tarefa, etc.

 

2) Organizar: É a forma de coordenar todos os recursos da igreja, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.

 

3) Dirigir ou liderar: Contrate e forme líderes que administrem a igreja. Guardada as devidas proporções, é como um jogo de futebol, que em cada jogo (obstáculo) tenha que ser vencido para que se ganhe o campeonato (planejamento). Motivar e incentivar a equipe.

 

Delegue autoridade e responsabilidade e cobre resultados. Elogie, premie, e comemore. Lidere a equipe motivada e satisfeita para que o time alcance os objetivos. O trabalho em equipe é que leva a igreja a ter sucesso pois acabou a era do “eu sozinho”. Não acredito na administração democrática, mas sim na participativa, onde as equipes envolvidas nos processos eleitos para se atingir os objetivos do planejamento buscam juntas as soluções.

 

4) Controle ou Coordenação: O que não é medido é difícil de ser avaliado. O que não é cobrado não é feito. Esta atividade é que nos permite dirigir e corrigir os trabalhos que não estão sendo feitos dentro do nosso planejamento. Com o controle o líder pode premiar as equipes que atingem os objetivos.

 

V. A ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO

 

 “Ponha as primeiras coisas em primeiro lugar e teremos as segundas a seguir; ponha as segundas coisas em primeiro lugar e perderemos ambas” C.S. Lewis

“Que insensatez temer o pensamento de desperdiçar a vida de uma só vez, mas por outro lado, não ter nenhuma preocupação em jogá-la fora aos poucos” John Howe

 

Nada caracteriza melhor a vida moderna do que o lamento, “Se eu tivesse tempo...”

Esta é uma frase muito comum em nosso dia a dia. Aqueles que estão sempre reclamando de falta de tempo geralmente não têm métodos para utilizá-lo e, somente, comprovam que a problemática do tempo é não saber o que fazer com ele.

Uma análise das tarefas realizadas pelo pastor nos leva a fazermos a seguinte lista: as inúmeras e cobradas visitas pastorais nos lares, reuniões com os presbíteros, reuniões para discussões sobre os planos de trabalho, 4 ou cinco sermões semanais, estudos bíblicos, cada um com uma média de duas a três horas de preparação, o boletim semanal, compromissos para falar em outras igrejas, casamentos, funerais, colocar em dia a leitura, visitas aos hospitais, algumas prioritárias (especialmente os idosos) etc.

Normalmente, o resultado desta correria para atender a tantos compromissos da agenda é a constante tirania do urgente. Uma coisa é planejar nosso trabalho; outra é trabalhar nosso plano.

 

Perguntas para reflexão:

1) Quais tarefas inacabadas são motivo de grande preocupação para você neste instante?

2) Faça uma lista de dois ou três objetivos mais importantes em sua vida para as duas próximas semanas.

3) Quando foi a última vez que você separou ao menos uma hora para analisar a direção em que você está indo?

Há uma grande diferença entre estar muito ocupado e ser produtivo. Claramente, podemos observar que existem pessoas que se esgotam trabalhando e não conseguem progresso algum, enquanto outras, com menor esforço, atingem objetivos e são bem sucedidas. Não podemos esquecer também aqueles que vencem na vida trabalhando tanto que chegam a sacrificar alguns valores extremamente importantes como o lazer, a família e, às vezes, até a saúde. Há também aqueles que estão sempre girando em torno de tudo, como verdadeiros furacões, em grande movimento. Contudo, quando analisados com profundidade, pouca coisa apresentam de produtivo.

É provável que você já tenha ouvido o termo "workaholic".É uma expressão americana que teve origem na palavra alcoholic (alcoólatra). Serve para denotar uma pessoa viciada, não em álcool, mas em trabalho. As pessoas viciadas em trabalho sempre existiram, no entanto, esta última década acentuou sua existência motivada pela alta competição, necessidade (talvez mais adequado seria dizer obsessão) por dinheiro, vaidade, sobrevivência ou ainda alguma necessidade pessoal de provar algo a alguém ou a si mesmo. Podemos encontrar esta figura também no Ministério pastoral.

Veja como podemos caracterizar o "workaholic":

1. Trabalha mais que onze horas

2. Almoça trabalhando

3. Não tira férias de vinte dias há três anos

4. Eternamente insatisfeito

5. Acha que trabalha mais que os outros

6. Fala ao telefone mais de uma hora por dia (13% do dia)

7. Avalia as pessoas pelo seu aspecto profissional e, depois, pelo pessoal

 

Em corolário das características acima, podemos antever alguns sintomas geralmente diagnosticados:

1. Ambiente tenso no lar;

2. Sensação de fracasso pessoal;

3. Dificuldades financeiras;

4. Exigência de um padrão de vida sempre superior, ou melhor.

 

Para não recebermos o rótulo de "workaholic", primeiramente, necessitamos nos organizar melhor em relação ao tempo e, dessa forma, conhecer os tipos de "ladrões ou desperdiçadores de tempo", e como podemos resolvê-los. Mas antes, precisamos entender que o tempo é :

 

Tempo: uma estrutura teológica

O Salmo 118:24 não deveria ser apenas um fato, mas nosso alvo em nosso uso do tempo: este é o dia que o Senhor fez. Nosso alvo é que nosso uso do tempo deste dia reflita uma genuína autoria de Deus. O puritano Jeremiah Burroughs estabeleceu um excelente princípio:

Esteja certo de seu chamado para todo empreendimento que você tiver à frente. Mesmo que seja o menor empreendimento, esteja certo de seu chamado para o mesmo. Então, com o que for que se encontrar, você pode aquietar seu coração com isto: eu sei que estou onde Deus gostaria que eu estivesse. Nada no mundo aquietará o coração tanto quanto isto: quando me encontro com alguma cruz, eu sei que estou onde Deus gostaria que eu estivesse, em meu lugar e em meu chamado: estou no trabalho que Deus estabeleceu para mim.10

Claramente isto envolve considerar antecipadamente o que Deus nos tem chamado a fazer, confiante de que este será o mais feliz e satisfatório uso de nosso tempo.

Um princípio semelhante chega até nós através de Efésios 5:16, traduzido como ‘remindo o tempo’ e ‘fazendo o melhor de cada oportunidade’. O verbo é exagorazo. O ágora era o mercado onde se comprava mercadorias e escravos. Exagorazo é fazer sua seleção a partir das opções disponíveis. Em Efésios 5:16 o que está disponível é ton kairon: o tempo, mas tempo de um certo tipo (pois existem duas palavras para tempo em grego): o tempo de hoje visto como oportunidade, cheio de possibilidades de realizações ou perdas ressentidas.

Se combinarmos as palavras chegamos a este pensamento. Procuramos assegurar, como visto tão extraordinariamente na vida de nosso Senhor, a autoria de Deus de nosso tempo de tal forma que possamos dizer com confiança, ‘Este dia, o modo como está rendendo, é o dia que o Senhor fez; alegro-me e regozijo-me nele.’ É para esta tarefa que nos voltamos.

O gerenciamento do tempo é tanto uma arte quanto uma ciência, e tem uma literatura profusa. Uma grande quantidade de cursos sobre isto está disponível tanto nas organizações seculares como nas cristãs.

Nas páginas a seguir daremos algumas dicas que serão úteis para que possamos gerenciar melhor o nosso tempo:

1. Mitos sobre a administração do tempo.

2. Razões para administrar o tempo:

3. Desperdiçadores e economizadores de tempo;

4. Dicas para se economizar tempo;

5. Soluções práticas para economizar tempo;

6. Como fazer reuniões criativas.

I. Mitos sobre Administração do Tempo

Comecemos por analisar alguns mitos acerca da administração do tempo.

1) O primeiro é que quem administra o tempo torna-se escravo do relógio. A verdade é bem o contrário. Quem administra o tempo coloca-o sob controle, torna-se senhor dele. Quem não o administra é por ele dominado, pois acaba fazendo as coisas ao sabor das pressões do momento, não na ordem e no momento em que desejaria.

A verdade é que administrar o tempo não é programar a vida nos mínimos detalhes: é adquirir controle sobre ela. É necessário planejar, sem dúvida. Mas é preciso ser flexível, saber fazer correções de curso. Se você está fazendo algum trabalho e está inspirado, produzindo bem, não há razão para parar, simplesmente porque o tempo alocado àquela tarefa expirou. Se a tarefa que viria a seguir, em seu planejamento, puder ser re-agendada, sem maiores problemas, não interrompa o que você vem fazendo bem. Administrar o tempo é fazer o que você considera importante e prioritário, é ser senhor do próprio tempo, não é programá-lo nos mínimos detalhes e depois tornar-se escravo dele.

2) O segundo mito é que a gente só produz mesmo, ou então só trabalha melhor, sob pressão. Esse é um mito criado para racionalizar a preguiça, a indecisão, a tendência à procrastinação. Não há evidência que o justifique, até porque os que assim agem poucas vezes tentam trabalhar sem pressão para comparar os resultados -sobre si mesmos e sobre os que os circundam. A evidência, na verdade, justifica o contrário daquilo que expressa o mito. Em contextos escolares, por exemplo, quem estuda ao longo do ano, com calma e sem pressões, sai-se, geralmente, muito melhor do que quem deixa para estudar nas vésperas das provas e, por isso, vê-se obrigado a passar noites em claro para fazer aquilo que deveria vir fazendo durante o tempo todo. Nada nos permite concluir que o que vale no contexto escolar, a esse respeito, não valha em outros contextos.

3) O terceiro mito é que administrar o tempo é algo que se aplica apenas à vida profissional. Falso. Certamente há muitas coisas em sua vida pessoal e familiar que você reconhece que deve e deseja fazer mas não faz -"por falta de tempo". Você pode estar querendo, há anos, reformar algumas coisas em sua casa, escrever um livro ou um artigo, aprender uma outra língua, desenvolver algum hobby, tirar duas semanas sem perturbações para descansar, curtir os filhos que estão crescendo, tudo isso sem conseguir. A culpa vai sempre na falta de tempo. A administração do tempo poderá permitir que você faça essas coisas em sua vida pessoal e familiar.

4) O quarto mito é que ter tempo é questão de querer ter tempo. Você certamente já ouviu muita gente dizer isso. De certo modo essa afirmação é verdadeira -até onde ela vai. Normalmente damos um jeito de arrumar tempo para fazer aquilo que realmente queremos fazer. Mas a afirmação não diz tudo. Não basta simplesmente querer ter tempo para ter tempo. É preciso também querer o meio indispensável de obter mais tempo -e esse meio é a administração do tempo.

Contrária a esses mitos, a verdade é que administrar o tempo é saber usá-lo para fazer aquelas coisas que você considera importantes e prioritárias, tanto no ministério pastoral, quanto na vida pessoal. Administrar o tempo é organizar a sua vida de tal maneira que você obtenha tempo para fazer as coisas que realmente gostaria de estar fazendo, e que possivelmente não vem fazendo porque anda tão ocupado com tarefas urgentes e de rotina (muitas delas não tão urgentes nem tão prioritárias) que não sobra tempo.

Quem tem tempo não é quem não faz nada: é quem consegue administrar o tempo que tem. Todos nós conhecemos pessoas (um tio idoso, uma prima) que (pelos nossos padrões) não fazem nada o dia inteiro e, no entanto, constantemente se dizem sem tempo.

Por outro lado, quem administra o tempo não é quem está todo o tempo ocupadíssimo. Pelo contrário. Se você vir algum que trabalha o tempo todo, fica até mais tarde no serviço, traz trabalho para casa à noite e no fim de semana, pode concluir, com certeza, que essa pessoa não sabe administrar o tempo. Quem administra o tempo geralmente não vive numa corrida perpétua contra o tempo, não precisa trabalhar horas extras -e, geralmente, produz muito mais!

Mas não se engane: o processo de administrar o tempo não é fácil. É preciso realmente querer tornar-se senhor de seu tempo para conseguir administrá-lo.

 

 

II. Razões para administrar o tempo

1) Tempo é Vida: o tempo é o recurso fundamental da nossa vida, a matéria prima básica de nossa atividade.

Quando o nosso tempo termina, acaba a nossa vida. Não há maneiras de obter mais. Por isso, tempo é vida. Quem administra o tempo ganha vida, mesmo vivendo o mesmo tempo. Prolongar a duração de nossa vida não é algo sobre o qual tenhamos muito controle. Aumentar a nossa vida ganhando tempo dentro da duração que ela tem é algo, porém, que está ao alcance de todos.

O tempo é um recurso não renovável e perecível. Quando o tempo acaba, ele acaba mesmo. E o tempo não usado não pode ser estocado para ser usado no futuro. O tempo não é como riquezas, que podem ser acumuladas para uso posterior. Quem não administra o seu tempo joga sua vida fora, porque um dia só pode ser vivido uma vez. Se o tempo de um dia não for usado sabiamente, não há como aproveitá-lo no dia seguinte. Amanhã será sempre um novo dia e o hoje perdido terá sido perdido para sempre.

Mas o tempo, embora não renovável e perecível, é um recurso democraticamente distribuído. A capacidade mental, a habilidade, a inteligência, as características físicas são muito desigualmente distribuídas entre as pessoas. O tempo, porém, enquanto estamos vivos, é distribuído igualmente para todos. O dia tem 24 horas tanto para o mais alto executivo como para o mais pobre desempregado.

Todos recebemos 24 horas de tempo por dia. Na verdade, temos todo o tempo que existe: não existe tempo que alguém possa guardar para si, em detrimento dos outros. Alguém pode roubar meu dinheiro, os objetos que possuo. Mas ninguém consegue roubar meu tempo: outra pessoa só conseguir determinar como eu vou usar meu tempo se eu o consentir.

Se é assim, devemos nos perguntar por que alguns produzem tanto com o tempo de que dispõem e outros não conseguem produzir nada -no mesmo tempo. Não é que os últimos não façam nada (não são daqueles que se levantam mais cedo apenas para ter mais tempo para não fazer nada): às vezes são ocupadíssimos, e, no entanto, pouco ou mesmo nada produzem. A explicação está no seguinte: o importante é o que fazemos com nosso tempo.

 

2) Tempo é Dinheiro

É importante se compenetrar do fato de que nosso tempo é valioso. Há pessoas e instituições que estão dispostas a pagar dinheiro pelo nosso tempo. Por isso é que se diz que tempo é dinheiro . Quem administra o tempo, na verdade, ganha não apenas vida: pode também transformar esse ganho de vida em ganho de dinheiro.

Para alcançar um determinado resultado ou produzir alguma coisa, com determinado nível de qualidade, precisamos investir fundamentalmente tempo e/ou dinheiro.

Imaginemos exemplos corriqueiros. Seu carro está precisando de uma limpeza. Ou é preciso consertar a instalação elétrica de sua casa. Suponhamos que você saiba lavar um carro e fazer um conserto elétrico com um nível de qualidade aceitável, e que em ambos os casos o serviço vai levar cerca de uma hora de seu tempo.

Independentemente de quanto valha a hora de seu tempo, se você não tem mais nada que realmente queira fazer (como dormir, assistir a um jogo de futebol na TV, etc.), provavelmente vai concluir que vale mais a pena você mesmo lavar o carro, ou consertar a instalação elétrica, do que pagar um lava-carro ou um eletricista para fazer o serviço. O uso de seu tempo economiza dinheiro, nesse caso. Se, porém, você pode empregar seu tempo ganhando mais dinheiro do que você vai economizar, ou, então, se há coisas que você queira fazer que são mais importantes, para você, do que o dinheiro que irá gastar, provavelmente vai concluir que vale mais a pena pagar um lava-carro ou um eletricista para fazer o serviço.

Por outro lado, mesmo que você tenha tempo, se você deseja um trabalho de melhor nível de qualidade do que aquele que é capaz de produzir, pode valer mais a pena pagar um bom profissional para fazer o serviço.

A questão a manter em mente é que o tempo tem um valor monetário para quem tem objetivos: a decisão de empregá-lo ou não em determinada tarefa deve levar em consideração esse valor. Se lavar o carro leva uma hora e você economiza dez reais fazendo, você mesmo, a tarefa, então seu tempo, naquela situação, vale dez reais por hora. Por outro lado, se você não tem nada mais a fazer, além da tarefa que está contemplando realizar, então o fator tempo deixa de ser uma variável relevante.

Um outro exemplo pode ajudar. Suponhamos que você não possua nem bicicleta, nem carro, nem helicóptero e queira ir a uma certa cidade. Você pode ir a pé (e levar três dias), alugar uma bicicleta (e levar várias horas), ir de ônibus (e levar cerca de três horas, ponto a ponto), tomar um taxi (e levar um hora), ou fretar um helicóptero (e levar quinze minutos). Cada uma dessas opções envolve um certo uso de tempo e um determinado dispêndio de dinheiro. Se você tem pouco tempo e bastante dinheiro, pode decidir gastar mais dinheiro e fretar o helicóptero. Se você tem pouco dinheiro e bastante tempo, pode decidir ir a pé. Dependendo da "mistura", você pode escolher uma das opções intermediárias.

A qualidade do resultado, porém, também precisa ser levada em consideração. Indo a pé, você vai chegar à cidade cansado, sujo, estropiado. Indo de helicóptero, você vai chegar como saiu. Isso pode eventualmente pesar na decisão.

Digamos, portanto, que um investimento de tempo T e de dinheiro $ produz um resultado com um determinado nível de qualidade Q.

Se continuarmos a investir a mesma quantidade de tempo e de dinheiro, é de esperar que a qualidade vai se manter a mesma. Se aumentarmos o investimento de tempo, podemos manter a qualidade diminuindo o investimento de dinheiro, ou vice versa.

Se aumentarmos o investimento de tempo, mantendo o investimento de dinheiro estacionário, ou vice-versa, podemos melhorar a qualidade, que pode ser mais melhorada ainda se aumentarmos ambos os investimentos. Se diminuirmos o investimento de tempo, mantendo o investimento de dinheiro estacionário, ou vice-versa, iremos piorar a qualidade, que pode ser pior ainda se reduzirmos ambos os investimentos.

Por aí você vê que pode trocar seu tempo por dinheiro. Na verdade, o trabalho é uma permuta de tempo por dinheiro: alguém me paga pelo meu tempo (isto é, pelo meu tempo produtivo). E isso nos traz à questão da produtividade. 

 

3) Administração do Tempo e Produtividade

Quem administra o tempo, aumenta sua produtividade. Produtividade é o produto da eficácia pela eficiência.

Ser eficaz é fazer as coisas certas, isto é, fazer aquilo que consideramos importante e prioritário. Ser eficiente é fazer as coisas certo, isto é, com a menor quantidade de recursos possível.

Ser produtivo é fazer certo as coisas certas, isto é, fazer aquilo que consideramos importante e prioritário com a menor quantidade de recursos possível. E tempo é um recurso fundamental: nada pode ser feito sem tempo. Por isso ele é freqüentemente escasso e caro.

É possível ser eficaz, isto é, fazer o que precisa ser feito, sem ser eficiente. Todos conhecemos pessoas que fazem o que devem fazer, mas levam tempo demasiado, ou gastam muito dinheiro, para fazê-lo. Essas pessoas são eficazes mas ineficientes.

Por outro lado, todos conhecemos pessoas que fazem, de maneira extremamente eficiente, coisas que não são essenciais, que não têm a menor importância. Quem consegue colocar cem mil pedras de dominó em pé‚ sem derrubar nenhuma, possivelmente seja muito eficiente nessa tarefa, mas extremamente ineficaz.

Vemos, talvez até mais freqüentemente, pessoas que são ineficazes e ineficientes. Todos já vimos o balconista de loja ou o caixa de banco que tenta atender a mais de um freguês ou cliente ao mesmo tempo, que simultaneamente tenta responder às perguntas de outro, conversar com colegas que vêm pedir informações ou jogar conversa fora, etc. Esse indivíduo parece ocupado, na verdade está ocupado, mas é improdutivo: no mais das vezes não consegue fazer as coisas que devem ser feitas nem fazer o que faz de maneira correta.

Tornar mais eficiente quem é ineficaz (por exemplo, dando-lhe um computador) às vezes até piora a situação. Um exemplo exagerado pode ajudar. Um bêbado a pé é ineficaz e (felizmente) ineficiente. Se o colocarmos ao volante de um automóvel, poderá tornar-se muito mais eficiente em sua ineficácia (isto é, fazer muito mais rapidamente o que não deveria fazer, causando um dano muito maior).

Ser produtivo, portanto, não é a mesma coisa que ser ocupado. Está errado o ditado americano que diz: "Se você quer algo feito, dê isso para uma pessoa ocupada". A pessoa pode ser ocupada e não produtiva, em cujo caso não fará a tarefa adicional que lhe está sendo pedida.

 

4) Administração do Tempo e Redução de Stress

Quem administra o tempo reduz o stress causado pelo mau uso do tempo. Aqui também a idéia de mau uso ou desperdício do tempo pressupõe a noção de objetivos.

Se não tenho nenhum objetivo, seja profissional, seja pessoal, então provavelmente vou deixar o tempo fluir, despreocupadamente, como um rio que passa por debaixo de uma ponte. Não há como avaliar meu uso do tempo nesse caso. A única coisa que posso querer fazer é "matar o tempo". Numa situação como essa, provavelmente não vou ter stress.

O tempo aparece como bem ou mal usado apenas para a pessoa que tem objetivos, que quer realizar alguma coisa. O bom ou mau uso do tempo depende do que se pretende alcançar . O mau uso do tempo causa stress porque tempo mal usado é tempo usado para fazer aquilo que não consideramos importante e prioritário.

Usar o tempo de forma não planejada não equivale, necessariamente, a fazer mau uso do tempo (como já se indicou). Freqüentemente temos que alterar nosso planejamento, fazer coisas que não estavam na nossa agenda. Nosso tempo só terá sido desperdiçado se essas alterações nos levarem a fazer coisas que não consideramos importantes.

Mau uso do tempo não é ficar sem fazer nada, gastar tempo no lazer, dedicar tempo a hobbies ou à família, se é isso que julgamos importante e queremos -e todos nós desejamos isso em determinados momentos. Se, entretanto, num dado momento, você realmente quer estar lendo um livro, ou trabalhando num relatório, e se vê obrigado a fazer um passeio com as crianças, ou a entreter familiares, você se sente tenso, porque o tempo não estará sendo utilizado para aquilo que você considera importante e prioritário naquele momento -e, portanto, não estará sendo bem usado.

É sempre bom lembrar que, da mesma forma que o mau uso do tempo causa stress, o bom uso do tempo normalmente traz satisfação, sentido de realização e felicidade. 

 

 

III. LADRÕES E ECONOMIZADORES DE TEMPO

Entendemos por "desperdiçadores de tempo" disfunções que provocam o uso inadequado ou insatisfatório do tempo na perspectiva do pastor e líder ou da igreja.

Uma pesquisa feita em vinte e um países, com aproximadamente dois mil executivos de várias organizações, apresentou como desperdiçadores de tempo mais comuns, trinta e sete itens.

Vamos detalhar abaixo os principais desperdiçadores de tempo que tenho visto no meu pastorado:

1. Falta de Planejamento;

2. Telefonemas

3. Distrações

4. Visitas inesperadas;

5. Tarefas inacabadas ou falta de disciplina no cumprimento da agenda;

6. Definição clara de objetivos na execução das tarefas;

7. Falta de delegação ou Centralização de poder. Excesso de compromissos: Incapacidade de dizer "não": O excesso de tarefas freqüentemente paralisa: a pessoa não sabe por onde começar e acaba ficando imobilizada.

8. Menosprezo ou ênfase inadequada em certas atividades;

9. Indefinição de prioridades e cobrança incompleta e descontínua;

10. Fragmentação e superficialidade;

11. Excesso de reuniões (algumas desnecessárias) e burocracia interna;

12. Indefinição de prioridades;

13. Má utilização dos recursos (telefone, fax, computador, Internet,);

14. Mesa entulhada ou desorganização pessoal;

15. Arquivamente ineficiente

16. Proscrastinação: É preciso distinguir a tendência à procrastinação do bom senso que recomenda não tomar uma decisão no calor de uma discussão, ou quando não há informações suficientes, ou coisa equivalente.

Por outro lado, você poderá utilizar-se dos “economizadores de tempo” através da: 

 

IV. DICAS PARA SE ECONOMIZAR TEMPO

A seguir, apresentamos sete técnicas eficazes, atitudes e comportamentos que podem economizar seu tempo:

Planejamento: toda hora aplicada em planejamento eficiente poupa três ou quatro na execução e produz melhores resultados.

Organização: a organização é um outro fator facilitador na execução das tarefas; uma aliada do tempo. Ela deve existir principalmente nas informações.

Delegação: atribuição de tarefas para outras pessoas a fim de liberar o tempo para tarefas mais importantes. É a chave da administração eficaz.

 

Benefícios da delegação:

1) A delegação facilita o trabalho do pastor;

2) A delegação aumenta a produtividade,

3) A delegação dá oportunidade a outros de desenvolver a capacidade de liderança,

4) A delegação dá ao líder mais tempo de desenvolver sua vida espiritual.

Telefone: use-o para evitar deslocamento desnecessário para obter informações.

Comunicação: a linguagem simples, concisa e isenta de ambigüidades assegura a compreensão e poupa o tempo com mal-entendidos.

Tomada de decisões: a análise de decisão tem que ser precisa e baseada em informações seguras para que o problema possa ser atacado de forma imediata.

Concentração: tempo mínimo (anterior a ação) que se julgar necessário para conseguir progresso em menos tempo.

 

Enumeramos abaixo soluções práticas que o ajudarão a economizar tempo:

1. Estabeleça metas: anuais, mensais, semanais e diárias;

2. Programe suas tarefas e atividades da semana e do dia, em função dessas metas;

3. Faça as coisas em ordem de prioridade;

4. Saiba onde seu tempo é realmente empregado;

5. Estabeleça data e hora para início e fim de cada atividade;

6. Elimine desperdiçadores de tempo;

7. Utilize uma agenda ou um calendário de reuniões;

8. Crie uma lista de afazeres;

9. Organize as tarefas;

10. Organize seu acesso com rapidez de informações usadas com freqüência.

 

VI. COMO FAZER REUNIÕES CRIATIVAS

 

Vamos a algumas dicas que tornarão suas reuniões mais criativas e geradora de resultados:

1. Só convoque uma reunião quando totalmente indispensável;

2. Estabeleça os objetivos;

3. Elabore uma pauta, fixando tempo para cada assunto;

4. Coloque só as pessoas às quais o assunto interessa;

5. Mantenha o rumo da discussão;

6. Sintetize as conclusões;

7. Faça o acompanhamento de todas as decisões tomadas.

 

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS TAREFAS E COMPROMISSOS

Os critérios de classificação das tarefas e compromissos são pontos fundamentais para corrigirmos nossos desperdiçadores de tempo. Quantas vezes não nos deparamos com situações em que determinado compromisso era considerado como urgente? Geralmente os critérios são distorcidos. Algumas tarefas são importantes e não urgentes; outras, são importantes e urgentes; algumas, não são nem importantes nem urgentes, de acordo com o quadro abaixo.

 

 

 

URGENTE

 

 

NÃO URGENTE

 

IMPORTANTE

 

-Crises Maiores - Pressão dos Projetos -Limite Crítico no Projeto -Emergências Familiares -Desastres Naturais

-Preparação - Planejamento -Prevenção de Crises -Criando Relacionamento -Manutenção

 

NÃO IMPORTANTE

 

-Interrupções - Alguns e-mails e telefonemas -Algumas reuniões -Pressão nos projetos devido à proximidade dos prazos

-Dia-a-dia - Alguns e-mails e telefonemas -Algumas reuniões -Pressão nos projetos devido à proximidade dos prazos

 

 

Tendo em vista a otimização do tempo, a idéia principal não é conseguir corrigir todos os itens que nos levam ao desperdício de tempo. Até porque isso é impossível, visto que muitos destes itens decorrem de fatores que não correspondem apenas ao lado pessoal, como o ambiente de trabalho, por exemplo. Se focarmos em tentar resolver quatro ou cinco pontos que consideramos críticos na nossa rotina cotidiana, teremos uma considerável melhoria nos resultados, aumentando, assim, a produtividade.

 

Ratificando as citações acima relatadas, denota-se que o tempo é distribuído democraticamente para todos, sem distinção alguma. Percebemos vinte e quatro horas, igualitárias, a fim de utilizarmos da maneira mais apropriada e conveniente. Infelizmente, não temos muito controle para prolongarmos a nossa vida. O que podemos fazer, é aumentarmos a vida, ganhando tempo dentro dela. E isso está ao alcance de todos, basta um pouco de esforço e determinação.

 


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